sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Habemus Episcopum: D. Pio Alves de Sousa

Quem é o novo bispo auxiliar do Porto?

Pio Gonçalo Alves de Sousa, novo Bispo Auxiliar da diocese do Porto, é professor catedrático e foi vice-reitor da Universidade Católica.

Natural de Lanheses, Viana do Castelo, Pio de Sousa, de 65 ano, estudou teologia na Universidade de Navarra, onde também se doutorou em Patrística.

Entre 1972 e 1983 foi professor em Navarra e em 1983 regressou a Braga conciliando actividades pastorais com o ensino no Instituto Superior de Teologia.

Cónego da Sé de Braga desde 1987, é actualmente director do arquivo e biblioteca e também director do tesouro museu desta arquidiocese.

Vice-reitor da UCP entre 1994 e o ano 2000, ajudou a instalar o Centro regional de Braga da Católica, do qual é presidente desde 2009 e onde também é professor.

O seu vasto currículo, recheado de experiência pastoral e científica, inclui também uma colaboração com a Voz do Minho da Renascença, entre 1985 e 1994.

O novo Bispo Auxiliar do Porto escolheu como lema episcopal “Caridade na Verdade”. A ordenação terá lugar na cripta da basílica do Sameiro, a 10 de Abril.

Como é que recebeu esta nomeação? Esta nomeação colhe-me no meio de todo um conjunto de projectos a curto, médio e longo prazo nas instituições a que estou ligado, a Universidade Católica em Braga e o Cabido da Sé de Braga. É lógico que ninguém é imprescindível, não é isso que me preocupa, preocupa-me começar novas tarefas, mais uma vez na minha vida.

Tenho alguma experiência pela minha actividade eclesial, de qualquer modo são muitas mais as novidades do que aquilo que posso conhecer. Confio em Deus, confio na ajuda das pessoas com quem vou trabalhar, de modo especial o Sr. D. Manuel, pessoa que muito estimo, e espero poder corresponder minimamente àquilo que o Santo Padre espera de mim neste momento.  

Torna-se bispo numa altura difícil, o panorama não é fácil para a Igreja na Europa… Eu trabalho no âmbito da minha formação teológica a história da Igreja nos primeiros séculos, o que me ajuda a perceber que ao longo da vida da Igreja sempre houve dificuldades. O imprescindível é que saibamos sintonizar com aquilo que é fundamental, e o que é fundamental é a consciência da nossa condição de discípulos de Jesus Cristo e que é ao serviço dele que estamos e depois sintonizar com as dificuldades de cada época de cada ambiente e procurar encontrar humanamente as linguagens mais adaptadas para que a Graça de Deus possa chegar àqueles a quem nos dirigimos.

Na saudação que dirige, depois da nomeação, diz que a prioridade é não fugir de Deus. Quer explicar? O sacrifício que esta tarefa implica, quando aceite livremente não nos dá direito a considerarmo-nos heróis. Cada um está no seu lugar se procuramos fazer aquilo que Deus quer e se é nessa perspectiva que aceitamos as tarefas, então farei o que estiver ao meu alcance, na expectativa de que Deus fará o resto.

É também um conselho que dá aos fiéis da diocese do Porto? É com certeza. Temos que saber usar todos os recursos humanos que temos à disposição, as tecnologias e todas as linguagens. De qualquer modo não nos podemos afastar do que é fundamental, e o fundamental é descobrir Deus, encontrarmo-nos com Deus e levar as pessoas a reencontrarem-se com Cristo. in RR


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4 comentários:

Inês disse...

é alguma coisa à tua professora de Grego?

João Silveira disse...

também já me perguntei isso...segunda-feira pergunto-lhe.

Pe Duarte Andrade e Sousa disse...

Também pensei nisso!
Então, é?

João Silveira disse...

A professora diz que não sabe, ficou muito entusiasmada e vai investigar. Pelo menos tem família, inclusive gente clerical, em portalegre (nada a ver)