terça-feira, 8 de outubro de 2024

Santa Brígida e as mulheres que iluminam a casa com a luz da Fé

O primeiro período na vida desta santa foi caracterizado pelo seu casamento feliz. O marido chamava-se Ulf e governava um importante território do Reino da Suécia. O casamento durou vinte e oito anos, até à morte de Ulf. Deste casamento nasceram oito filhos, a segunda dos quais, Catarina, é venerada como santa. Eis um sinal eloquente do empenho educativo de Brígida para com os seus filhos.


Brígida, que tinha direcção espiritual com um religioso erudito que a introduziu no estudo das Escrituras, exerceu uma influência muito positiva naquela família que, graças à sua presença, se tornou uma verdadeira «Igreja Doméstica». Juntamente com o marido, adoptou a Regra dos Terciários franciscanos. Praticava generosamente obras de caridade em prol dos pobres, e fundou um hospital. Com a esposa, Ulf aprendeu a melhorar o seu carácter e a progredir na vida cristã. No regresso de uma longa peregrinação a Santiago de Compostela [...], o casal decidiu viver na abstinência; mas, pouco tempo depois, na paz de um mosteiro para onde se tinha retirado, Ulf terminou a sua vida terrena.

Este primeiro período da vida de Brígida ajuda-nos a apreciar o que poderíamos definir hoje como uma verdadeira «espiritualidade conjugal»: em conjunto, os dois elementos de um casal cristão podem percorrer um caminho de santidade, apoiados na graça do sacramento do matrimónio. Muitas vezes, como foi o caso da vida de Santa Brígida e de Ulf, é a mulher que, com a sua sensibilidade religiosa, a sua delicadeza e a sua doçura, consegue levar o marido a percorrer um caminho de fé. 

Penso reconhecidamente em muitas mulheres que também hoje iluminam, dia após dia, as suas famílias com o seu testemunho de vida cristã. Que o Espírito do Senhor possa suscitar, também nos nossos tempos, a santidade dos casais cristãos, para mostrar ao mundo a beleza do casamento vivido segundo os valores do Evangelho: o amor, a ternura, a ajuda recíproca, a fecundidade na geração e educação dos filhos, a abertura e a solidariedade para com o mundo, a participação na vida da Igreja.

Papa Bento XVI in Audiência Geral (27/10/2010)


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1 comentário:

Anónimo disse...

E ainda há, atualmente, quem diga que o papel da mulher é considerado irrelevante e secundário: é preciso valorizar a mulher tão esquecida no seu valor...um dos temas fundamentais do Sinodo.
Seria bom que relessem este testemunho e reconsiderassem tal postura: haverá maior dom do que o de uma mãe de família que, com a sua entrega, sensibilidade, carinho e amor, consegue proteger e Salvar a sua prole?
E mesmo Consagradas, como Santa Teresinha, podendo ser grandes missionárias?
Vaidade e só vaidade é o que sinto nessas afirmações. E porque a mulher moderna se demarca das suas funções, querendo igualar , literalmente, o homem em tudo , vemos para onde caminha a família...
Se Deus nos criou diferentes por algum motivo foi. Cada um no seu posto!
Que Deus me perdoe, mas às vezes penso que a igualdade de gênero também entra, dissimuladamente, nessas mentalidades.