Rosa viveu uma infância serena e economicamente privilegiada. Mas, de repente, a família sofreu um revés financeiro. Arregaçou, então, as mangas, ajudando a família em todo género de actividades, desde trabalhos domésticos ao cultivo de uma horta e ao bordado, como forma de ganhar a vida.
Desde pequena aspirou a consagrar-se a Deus na vida do claustro, mas o Senhor fez-lhe conhecer a Sua vontade, de que permanecesse virgem no mundo. Leu a vida de Santa Catarina de Sena, que se tornou o seu modelo de vida, aprendendo dela o amor por Cristo, pela Sua Igreja e pelo próximo, sobretudo os irmãos índios. Como a Santa de Sena, vestiu o hábito da Ordem Terceira Regular dos Pregadores. Tinha vinte anos de idade.
Com a permissão da família, organizou numa sala da casa materna um tipo de abrigo para os necessitados, onde dava assistência a crianças e anciãos abandonados, em particular aos de origem índia. Ainda como Santa Catarina, foi tornada digna de sofrer a Paixão do Seu divino Esposo, mas também provou o sofrimento da "noite escura", que durou uns bons 15 anos. Recebeu também o extraordinário dom das núpcias místicas. Foi enriquecida também com outros carismas, como o de fazer milagres, da profecia e da bi-locação.
A partir de 1609, encerrou-se em uma cela de apenas dois metros quadrados, construída no jardim da casa materna, fria no Inverno e quente e cheia de mosquitos no Verão para melhor rezar em união com o Senhor. Da cela saia apenas para a função religiosa, onde passava grande parte do seus dias de joelhos, a rezar e em estreita união com o Senhor e das suas visões místicas, que começaram a ocorrer com uma impressionante regularidade, todas as semanas, de Quinta-feira ao Sábado. À oração, Rosa juntava a auto-flagelação, vigílias e jejuns, e a sua vida ascética era cheia de visões, mas também de assédios demoníacos.
Já em vida era grande a sua fama de santidade. O episódio mais marcante da sua existência terrena no-la apresenta abraçada ao Tabernáculo para defendê-lo dos calvinistas holandeses levados ao assalto da cidade de Lima pela frota do pirata Jorge Spitzberg. A inesperada libertação da cidade, por causa da repentina morte do comandante holandês, foi atribuída à sua intercessão. Em 1615, na “Ciudad de Los Reyes” (Lima), Rosa encabeçou uma "rogativa" (oração pública) numa igreja, diante do possível desembarque de piratas holandeses que já haviam assaltado o vizinho porto de El Callao. Sem prévio aviso, uma grande tormenta impediu que as embarcações se aproximassem à terra e a cidade ficou a salvo.
Rosa, pressentindo a chegada da morte, confidenciou: "Este é o dia de minhas núpcias eternas". Era o dia 24 de agosto de 1617, festa de São Bartolomeu. Tinha trinta e um anos de idade.
Foi beatificada em 1668 pelo Papa Clemente IX, e dois anos depois foi proclamada Patrona Principal das Américas, das Filipinas e das Índias Ocidentais, pelo Papa Clemente X. Tratava-se de um reconhecimento singular uma vez que um decreto do Papa Urbano VIII, de 1630, estabelecia que não poderiam ser dados como protectores de reinos e cidades pessoas que não haviam sido canonizadas. De qualquer forma, foi canonizada em 12 de Abril de 1671, pelo Papa Clemente X. Também é a padroeira dos jardineiros e dos floristas. É invocada em caso de feridas, contra as erupções vulcânicas e em caso de lutas na família.
in farfalline.blogspot.pt
Fontes:
http://www.santiebeati.it/dettaglio/28950 - Santi e Beati. Autor: Francesco Patruno (em italiano).
https://it.wikipedia.org/wiki/Rosa_da_Lima - Wikipédia (em italiano).
http://migre.me/qVDhx - Facebook. Com os relatos da invasão calvinista e um desenho dos navios holandeses (em espanhol).
1 comentário:
Se nas homilias, os padres já afirmam que o Evangelho, hoje, tem que ser interpretado à luz dos tempos atuais, como podem eles aceitar o Exemplo destes Santos, que tanto se aproximaram de Cristo?
No seu entender, rígidos é pouco! Devem julga- los uns lunáticos, para não dizer pior...
Então, porque valorizar os grandes doutores da Igreja, se podem copiar e seguir modelos protestantes?
É muito mais light e apetecível.
Claro, precisamos de Sacerdotes SEXYS, mundanos, divertidos, porque ser Cristão a sério dá muito trabalho!
Esquecem- se de que Quem abençoa e Converte é Deus e não a fanfarronice temporária: " "muita parra e pouca uva".
Passa a emoção de momento e depois, NADA!
Obrigada por estes testemunhos, mais uma vez.
E que Deus os ilumine, porque se estiverem bem intencionados, a Seu tempo, Ele ainda pode dar- lhes o toque, nem que seja como a S. PAULO, fazendo- os cair do cavalo.
Enviar um comentário