domingo, 23 de fevereiro de 2020

A Igreja Católica de volta para os católicos!

Defender a devolução da Igreja aos católicos não significa descuidar o grande diálogo com o mundo e com a cultura contemporânea, nem abandonar o fervor missionário e evangelizador, nem diminuir eventuais esforços de diálogo ecuménico e inter-religioso. O problema é que, muitas vezes, a pretexto destes diálogos, nós católicos perdemos a noção de quem somos. 

Vemos alguns dos nossos pastores, ou os seus delegados, a título de "diálogo com o mundo contemporâneo", tornarem-se tão mundanos quanto o mundo. A título de "diálogo com a cultura actual", renegarem o legado da Tradição católica. Ou a título de diálogo ecuménico, tornarem-se mais protestantes do que os protestantes. 

Para que o diálogo entre os católicos e estas realidades aconteça realmente, é preciso que do lado dos católicos haja verdadeiros católicos. Dialogar não significa renunciar à nossa identidade, nem encher a Igreja de gente sem Fé. Caso contrário, não se trata de diálogo, mas de renúncia e destruição da própria Igreja.

Assim, como intenções propostas para quando se reza o terço, em prol da Fé católica, sugerimos as seguintes:

- Que os sacerdotes estejam disponíveis aos fiéis leigos para os sacramentos e que aconselhem o povo de Deus a ouvir Missa frequentemente e educar os seus filhos na Fé católica;

- Que os sacerdotes voltem a estar disponíveis para confessar o povo e ensinem aos leigos que a confissão sacramental, aliás a participação efectiva na vida sacramental como um todo, nunca foi revogada pelo Concílio Vaticano II;

- Que os sacerdotes voltem a usar trajes eclesiásticos, de acordo com o direito canónico;

- Que os religiosos voltem a rezar e a usar os hábitos estabelecidos pelas respectivas regras de vida;

- Que as escolas e universidades católicas voltem a ser confessionais e não apenas vagamente “espiritualizadas”;

- Que os professores e formadores de seminário ensinem aos seminaristas a recta fé cristã, e sejam, caridosamente, impedidos de usar autores que desvirtuam e destroem a Fé católica, já notificados ou não pela Congregação da Doutrina da Fé. Que todo o marxismo, toda a teologia liberal protestante e todo o enfraquecimento das normas de castidade e da disciplina sacerdotal sejam banidos dos seminários;

- Que a liturgia da Igreja tenha a sua referência no Missal romano, corrigindo-se as traduções aberrantes, como por exemplo “Ele está no meio de nós” quando toda a Igreja disse desde sempre “Et cum spirito tuo”;

- Que invenções locais bizarras, como o uso de música popular, as “respostas às orações eucarísticas” e a substituição de textos canónicos por poemas e outros textos não-bíblicos sejam proibidos. Que se eliminem as “homilias” paralelas feitas por “apresentadores” e “comentadores” da Missa que mais parecem os verdadeiros presidentes das celebrações, e que introduzem ritos descabidos que descaracterizam o verdadeiro rito litúrgico, a ponto do fiel desavisado duvidar se está mesmo numa Missa;

- Que se esvaziem os presbitérios das multidões de leigos uniformizados, devolvendo o centro da vida litúrgica para os sacerdotes e o centro da vida social e política para os leigos. Pela reversão da tendência de "clericização dos leigos", juntamente com a tendência de "laicização do clero";

- Que os catequistas ensinem aos catequizandos a verdadeira doutrina católica, e não uma “sociologia das religiões” ou uma espiritualidade meio difusa estilo new age. Que os sacerdotes se comprometam com a catequese, e acompanhem efectivamente os catequistas leigos no seu dia-a-dia;

- Que a língua utilizada nas celebrações litúrgicas seja uma língua humana, deixando as línguas angélicas para as celebrações ocorridas nas esferas dos anjos;

- Que as homilias passem a ser de novo para a edificação das almas na Fé e na moral, e não para a “luta social” ou para a promoção de um “ecumenismo” vago ou uma “religiosidade” abstracta;

- Que as editoras católicas publiquem a verdadeira doutrina católica, e sejam fortemente recomendadas a retirar do seu catálogo autores já notificados pela Congregação da Doutrina da Fé ou pelas respectivas Conferências Episcopais dos países de origem;

- Que os Bispos de todas as dioceses voltem a ser os nossos guias seguros na Fé e moral;

- Que os marxistas, os ateus e os não-católicos em geral que actualmente compõem as “comissões de Justiça e Paz” sejam convidados a converter-se e sejam efectivamente evangelizados e encaminhados para viver uma vida sacramental;

- Que as campanhas da fraternidade e as “vias-sacras”, bem como os documentos da Igreja, deixem de lado as categorias sociológicas da “opressão” e da “luta de classes”, e a ideia de que os “pobres”, e não Jesus Cristo, são o centro da fé, para reflectir a verdadeira Doutrina Social da igreja existente no respectivo Compêndio;

- Que os nossos Bispos e Padres deixem de ser “intelectuais orgânicos”, líderes políticos ou militantes sociais e voltem a ser Bispos e Padres católicos.

Paulo Vasconcelos Jacobina in Zenit


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