quinta-feira, 11 de junho de 2020

Sequência da Festa do Santíssimo Corpo de Cristo



Lauda Sion Salvatórem
Lauda ducem et pastórem
In hymnis et cánticis.
Quantum potes, tantum aude:
Quia major omni laude,
Nec laudáre súfficis.
Laudis thema speciális,
Panis vivus et vitális,
Hódie propónitur.
Quem in sacræ mensa cœnæ,
Turbæ fratrum duodénæ
Datum non ambígitur.
Sit laus plena, sit sonóra,
Sit jucúnda, sit decóra
Mentis jubilátio.
Dies enim solémnis ágitur,
In qua mensæ prima recólitur
Hujus institútio.
In hac mensa novi Regis,
Novum Pascha novæ legis,
Phase vetus términat.
Vetustátem nóvitas,
Umbram fugat véritas,
Noctem lux elíminat.
Quod in cœna Christus gessit,
Faciéndum hoc expréssit
In sui memóriam.
Docti sacris institútis,
Panem, vinum, in salútis
Consecrámus hóstiam.
Dogma datur Christiánis,
Quod in carnem transit panis,
Et vinum in sánguinem.
Quod non capis, quod non vides,
Animósa firmat fides,
Præter rerum ordinem.
Sub divérsis speciébus,
Signis tantum, et non rebus,
Latent res exímiæ.
Caro cibus, sanguis potus:
Manet tamen Christus totus,
Sub utráque spécie.
A suménte non concísus,
Non confráctus, non divísus:
Integer accípitur.
Sumit unus, sumunt mille:
Quantum isti, tantum ille:
Nec sumptus consúmitur.
Sumunt boni, sumunt mali:
Sorte tamen inæquáli,
Vitæ vel intéritus.
Mors est malis, vita bonis:
Vide paris sumptiónis
Quam sit dispar éxitus.
Fracto demum Sacraménto,
Ne vacílles, sed memento,
Tantum esse sub fragménto,
Quantum toto tégitur.
Nulla rei fit scissúra:
Signi tantum fit fractúra:
Qua nec status nec statúra
Signáti minúitur.
Ecce panis Angelórum,
Factus cibus viatórum:
Vere panis fíliórum,
Non mittendus cánibus.
In figúris præsignátur,
Cum Isaac immolátur:
Agnus paschæ deputátur
Datur manna pátribus.
Bone pastor, panis vere,
Jesu, nostri miserére:
Tu nos pasce, nos tuére:
Tu nos bona fac vidére
In terra vivéntium.
Tu, qui cuncta scis et vales:
Qui nos pascis hic mortales:
Tuos ibi commensáles,
Cohærédes et sodales,
Fac sanctórum cívium.
Amen. Allelúja.
Louva, Sião, o Salvador
louva o guia e o pastor
com hinos e cantares.
Quanto possas, tanto o louva,
porque está acima de todo o louvor
e nunca o louvarás condignamente.
É-nos hoje proposto
um tema especial de louvor:
o pão vivo que dá a vida.
O pão que na mesa da sagrada ceia
foi distribuído aos doze,
como na verdade o cremos.
Ressoem pois os louvores, sonoros, cheios de amor.
seja formosa e jovial
a alegria das almas
Porque celebramos o dia solene
que nos recorda a instituição
deste banquete.
Na mesa do novo rei,
a páscoa da Nova Lei
põe fim à páscoa antiga
O rito novo rejeita o velho,
a realidade dissipa as sombras
como o dia dissipa a noite.
O que o Senhor fez na ceia
mandou-no-lo fazer
em memória Sua.
E nós instruídos pelo mandato divino
consagramos o pão e o vinho
em hóstia de salvação.
É dogma de fé para os Cristãos
que o pão se converte na carne
e o vinho no sangue do Salvador.
O que não compreendes nem vês,
diz-to a fé viva;
porque isto se opera fora das leis naturais.
Debaixo de espécies diferentes,
que são apenas sinais exteriores
ocultam-se realidades sublimes.
O pão é a carne e o vinho é o sangue;
todavia debaixo de cada uma das espécies
Cristo está totalmente.
E quem O recebe
não O parte nem divide
mas recebe-O todo inteiro.
Quer O recebam mil, quer um só,
todos recebem o mesmo,
nem recebendo-O podem consumi-Lo.
Recebem-no os bons e os maus
porém com efeitos diversos:
os bons para a vida e os maus para a morte.
Morte para os maus e vida para os bons!
Oh! Consideremos como são diferentes
os efeitos que produz o mesmo alimento.
Não vacile a tua fé
quando a hóstia é dividia;
porque o Senhor encontra-se sempre todo
debaixo do pequenino fragmento ou da hóstia inteira.
Nenhum corte pode violar a substância:
apenas os sinais do pão que vês com os olhos da carne,
foram divididos sem a menor alteração
da realidade divina que esses mesmos sinais significam.
Eis pois que o pão de que se alimentam os anjos
foi dado em viático aos homens:
pão verdadeiramente dos filhos,
que não deve dar-se aos cães.
Foi já prefigurado nos ritos e nos acontecimentos do Testamento Antigo
na imolação de Issac,
no cordeiro pascal e
no maná do deserto.
Ó bom pastor e alimento verdadeiro dos que apascentas,
ó Jesus tende piedade de nós.
Alimentai-nos e defendei-nos
e fazei que mereçamos fruir da vossa glória
na Terra dos vivos.
Vós que tudo conheceis e tudo podeis fazer,
e nos alimentais aqui, na Terra da mortalidade,
admiti-nos, Senhor, lá no Céu
à vossa mesa e dai-nos parte
na herança e na companhia dos moram na cidade santa.
Amen. Alleluia.


blogger

1 comentário:

Maria José Martins disse...

Depois de reflectirmos sobre esta "Exortação" ao Santíssimo Sacramento, não precisamos de mais nada, para concluir, o quanto Ele está a ser banalizado, desprezado e posto em causa... pela maioria da Igreja, desde Pastores, a simples fiéis mal conduzidos, neste tempo de pandemia...
Com uma enorme simplicidade, mas com muita clareza e objectividade, nela, se revê, todo o Mistério que envolve a Presença Real de Jesus Cristo na Eucaristia, somente, ENTENDIDO ou ACEITE, DE VERDADE, por aqueles que PROFESSAM UMA FÉ VIVA!
Se, realmente, ACREDITÁSSEMOS, nesse Mistério DE AMOR, que envolve a Sua Presença no pão e no vinho, depois de Consagrados e, para ser a nossa FORÇA em TODAS as tribulações, NUNCA, as igrejas teriam sido fechadas e, agora, as Missas Celebradas com máscaras e, muito menos, nos obrigariam, a tocá-Lo com mãos PROFANAS! Pelo contrário, teriam redobrado as Celebrações!...
O SIMPLES ACREDITAR, na Sua Presença, nos daria toda a CORAGEM para SABER que Ele TUDO pode Curar e SEMPRE ATENDE os corações contritos, como nos PROMETE, na Sua Palavra; aliás, foi para isso que ELE FICOU NO MEIO DE NÓS!
"Mas será que quando o Filho do Homem voltar encontrará Fé sobre a Terra?!"