Há 17 anos, no dia 7 de Julho de 2007, o Papa Bento XVI publicava um dos documentos que mais marcaram o seu Pontificado: Motu Proprio
Summorum Pontificum.
Em 2007, Jean Madiran, escritor católico francês, dizia: "Durante trinta e sete anos, uma geração inteira de católicos militantes, religiosos ou leigos pertencentes à Igreja Militante (uma geração dos 7 aos 97 anos de idade), sofreu, sem ceder, desafiando abertamente o interdito arbitrário à Missa Tradicional. Lembramo-nos dos nossos mortos: Cardeal Ottaviani, Padre Calmel, Padre Raymond Dulac, Monsenhor Renato Pozzi, Monsenhor Lefebvre, Padre Guérard. E, dentre os leigos: Cristina Campo, Luce Quenette, Loius Salleron, Eric de Savanthem. A boa-vontade pontifical é para eles como que uma leve brisa, que docemente lhes traz paz aos seus túmulos. Onde quer que estejam agora, não mais precisam dela. Mas é a sua memória entre nós que é apaziguada e elevada."
Escrevia, em 1997, o então Cardeal
Ratzinger: "Eu sou da opinião, para dizer a verdade, que o rito antigo
devia ser providenciado muito mais generosamente a todos aqueles que o desejam.
É impossível ver o que poderia ser perigoso ou inaceitável. Uma comunidade está
a colocar o seu próprio ser em questão quando subitamente declara que aquilo
que até um momento foi o seu maior e mais santo bem é estritamente proibido e
quando torna o desejo disso parecer francamente indecente."
10 anos mais tarde, emitiu, enquanto Papa Bento XVI, o Motu Proprio
Summorum Pontificum. Este documento contém doze artigos da lei universal
da Igreja que reconhecem factos e direitos, estabelecem direitos que são novos
ou não estavam claros sob a lei anterior, e criam novas obrigações. Isto é
extremamente importante: os doze artigos são a lei. Não a introdução aos
artigos, nem a carta anexada do Papa aos Bispos. E muito menos podem estes ser
invocados para contrariar a lei.
Felizmente os artigos do Motu Proprio são muito claros.
Mas, em caso de dúvida a autoridade interpretativa reside na Pontifícia
Comissão Ecclesia Dei. O Supremo Legislador desejou criar uma
estrutura liturgica para padres e fieis - particularmente para os padres.
Trata-se duma "Constituição", não como outro documento teológico, mas
no sentido legal de que é uma lei fundacional, uma lei acima das outras leis:
isto é muito claro, por exemplo, nos extremamente importantes artigos 2, 4 e 9§3,
que são o encorpar da liberalidade.
Como tal, queridos Padres de todo o Mundo, estimem e façam bom e completo
uso deste documento: não é propriedade de minorias separadas; não é do domínio
de clérigos nostálgicos; pertence a todos vós, é o vosso livre-transito para a
liberdade liturgica.
Nos Estados-Unidos, o número de Missas tradicionais aumentou de 20 em 1988, para 220 em 2006 e para mais de 500 em 2021. Hoje são muitas mais. Isto apesar do vigilância desobediente de eclesiásticos que, nas palavras de Peter Kwasniewski (especialista em liturgia), "deram a si mesmos o trabalho de policiar e proteger a Igreja mainstream dos 'perigos', dos 'erros' e das 'más atitudes' dos católicos amantes da tradição."
Em França prevê-se que em 2038 o número de
padres a celebrar exclusivamente a Missa antiga suplante o número de padres
diocesanos que celebram regularmente a Missa nova.
O blog Senza agradece ao Papa Bento XVI pelo Summorum
Pontificum, que nos libertou das trevas da proibição arbitrária
daquilo que para tantas gerações de católicos foi tido como sagrado. Da Missa
que tantos santos fez. Do mais santo acto de religião.
Caminhemos para a paz litúrgica!
Deo gratias!
PF
PF
1 comentário:
Contudo, de pouco ou nada valeu, pois o mal já estava em ação.
Lentamente, e, enquanto Deus deixar, a demolição vai sendo cada vez mais descarada; basta vermos as últimas notícias...
Preparemo- nos, para o pior, porque, como já ouvi, a influência Protestante veio para ficar e, em vez de Missa, teremos assembleias comunitárias, com celebrações da Palavra, aonde nem a Consagração existirá.
E, então, penso eu, acontecerá o que o Pe. Pio profetizou: " No dia em que a Santa Missa deixar de ser Celebrada, o mundo entra em colapso!:
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