sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Comunicado da Conferência Pessoal de um Padre Normal

Uma vez que o actual Código de Direito Canónico finaliza com a afirmação de que a lei suprema da Igreja é a Salvação das Almas, esta Conferência, em virtude da actual situação pandémica, urge, em nome da Santa Obediência que não se posponha, de modo nenhum, o Santo Baptismo. Este, sendo possível administre-se, no máximo, no dia seguinte ao nascimento. 


De facto, a Doutrina da Igreja sempre afirmou que o Baptismo é necessário à Salvação (Eterna e Sobrenatural). Apesar de nos dias de hoje vários teólogos problematizarem S. Tomás no que diz respeito ao Limbo, o Magistério da Igreja limita-se a dizer que as crianças que não são baptizadas devem ser entregues à Misericórdia Divina. Por outras palavras, não existe no Ensinamento da Igreja nenhuma afirmação de que as crianças não baptizadas poderão ir para o Céu.

 

Sendo assim seria de uma temeridade monstruosa negar ou procrastinar o Baptismo de qualquer criança, ainda para mais em tempos de uma pandemia considerada de extrema gravidade.

 

O Baptismo essencialmente é um mergulho na Morte de Cristo para com Ele Ressuscitar como Filho de Deus, Templo vivo do Espírito Santo, membro do Corpo Místico de Cristo e incorporado à Sua Igreja. Ora para que este Milagre prodigioso aconteça basta a presença de um Padre ou de um Diácono, os pais, ou pelo menos um deles (ou o pai ou a mãe) e, sendo possível, um padrinho ou uma madrinha.

 

A festa com a família os amigos poderá ser feita em qualquer outra altura. Seria bom que ela iniciasse com uma Missa de Acção de Graças que implorasse também todas as Graças para a criança e sua família.

 

À honra de Cristo. Ámen.


Padre Nuno Serras Pereira



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1 comentário:

Maria José Martins disse...

Totalmente de acordo, Senhor Padre.
Por mais que queira, não consigo entender todo este "relax" da atual Igreja e o facilitismo com que SUBSTIMA os Sacramentos.
Uma vez ouvi alguém desabafar, que os "modernistas" analisam tudo ao contrário, começando sempre pelo fim, e senti-me um pouco baralhada; mas, hoje, penso, já começar a entender...
E se a APOSTASIA na Igreja, segundo Jesus, é o PRIMEIRO e O MAIOR SINAL do COMEÇO DA ÚLTIMA BATALHA ENTRE O BEM E O MAL, que me perdoe a nossa Conferência Episcopal, mas já ACREDITO que, INFELIZMENTE, estamos a caminho...