Santo Egídio, também conhecido como São Gil, nasceu em Atenas, filho de pais nobres, no oitavo século e foi Abade do Monastério Beneditino de Rio Rhône, no local onde é hoje o Mosteiro de Saint-Gilles. A sua biografia foi escrita no século X.
De acordo com a Legenda Aurea, após passar dois anos em Arles, Giles tornou-se um eremita na nascente do Rio Ródano e também do Rio Gard, na região de Nimes. A sua única companhia era uma corça, enviada por Deus para alimentá-lo. Certo dia, um dos melhores caçadores de Vamba, Rei dos Visigodos, atirou uma flecha certeira contra a corça e, em vez dela morta, encontraram São Giles segurando a flecha e a corça. Diz a tradição que São Giles desviou a flecha na sua direção de modo a atingir a sua mão e não a corça.
O Rei, impressionado com o milagre e como forma de reparar o acto hediondo, disponibilizou médicos para cuidarem dos ferimentos da mão de Egídio e construiu um pequeno mosteiro para fixar o seu eremitério. Lá prosperou uma activa comunidade de monges, dos quais Giles se tornou abade. Mais tarde, Carlos Martel chamou-o para ser seu confessor.
Santo Egídio foi um dos santos mais populares da Idade Média. Vários milagres são creditados à sua intercessão, e ele é o padroeiro dos que cuidam das pessoas com problemas de locomoção (hoje seriam os fisioterapeutas) e ainda patrono dos aleijados (paraplégicos ou similares). É padroeiro dos Veterinários junto com São Brás. É invocado contra a convulsão da febre, contra o medo e a loucura. Por causa do milagre da confissão oculta de Carlos Martel, Santo Egídio é invocado em ajuda às confissões difíceis.
Na arte litúrgica da Igreja aparece mostrado ao lado de uma corça ou cuidando de uma, ou com uma flecha atravessada na mão e uma corça no colo. Ele é um dos Catorze Santos Auxiliares.
A absolvição de Carlos Martel
Antes da célebre vitória sobre os Sarracenos em Poitiers, Carlos Martel tinha cometido um pecado de incesto com a irmã. Cheio de remorsos, ele não ousava confessar o seu próprio pecado, tanto era infame a acção cometida.
Decide então dirigir-se a Provença, à presença de um abade muito conhecido na época, Santo Egídio (Gil), para pedir-lhe a absolvição deste pecado, mas sem ousar confessá-lo e mantendo segredo sobre o crime cometido.
Egídio celebrou uma Missa com essa intenção, quando eis que aparece um Anjo, que se colocou próximo ao altar com um livro na mão, sobre o qual estava escrita a culpa não confessada. Enquanto a celebração avançava, a escrita do livro ia-se desbotando, até desaparecer completamente e Carlos Martel foi absolvido.
A notoriedade de Santo Egídio era muito grande, mesmo antes de levar a cabo este milagre.
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2 comentários:
S. Gil(Egídio) é, habitualmente, invocado contra os fantasmas, epilepsia e incêndios.
Tudo isto parece surreal, visto com os olhos do mundo, mas para quem acredita no Poder que Deus confere aos Sacerdotes Santos, segundo palavras de Jesus Cristo, confirmadas em muitos conhecidos, como Pe. Pio, Pe. Cruz...que tinham a capacidade de ler a mente dos penitentes, ajudando- os, depois, a fazer boas Confissões, sabe que este acontecimento não é lenda.
Só é pena, que o Sacramento da Confissão esteja tão banalizado, ou mesmo desacreditado.
E com muita tristeza penso, como tudo poderia ser diferente se a Igreja tivesse sido Fiel, tal como Jesus A idealizou, desde sempre.
Com tantos Carismas, capazes de erradicar o Mal e tudo que dele provém , estaríamos num verdadeiro paraiso: e Deus proveria a tudo!
Porém, infelizmente, e porque seguimos o caminho inverso, caminhamos a passos largos, para a ruína.
Que Deus tenha Misericórdia.
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