quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

São Dâmaso, o primeiro Papa nascido na Lusitânia

São Dâmaso nasceu no ano 305 na Civitas Igaeditanorum, a antiga Egitânia, hoje chamada Idanha‑a‑Velha, na Beira Interior portuguesa. Era um homem de eminência e grande conhecimento das Escrituras. Em 381, convocou o Primeiro Concílio de Constantinopla, no qual se extinguiu a malvada heresia de Eunómio e Macedónio, que negava a Divindade do Espírito Santo.

Confirmou a condenação ao Sínodo de Rímini, que já tinha sido feita anteriormente pelo Papa Libério. Esse Concílio de Rímini (ano 359) foi uma victória parcial para os defensores da heresia ariana. E foi por causa deste Sínodo (no qual participaram Bispos do Ocidente) e do Sínodo de Selêucia (no qual participaram Bispos do Oriente) que São Jerónimo disse aaquela famosa frase: "O mundo gemeu e admirou-se de se ver ariano.

O Papa Dâmaso mandou construir duas Basílicas em Roma: a de São Lourenço, perto do Teatro de Pompeia, que enriqueceu com magnificência e anexou casas e fazendas; outra na via Ardeatina, sobre as Catacumbas. Também consagrou a Platónia, onde os corpos de São Pedro e São Paulo jazeram durante algum tempo, e decorou-a com elegantes inscrições poéticas compostas por ele. Escreveu a respeito da virgindade, tanto em verso quanto em prosa, e também muitos outros poemas sobre vários temas.

Estabeleceu que os falsos acusadores fossem punidos pelas ofensas que haviam falsamente levado a processo contra o próximo. Estabeleceu o costume, que já existia em muitas igrejas, de cantar os Salmos, tanto de dia quanto à noite, em coros alternados, e de ajuntar ao final de cada Salmo as palavras "Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo".

Foi por sua ordem que São Jerónimo reviu a tradução do Novo Testamento de acordo com o texto grego. Governou a Igreja durante 17 anos, 2 meses e vinte e 6 dias. Por 5 vezes, no Advento, fez ordenações de: 31 Sacerdotes, 11 Diáconos e 62 Bispos.

Por fim, adormeceu no Senhor, durante o reinado do Imperador Teodósio, com quase 80 anos de idade. Foi enterrado ao lado da sua mãe e irmã, na igreja que ele mesmo mandar construir na Via Ardeatina. As suas relíquias foram depois levadas para a Basílica de São Lourenço, que por isso é chamada "San Lorenzo in Damaso".


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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Há 100 anos Nossa Senhora pediu à Irmã Lúcia a devoção dos primeiros Sábados

Há 100 anos, a 10 de Dezembro de 1925, Nossa Senhora apareceu à Irmã Lúcia em Pontevedra. A vidente tinha então 18 anos e vivia de maneira oculta, sob o nome de Maria das Dores, como postulante da Congregação de Santa Doroteia. Eis a aparição descrita pelas palavras da própria Irmã Lúcia:

«Em 10 de Dezembro de 1925, a Santíssima Virgem apareceu, tendo junto a Ela, levado por uma nuvem luminosa, o Menino Jesus. A Santíssima Virgem pôs a mão no seu ombro e mostrou, ao mesmo tempo, um Coração rodeado de espinhos que Ela segurava na outra mão. Nesse mesmo momento, o Menino disse: 

"Tem compaixão do Coração da tua Santíssima Mãe, coberto de espinhos com que homens ingratos O trespassam a todo o momento, sem que haja alguém que faça um acto de reparação para os tirar."

Então a Santíssima Virgem disse: "Olha, Minha filha, o Meu Coração, rodeado de espinhos com que homens ingratos O trespassam a todo o momento pelas suas blasfémias e ingratidões. Ao menos tu faz por Me consolar e anunciar em Meu nome que prometo assistir na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação, a todos aqueles que, no primeiro Sábado de cinco meses seguidos, recebam o sacramento da Confissão, recebam a Sagrada Comunhão, rezem cinco dezenas do Rosário, e Me façam companhia durante quinze minutos, enquanto meditam nos quinze mistérios do Rosário, com a intenção de fazerem reparação ao Meu Imaculado Coração."»

Resumindo, as condições para ganhar o privilégio dos 5 primeiros Sábados são

1 - Confissão. Pode ser feita uma semana antes ou depois do primeiro Sábado, contanto que se esteja em estado de graça (sem pecados mortais) no momento da comunhão reparadora;
2 - A Comunhão reparadora na Missa do primeiro Sábado.
3 - Rezar o terço nesse dia.
4 - Meditação durante 15 minutos os 15 mistérios do Rosário nesse dia.
Em todas estas quatro práticas, deve estar presente a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria.


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terça-feira, 9 de dezembro de 2025

França: 120 anos da Lei de Separação entre Igreja e Estado condenada por São Pio X

A 9 de Dezembro de 1905, o parlamento da França maçónica aprovou a lei de separação entre o Estado e a Igreja Católica, de autoria do deputado socialista e maçom Aristide Briand. 

Um mês depois que a lei entrou em vigor, o Papa São Pio X escreveu a Encíclica ''Vehementer Nos'', condenando o princípio da separação entre a Igreja e o Estado, o laicismo, e, especificamente, repudiando contundentemente o verdadeiro crime perpetrado contra a França, com a separação.

Pio X proscreve a tese da separação entre o Estado e a Igreja com uma convicção tão férrea, uma repulsa tão violenta, e apresentando as mais graves razões, que deixam claro por que um católico não deve, de maneira nenhuma, defender este princípio apóstata e diabólico, que arruína os Estados e nações, faz perder as almas e ofende gravemente a Deus:

«Por último, há um outro ponto sobre o qual não podemos ficar em silêncio. Além dos interesses da Igreja que ela fere, a nova lei será também das mais funestas para o vosso país. Efectivamente, não há nenhuma dúvida de que ela arruíne lamentavelmente a união e a concórdia das almas. E, no entanto, sem essa união e sem essa concórdia nenhuma nação pode viver ou prosperar. 

Eis aí porque, sobretudo na presente situação da Europa, essa harmonia perfeita forma o voto mais ardente de todos aqueles que, na França, amando verdadeiramente o seu país, ainda têm a peito a salvação da sua pátria. Quanto a Nós, a exemplo do Nosso Predecessor, e herdeiro da sua predileção toda particular pela vossa nação, sem dúvida nos havemos esforçado por manter a religião de vossos avós na posse integral de todos os seus direitos entre vós; porém, ao mesmo tempo e sempre tendo diante dos olhos essa paz fraternal cujo vínculo mais estreito é certamente a religião, temos trabalhado para vos consolidar a todos na união. 

Por isto, não podemos, sem a mais viva angústia, ver que o Governo francês acaba de praticar um ato que, atiçando no terreno religioso paixões já excitadas de maneira sobejamente funesta, parece de molde a transtornar completamente o vosso país. É por isto que, lembrando-nos do Nosso múnus apostólico, e cônscio do imperioso dever que Nos incumbe de defender contra todo o ataque e de manter na sua integridade absoluta os direitos invioláveis e sagrados da Igreja, em virtude da autoridade suprema que Deus Nos conferiu, pelos motivos acima expostos Nós reprovamos e condenamos a lei votada na França sobre a separação entre a Igreja e o Estado, como uma lei profundamente injuriosa para com Deus, a quem renega oficialmente, erigindo em princípio não reconhecer a República nenhum culto

Reprovamo-la e condenamo-la como violando o direito natural, o direito das gentes e a fidelidade pública devida aos tratados; como contrária à constituição divina da Igreja, aos seus direitos essenciais e à sua liberdade; como postergando a justiça e calcando aos pés os direitos de propriedade que a Igreja adquiriu a títulos múltiplos e, ademais, em virtude da Concordata. Reprovamo-la e condenamo-la como gravemente ofensiva para a dignidade desta Sé Apostólica, para a Nossa Pessoa, para o Episcopado, para o clero e para todos os católicos franceses.''

Papa São Pio X in Encíclica 'Vehementer Nos' (11/II/1906)


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sábado, 6 de dezembro de 2025

A revolução é progressiva




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Vigiar no princípio da tentação

Devemos vigiar, principalmente, no princípio da tentação; porque mais fácil será vencer o inimigo se não o deixarmos entrar na alma, enfrentando-o logo que bater no limiar.

Primeiro ocorre à mente um simples pensamento, donde nasce a importuna imaginação, depois o deleite, o movimento; e assim, pouco a pouco, entra de todo na alma o malvado inimigo, porque se lhe não resistiu a princípio. E quanto mais alguém for indolente em lhe resistir, tanto mais fraco se tomará cada dia e mais forte o seu adversário.

in Imitação de Cristo


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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Acto de petição para rezar depois de comungar

Senhor Jesus, vós conheceis a minha fraqueza e as necessidades da minha alma: concedei-me a graça de me tornar melhor. Socorrei a vossa santa Igreja. Abençoai os meus pais, superiores, amigos e inimigos, e dai-nos a todos a graça de estar reunidos um dia no Céu.


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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Festa de São Francisco Xavier, Apóstolo do Oriente

Esta é a capela de S. Francisco Xavier, na Chiesa del Gesù, a principal igreja da Companhia de Jesus em Roma.

Dentro do relicário de prata está o braço direito de S. Francisco (o resto do corpo está em Goa). Foi com esse braço que o santo missionário baptizou milhares e milhares de pessoas, tal como ele próprio descreve nesta carta escrita na Índia:

“Em relação aos números dos que se tornaram cristãos talvez se perceba melhor se contar isto: acontece frequentemente que me é muito difícil usar as mãos por causa do cansaço de baptizar. Muitas vezes, num único dia, baptizei populações inteiras. Por vezes fiquei sem voz e sem forças por repetir vezes e vezes sem conta o Credo e o resto da liturgia.”

Por aqui se vê a importância que a Igreja e os santos sempre deram ao baptismo. É uma pena, e um perigo, que hoje em dia seja tão desprezado.



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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

sábado, 29 de novembro de 2025

12 notáveis privilégios de Maria Santíssima

Uma alma verdadeiramente católica deve exultar ao tomar conhecimento de dons especialíssimos concedidos por Deus a nossa Mãe celeste.

Um dos temas que mais atrai a ira dos protestantes é a devoção devida a Nossa Senhora. Incompreensões e calúnias de todo género circulam a esse propósito.

Discutindo com protestantes, acabei por constatar que, na raiz dessa posição, está sempre presente o orgulho. E este vício manifesta-se num ponto fundamental: o igualitarismo. Para uma pessoa orgulhosa, tudo aquilo que o outro possui, e ele não, é considerado um rebaixamento. Segundo tal mentalidade, para se evitar isso dever-se-iam suprimir todas as desigualdades. Aceitar-se-ia, quando muito, Deus como único ser diferente, mas nada de santos e criaturas privilegiadas.

Essa é uma mentalidade anti-católica. Para uma pessoa de mentalidade católica, o facto de outro possuir algo que ela não tem não representa uma afronta, não constitui uma agressão. Mas, pelo contrário, sentimo-nos felizes reconhecendo e amando a hierarquia estabelecida por Deus.

Arquitectura da Criação

Dito isto, compreende-se que um católico, quanto mais conheça privilégios de Nossa Senhora, sinta-se especialmente comprazido. E, realmente, Deus Nosso Senhor cumulou-A com uma série de privilégios altíssimos. O que é perfeitamente arquitectónico no plano da criação.

O primeiro privilégio, do qual decorrem muitos outros, é a Imaculada Conceição, mediante a qual Nossa Senhora foi preservada do pecado original. Convinha que a Mãe de Deus fosse isenta de qualquer mancha de pecado.

Desse privilégio decorre a ausência da inclinação para praticar o mal. A Mãe de Deus não experimentava nenhuma das más inclinações que podem levar ao pecado, e, graças à sua fidelidade, não cometeu a mínima imperfeição.

Igualmente — e este é o terceiro privilégio — Nossa Senhora teve um parto miraculoso e sem dor. Quando Adão e Eva pecaram, Deus disse a Eva: “Darás à luz com dor os filhos” (Gen 3, 16). Sendo Nossa Senhora isenta do pecado original, compreende-se que o parto d'Ela não pagasse tributo à dor. O que é explicável, pois não convinha que a vinda do Salvador — alegria do Universo — ocorresse em meio à dor, mas sim numa atmosfera de júbilo.

Um quinto privilégio: o seu corpo não se corrompeu no túmulo. A perda da vida acarreta a destruição da matéria, mas no caso d'Ela a morte não teve poder sobre a matéria. Nada se alterou, nada se perdeu. Por isso a sua morte é comparada ao sono, à Dormição. 

O quarto privilégio foi a sua santa morte. A morte é fruto do pecado original. Disse Deus a Adão: “Tu és pó e em pó te hás de tornar” (Gen 3, 19). Como a Virgem Santíssima foi concebida sem pecado original, não havia razão para Ela morrer. Poderia ir directamente para o Céu, sem passar pela morte. Entretanto, Nossa Senhora desejou não ficar isenta dessa provação, pela qual até seu Divino Filho tinha passado. Por isso faleceu, mas de morte tão suave que, na linguagem católica, fala-se em Dormição da Beatíssima Virgem Maria. A sua morte não foi causada por doença ou velhice. Dominava-a tal amor de Deus, que Ela morreu mais propriamente devido a esse amor.

Obra-prima da Criação

Um sexto privilégio é a plenitude das graças recebidas. Deus é grandioso, generoso, porquanto cria sem nenhuma necessidade de criar, fazendo-o porque assim o quer. E, ao criar, Deus decidiu que ao menos uma mera criatura recebesse tudo o que é possível a um ente criado receber. Assim, recebeu Ela já no primeiro instante do seu ser todas as graças possíveis.

Então, manifesta-se um sétimo privilégio. Em tese, seria possível Ela a receber e rejeitar. Mas Nossa Senhora foi inteiramente fiel à graça, que A preservou de toda imperfeição.

Um oitavo privilégio foi a maternidade divina. Deus é a Sabedoria, e tudo o que faz decorre de uma razão altíssima. Qual seria o sentido de existir uma criatura a mais perfeita possível, isenta do pecado original e cheia de graça, e não lhe tocar uma vocação superior? Seria como uma obra de arte que não fosse exposta ao público e permanecesse fechada num cofre. Nossa Senhora é a obra-prima da criação, sendo lógico, portanto, que recebesse uma vocação proporcional à sua especialíssima situação. E que vocação pode haver mais alta do que a de ser Mãe de Deus?

Maternidade e virgindade

Tratemos de um nono privilégio. Deus quis que a Sua Mãe fosse Virgem. Por quê? Não é regra comum da vida que maternidade e virgindade sejam incompatíveis? A virgindade não é apenas algo físico, mas corresponde também a um estado de alma. Quis Deus que as mães votem um amor especial, do ponto de vista natural, pelos seres que geraram. Mas para Nossa Senhora Ele almejava mais. Ela devia ser dotada de todo o amor possível de Mãe, mas concomitantemente, de todo o desapego das coisas do mundo que a virgindade produz nas almas. E, Nossa Senhora, a mais perfeita das mães, devia ter alma de Virgem, a fim de fazer o mais perfeito sacrifício possível e praticar o supremo desapego: entregar seu próprio Filho para ser imolado, com vista a redimir nossos pecados.

Um décimo privilégio de Nossa Senhora: Assunção aos Céus, em corpo e alma. Compreende-se igualmente que, segundo o plano divino, um ser tão perfeito deveria receber um prémio perfeito. Em contraste com os outros seres mortais, Ela está no Céu em corpo e alma.

Dispensadora das graças

Tendo-a chamado a Si, de forma tão privilegiada, compreende-se que Deus A tenha coroado como Rainha do Céu e da Terra. Este é o décimo-primeiro privilégio.

Finalmente, o décimo-segundo: a omnipotência que Jesus Cristo lhe concedeu, estabelecendo-A como dispensadora de todas as graças. Tal privilégio, altíssimo sem dúvida alguma, é também um extraordinário prémio para todos nós. Afinal, quem se beneficia dele? Nossa Senhora recebe todas as graças para as distribuir aos outros. Ela é a dispensadora, Aquela que entrega.

Voltamos ao início do artigo. Poderia alguém, com espírito de fé, lamentar tais privilégios? Posso eu sentir-me diminuído pelo facto de ser Ela a dispensadora de todas as graças? Como não ficar jubiloso ao saber que tão perfeita Mãe dispõe do poder de espargir entre os seus filhos as graças divinas? Peçamos então o poderoso auxílio d'Ela. E rezemos pela conversão daqueles a quem o orgulho cega, não querendo entender a beleza de uma Mãe tão cheia de privilégios, que a todos eleva.

Valdis Grinsteins in catolicismo.com.br


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sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Novena da Imaculada Conceição

Oração para todos os dias (29 de Novembro a 7 de Dezembro)

Deus vos salve, Maria, cheia de graça e bendita mais do que todas as mulheres, Virgem singular, Virgem soberana e perfeita, eleita para Mãe de Deus e preservada por Ele de toda a culpa desde o primeiro instante da vossa Concepção. Tal como por Eva nos veio a morte assim nos vem a vida por vós, que pela graça de Deus fostes eleita para ser Mãe do novo povo que Jesus Cristo formou com o Seu Sangue.

 

A vós, puríssima Mãe, restauradora da caída linhagem de Adão e Eva, vimos confiantes e suplicantes nesta novena, para rogar que nos concedais a graça de sermos verdadeiros filhos vossos e de vosso Filho Jesus Cristo, livres de toda a mancha de pecado.

 

Confiantes, Virgem Santíssima, que haveis sido feita Mãe de Deus não apenas para vossa dignidade e glória, senão também para salvação nossa e proveito de todo o género humano. Sabendo que jamais se tenha ouvido dizer que um de quantos tem acudido à vossa protecção e implorado o vosso socorro tenha sido desamparado.

 

Não me deixeis, pois, porque se me deixais me perderei. Que eu tampouco quero deixar-vos, antes bem, cada dia quero crescer mais na vossa verdadeira devoção.

 

Alcançai-me principalmente estas três graças:

A primeira, não cometer nenhum pecado mortal;

A segunda, um grande apreço à virtude cristã,

A terceira, uma boa morte.

 

Além disso, dai-me a graça particular que vos peço nesta novena (fazer aqui o pedido que se deseja obter).

 

Rezar a oração do dia correspondente (ver abaixo)

  

Bendita a Vossa Pureza!

Eternamente bendita!
Que até Deus Se delicia
Com tão graciosa beleza!
A Vós, celeste Princesa
Sagrada Virgem Maria
Vos ofereço neste dia
Alma, vida e coração!
Olhai-me com compaixão!
Não me deixeis, ó Maria!

 

Rezar três Ave-Marias

 

A tua Imaculada Concepção, oh! Virgem Mãe de Deus, alegrou o Universo inteiro.

 

Oração Final

 

Oremus! Deus meu, que pela Imaculada Concepção da Virgem preparastes digna habitação ao Vosso Filho: Vos rogamos que, como a haveis preservado de toda a mancha em previsão dos méritos da morte do Vosso Filho, assim nos concedais, por sua intercessão, chegar a Vós limpos de pecado. Pelo mesmo Cristo Senhor nosso. Amen.

 

Primeiro dia - 29 de Novembro

 

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Tal como preservastes a Maria do pecado original na sua Imaculada Concepção, e nos concedestes o grande beneficio de nos livramos dele por meio do teu Santo Baptismo, assim vos rogamos humildemente que nos concedais a graça de nos portarmos sempre como bons cristãos.

 

Segundo dia - 30 de Novembro

 

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Tal como preservastes Maria do pecado mortal em toda a sua vida e a nós nos dais as graças para evitá-lo e o Sacramento da confissão para remedia-lo, assim vos rogamos humildemente, por intercessão da vossa Mãe Imaculada, nos concedais a graça de não cometer mais nenhum pecado mortal, e se acontecer tão terrível desgraça, a graça de sair dele quanto antes por meio de uma boa confissão.

 

Terceiro dia - 1 de Dezembro

 

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Tal como preservastes Maria do pecado venial em toda a sua vida, e a nós nos pedes que purifiquemos mais e mais as nossas almas para sermos dignos de vós, assim vos rogamos humildemente, por intercessão da vossa Mãe Imaculada, nos concedais a graça de evitar os pecados veniais e a de procurar e obter cada dia mais pureza e delicadeza de consciência.

 

Quarto dia - 2 de Dezembro

 

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Tal como livrastes a Maria da inclinação ao pecado e lhe destes domínio perfeito sobre todas as suas paixões, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de Maria Imaculada, nos concedais a graça de ir domando as nossas paixões e destruindo as nossas más inclinações, para que vos possamos servir com verdadeira liberdade de espírito e sem imperfeição.

 

Quinto dia - 3 de Dezembro

 

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Tal como, desde o primeiro instante da sua Concepção, destes a Maria mais graça do que a todos os Santos e Anjos do Céu, assim vos rogamos humildemente, por intercessão da vossa Mãe Imaculada, nos inspireis um apreço singular da divina graça que Vós nos adquiristes com o Vosso sangue, e nos concedais o aumentar mais e mais com as nossas boas obras e com a recepção dos Santos Sacramentos, especialmente o da Comunhão.

  

Sexto dia - 4 de Dezembro

 

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Tal como, desde o primeiro momento, destes a Maria, com toda a plenitude, as virtudes sobrenaturais e os dons do Espírito Santo, assim vos suplicamos humildemente, por intercessão da vossa Mãe Imaculada, nos concedais a nós a abundancia destes mesmos dons e virtudes, para que possamos vencer todas as tentações e tenhamos muitos actos de virtude dignos da nossa profissão de cristãos.

  

Sétimo dia - 5 de Dezembro

 

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Tal como destes a Maria, entre as demais virtudes, uma pureza e castidade eximias, pelas quais é chamada Virgem das virgens, assim vos suplicamos, por intercessão da tua Mãe Imaculada, nos concedais a dificilíssima virtude da castidade.

 

Oitavo dia - 6 de Dezembro

 

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Tal como destes a Maria a graça de uma ardentíssima caridade e amor de Deus sobre todas as coisas, assim vos rogamos humildemente, por intercessão da vossa Mãe Imaculada, nos concedas um amor sincero a vós - Oh! Deus Senhor nosso! Nosso verdadeiro bem, nosso benfeitor, nosso Pai - e que antes queiramos perder todas as coisas que ofender-Vos com um pecado que seja.

 

Nono dia - 7 de Dezembro

 

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Tal como haveis concedido a Maria a graça de ir ao Céu e de ser nele colocada no primeiro lugar depois de Vós, vos suplicamos humildemente, por intercessão de Maria Imaculada, que nos concedais uma boa morte, que recebamos bem os últimos sacramentos, que expiremos sem mancha nenhuma de pecado na consciência e vamos ao Céu para sempre.



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quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Dia da Medalha Milagrosa

No dia 27 de Novembro de 1830, Nossa Senhora das Graças apareceu a uma freira francesa chamada Catarina Labouré, pedindo que mandasse cunhar uma medalha com um conjunto de características que se vêem nesta imagem. A medalha de Nossa Senhora das Graças, que se espalhou pelo mundo inteiro, é conhecida como Medalha Milagrosa.

A mesma Nossa Senhora das Graças apareceu, inesperadamente, a Afonso Ratisbonne, em Roma no dia 20 de Janeiro de 1842. Aquela visão fugaz causou uma tal impressão no jovem austríaco que passou de judeu, maçom e inimigo da Igreja a baptizado, jesuíta e sacerdote católico. Dedicou o resto dos seus dias à conversão dos judeus. 



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terça-feira, 25 de novembro de 2025

Entrevista ao Arcebispo Salvatore Cordileone

Em entrevista conduzida pelo Padre Javier Olivera Ravasi, o Arcebispo de São Francisco, Mons. Salvatore Cordileone falou sobre alguma questões litúrgicas:

- O problema da ‘Missa nova’ é que, se é nova hoje, amanhã será antiga e, portanto, torna-se uma coisa do passado.

- Os jovens de hoje vêem como o Novus Ordo é celebrado em muitas paróquias e encaram-no como algo do passado, e procuram algo mais duradouro.

- A ligação com os nossos antepassados na Fé toca a alma e, ao mesmo tempo, fala-nos hoje.

- Na Missa Tradicional todos os gestos são claros e precisos. Não há lugar para adaptações.

- Os sacerdotes não vão ‘inventar’ se a Missa é rezada em latim. Ao passo que é fácil alterar a liturgia em vernáculo.

- A primeira forma de catequese é o modo como a Missa é celebrada. É assim que o nosso povo é formado na Fé.

- Se a liturgia fosse celebrada de acordo com o Concílio Vaticano II e com todos os documentos sobre a liturgia, seria muito diferente daquilo que vemos frequentemente, como as ‘Missas rock’n’roll’. O que a Igreja nos pede é: canto gregoriano e latim.


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sábado, 22 de novembro de 2025

Santa Cecília, padroeira dos músicos e artistas

Santa Cecília nasceu provavelmente no ano 150, em Roma. Era filha de um senador romano, da nobre família dos Metelos. Era cristã, e desde pequena fez voto de castidade para viver o amor de Deus e de Cristo. Como cristã, numa época tão antiga, e em Roma, certamente herdou a Fé dos discípulos de São Paulo, que levou a Fé até Roma, e de São Pedro, o primeiro Papa. Cecília herdou a Fé desses santos homens e de tantos outros que foram martirizados exatamente em Roma. O Cristianismo que Cecília recebeu em sua formação, era o Cristianismo dos mártires, dos heróis da Fé. Cecília foi cristã numa Igreja perseguida, numa Igreja que ainda era minoritária, porém, cheia de profunda fé, esperança e coragem.

No transcorrer normal da sua vida, quando jovem, Santa Cecília foi prometida e dada em casamento a um jovem chamado Valeriano. No dia do casamento, ela estava muito triste. Então, chamou o seu noivo e contou-lhe toda verdade sobre sua Fé. Disse que tinha feito um voto de castidade para Deus, e começou a falar das glórias de Deus e de Jesus Cristo ao jovem, que a ouvia boquiaberto com a força das suas palavras e a convicção que vinha do seu coração. Tal foi o poder das palavras de Cecília que, após ouvi-la, ele se converteu, entendeu a promessa da sua noiva e disse que iria respeitar a sua decisão. Naquela mesma noite ele recebeu o Batismo. Valeriano contou ao seu irmão Tibúrcio o que acontecera e este também, impressionado, se converteu. Ambos eram pagãos.

Santa Cecília, então, vendo a maravilha que Deus fazia através dela, agradecida, cantou para Deus: "Senhor, guardai sem manchas o meu corpo e minha alma, para que não seja confundida". Foi um canto inspirado e emocionante, que tocou profundamente o coração de todos. 

O prefeito de Roma, Turcius Almachius, teve conhecimento da conversão dos dois irmãos e ambicionou o tesouro (património) dos dois, visto serem nobres e ricos. Estes, no entanto, já tinham distribuído todos os seus bens aos pobres. O prefeito de Roma exigiu, então, sob pena de morte, que os dois abandonassem a nova Fé. Mas eles, alimentados com a força do Cristianismo nascente e cheios do poder de Deus, não renegaram a sua Fé. Assim, foram condenados à morte e decapitados. 

Santa Cecília foi chamada ao conselho romano logo em seguida. Isso aconteceu provavelmente no ano 180. O conselho exigiu primeiro que ela revelasse onde estaria o tesouro dos dois irmãos. Ela disse que tudo já tinha sido distribuído aos pobres.O prefeito, furioso, exigiu que ela renunciasse a Fé Cristã e adorasse aos deuses romanos. Cecília negou-se mostrando muita coragem e serenidade diante de todos. Condenaram-na à tortura. Mas, estando diante dos soldados romanos para ser torturada, ela falou-lhes sobre as maravilhas de Deus, sobre a verdadeira Religião, sobre sentido da vida, que é o seguimento de Jesus Cristo. Os soldados, maravilhados com uma mensagem que nunca tinham ouvido, ficaram do lado de Cecília, dizendo que iriam abandonar o culto aos deuses. Essas inúmeras conversões foram milagres que Deus operou através de Santa Cecília, para que essas pessoas alcançassem a felicidade e a salvação.

O prefeito, então, aborrecido e furioso, deu ordens para outros algozes trancarem Santa Cecília no balneário de águas quentes do seu próprio castelo, logo na entrada dos vapores. Ali, ela seria asfixiada pelos vapores ferventes que aqueciam as águas. Ninguém conseguia ficar ali por mais de alguns minutos. Era morte certa. Porém, para surpresa de todos, milagrosamente ela foi protegida e nada lhe aconteceu. Todos ficavam impressionados com a Fé daquela jovem, frágil, que enfrentava a morte sem receio por causa da grande Fé que tinha em seu coração. 

Mas o prefeito, irredutível, mandou que ela fosse morta com três golpes de machado em seu pescoço. O algoz obedeceu, mas não conseguiu arrancar a sua cabeça, coisa que ele estava acostumado a fazer com apenas uma machadada. Santa Cecília permaneceu viva ainda por 3 dias, conversando e dando conselhos a todos que corriam para vê-la e rezar por ela.  

Por fim, pressentindo sua morte iminente, Santa Cecília pediu ao Papa que entregasse todos os seus bens aos pobres e transformasse a sua casa numa igreja. Antes da sua morte, durante os seus últimos momentos neste mundo, ao sentir que a sua missão estava cumprida, mesmo sendo ainda tão jovem, Cecília conseguiu cantar louvando a Deus, cantando as maravilhas de Deus. Por isso, ela é a padroeira dos músicos e da música sacra. 

Depois disso, a fisicamente frágil e interiormente forte jovem romana que desafiou os poderes deste mundo entregou o seu espírito ao Pai Celestial. Após a sua morte foi sepultada pelos cristãos na catacumba de São Calisto e desde então passou a ser venerada como mártir. 

O túmulo de Santa Cecília ficou desaparecido por muitos séculos. No século IX, Santa Cecília apareceu ao Papa Pascoal I (817-824). Logo depois, o seu túmulo foi encontrado e lá estava o caixão com as relíquias da Santa. O corpo dela estava intacto, na mesma posição em que ela fora enterrada. Ao lado da Santa estavam também os corpos de Valeriano e Tiburcio.  No ano de 1599, o Cardeal Sfondrati mandou abrir o túmulo de Santa Cecília, e o seu corpo foi encontrado na mesma posição que estava quando o Papa Pascoal I a encontrou.

in farfaline.blogspot.com

Oração a Santa Cecília

Ó Virgem e mártir, Santa Cecília, pela fé viva que vos animou desde a infância, tornando-vos tão agradável a Deus e ao próximo, merecendo-vos a coroa do martírio, convertendo pagãos ao Cristianismo, alcançai-nos a graça de progredir cada vez mais na Fé e a professá-la através do testemunho das boas obras, especialmente servindo aos irmãos necessitados. 

Alcançai-nos também a graça de sempre louvar a Deus com canções espirituais. Gloriosa Santa Cecília, que os vossos exemplos de Fé e virtude sejam para todos nós um brado de alerta, para que estejamos sempre atentos à vontade de Deus, na prosperidade como nas provações, no caminho do Céu e da salvação eterna. 

Santa Cecília, padroeira dos músicos e artistas, rogai por nós. 


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quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Textos dos Sumos Pontífices sobre Maria Co-Redentora

Papa Pio IX
«Assim como Cristo, mediador de Deus e dos homens, assumida a natureza humana, apagando a escritura do decreto que nos era contrário, a pregou triunfante na cruz, assim a Santíssima Virgem, unida a Ele por vínculo estreitíssimo e indissolúvel, exercendo com Ele e por Ele as Suas eternas inimizades contra a serpente venenosa e triunfando plenamente desta, lhe esmagou a cabeça com o pé imaculado.» (Bula Ineffabilis Deus, 8 de Dezembro de 1854)

Papa Leão XIII
«A Virgem, isenta da mancha original, escolhida para ser Mãe de Deus e associada por isso mesmo à obra da salvação do género humano, goza junto de Seu Filho de um favor e de um poder tão grandes que jamais os homens nem os anjos o puderam, nem poderão, alcançar semelhante.» (Supremi Apostolatus, 1 de Setembro de 1883)

«Aquela que fora cooperadora no sacramento da redenção do homem, seria também cooperadora na dispensação das graças dele derivadas.» (AAS 28 [1895-1896], 130-131)

Papa São Pio X
«A consequência desta comunidade de sentimentos e sofrimentos entre Maria e Jesus é que Maria mereceu ser reparadora digníssima do orbe perdido e, portanto, a dispensadora de todos os tesouros que Jesus nos conquistou com a Sua morte e com o Seu sangue.» (Ad diem illud, 2 de Fevereiro de 1904)

Papa Bento XV
«Os Doutores da Igreja ensinam geralmente que a Santíssima Virgem Maria, que parecia ausente da vida pública de Jesus Cristo, esteve, contudo, ao Seu lado quando foi para a morte e foi pregado na cruz, ali estando por disposição divina. Com efeito, em comunhão com Seu Filho sofredor e agonizante, suportou a dor e quase a morte; abdicou dos direitos de Mãe sobre o Filho para conseguir a salvação dos homens; e, para aplacar a justiça divina, na medida em que lhe competia, imolou o Seu Filho, de tal modo que se pode dizer, com razão, que redimiu o género humano com Cristo. E por isso toda a sorte de graças que auferimos do tesouro da redenção nos advêm, por assim dizer, das mãos da Virgem dolorosa.» (Epist. Inter sodalicia, 22 de Maio de 1918)

Papa Pio XI
«Ó Mãe de piedade e de misericórdia, que acompanháveis o vosso doce Filho, enquanto realizava no altar da cruz a redenção do género humano, como Corredentora nossa associada às Suas dores..., conservai em nós e aumentai cada dia, vos pedimos, os preciosos frutos da redenção e da vossa compaixão.» (Radiomensagem, 28 de Abril de 1935)

Papa Pio XII
«Tendo Deus querido que, na realização da redenção humana, a Santíssima Virgem Maria estivesse inseparavelmente unida a Cristo, de tal modo que a nossa salvação é fruto da caridade de Jesus Cristo e dos Seus padecimentos associados intimamente ao amor e aos sofrimentos de Sua Mãe, é perfeitamente razoável que o povo cristão, que recebeu de Jesus a vida divina por meio de Maria, após as devidas homenagens ao Sacratíssimo Coração de Jesus, manifeste também ao Coração amantíssimo da Mãe celeste os correspondentes sentimentos de piedade, amor, acção de graças e reparação.» (Haurietis Aquas, 15 de Maio de 1956)

Concílio Vaticano II
«Concebendo Cristo, dando-lhe à luz, alimentando-o, apresentando-o ao Pai no templo, padecendo com o seu Filho quando morria na cruz, cooperou de modo inteiramente singular na obra do Salvador, com a obediência, a fé, a esperança e a ardente caridade, para restaurar a vida sobrenatural das almas. Por isso, é nossa Mãe na ordem da graça.» (Lumen Gentium, n. 61).

(Compilação do Padre Jorge Hidalgo)


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