quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Cardeal Sarah: “O projecto de abolição da Missa Tradicional é diabólico”

A abolição do Rito Romano é “um insulto à História da Igreja”, afirmou o Cardeal Robert Sarah durante a apresentação do seu último livro: Dio Esiste? (Deus Existe?), organizado por LaNuovaBq.it em Milão, no passado dia 20 de Janeiro. Alguns excertos da apresentação:

- A tarefa mais urgente é recuperar o sentido da adoração e da prostração na fé e na reverência perante o mistério de Deus.

- A perda do valor religioso do ajoelhar-se é a fonte de todas as crises que abalam o mundo e a Igreja, da insatisfação que vemos na nossa sociedade.

- A Santa Missa não é uma reunião social para nos celebrarmos a nós próprios e aos nossos actos, não é uma manifestação cultural, mas a recordação da morte e da ressurreição do Senhor, que a Igreja sempre celebrou ao longo dos séculos.

- Somos incomensuravelmente mais abençoados do que o profeta Isaías: ele rezava para que Deus rasgasse os céus e descesse (cf. Is 63,19); nós contemplamo-Lo no meio de nós.

- A Igreja Católica é “o lugar onde todas as verdades se encontram”, escreveu o grande Chesterton há quase cem anos, descobrindo que a religião mais antiga acaba por ser a mais nova, mais nova até do que as chamadas novas religiões - como o protestantismo, o socialismo ou o espiritualismo. Porque, ao contrário destas, a tradição e a verdade católicas mantiveram a sua validade intacta durante dois mil anos.

- O abandono de Deus levou à convicção de que o liberalismo moral conduz ao progresso da civilização. Em vez disso, a observação da realidade mostra que este suposto progresso é, de facto, uma decadência moral e antropológica, uma nova forma de paganismo que dessacralizou o homem e as suas relações: pretende mesmo determinar quem tem o direito de viver, e os mais fracos pagam o preço.

- Nesta defesa do homem, da sacralidade da sua vida, não devemos permitir que os poderes deste mundo, expressos em governos nacionais ou supranacionais (pensemos na ONU e nas suas ramificações; pactos de defesa militar que depois se tornam ofensivos), ditem agendas utilitaristas e desumanas. Desconfiemos da nova ética globalista promovida pela ONU; desconfiemos da ideologia de género!

- Não nos devemos mutilar para nos realizarmos segundo os nossos sentimentos ou tendências, de uma forma diferente da que Deus nos fez.

- O projecto de abolir definitivamente a Missa Tridentina, Missa que remonta ao Papa Gregório Magno (590-604) e até ao Papa Dâmaso (366-384), a ser verdade, parece-me um insulto à História da Igreja e à Sagrada Tradição. É um projeto diabólico que pretende romper com a Igreja de Cristo, dos Apóstolos e dos Santos.

- Bento XVI recorda-nos que “a autoridade do Papa não é ilimitada; está ao serviço da Sagrada Tradição”.

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