quinta-feira, 5 de maio de 2016

Ascensão de Jesus aos Céus

Jesus parte, sobe ao Céu, retorna ao Pai, que O havia enviado ao mundo. Ele fez o seu trabalho, e em seguida, retorna ao Pai. Mas não se trata duma separação porque Ele permanece para sempre connosco, sob uma nova forma. Com a sua ascensão, o Senhor ressuscitado atrai o olhar dos Apóstolos - e até mesmo os nossos olhos - para as alturas do Céu para nos mostrar que o objectivo do nosso caminho é o Pai. Ele próprio havia dito que iria preparar-nos um lugar no Céu.

No entanto, Jesus continua presente e activo nos assuntos da história humana, com o poder e os dons do seu Espírito; está ao lado de cada um de nós: mesmo se não O vemos com os nossos olhos, Ele está lá! Acompanha-nos, guia-nos, leva-nos pela mão e levanta-nos quando caímos. Jesus ressuscitado está próximo dos cristãos perseguidos e discriminados; está perto de todo homem e mulher que sofrem. Está perto de todos nós aqui na praça; o Senhor está connosco ! Vós acreditais nisto? Assim, dizemo-lo em conjunto: o Senhor está connosco!

Quando Jesus volta para o Pai leva um presente. Qual é o presente? As suas chagas. O seu corpo é belíssimo, sem contusões, sem feridas da flagelação, mas mantém as chagas. Quando retorna do Pai mostra-Lhe as chegas e diz: "Olha Pai, este é o preço do perdão que nos dás." Quando o Pai olha para as feridas de Jesus perdoa-nos sempre, não porque somos bons, mas porque Jesus pagou por nós.

Olhando para as chagas de Jesus, o Pai é misericordioso. Esta é a grande obra de Jesus agora no Céu: fazer ver ao Pai o preço do perdão, as suas chagas. É uma coisa bonita que nos faz não ter medo de pedir perdão; o Pai perdoa sempre, porque ele olha para as chagas de Jesus, olha para os nossos pecados e perdoa.

Mas Jesus também está presente através da Igreja, que Ele enviou para prolongar a sua missão. As últimas palavras de Jesus aos seus discípulos são uma ordem: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações" (Mt 28,19). É um mandato preciso, não é opcional! A comunidade cristã é uma comunidade "de saída", "de partida". Ainda mais, a Igreja nasceu "de saída".

E vós direis: mas e as comunidades de clausura? Sim, também aquelas estão sempre "de saída" com a oração, com o coração aberto ao mundo, os horizontes de Deus. E os idosos, os doentes? Também eles, através da oração e união com as chagas de Jesus.

Papa Francisco - Regina Caeli (1.VI.2014)


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1 comentário:

Francisco disse...

Aí está a beleza da simplicidade do "Ite, Missa est.".

"euntes ergo docete omnes gentes: baptizantes eos in nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti"
"Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"