terça-feira, 14 de junho de 2016

A culpa pelo atentado em Orlando é do cristianismo?

Que fique desde já bem claro que o que se passou naquela discoteca em Orlando foi um acto abominável sem qualquer tipo de justificação racional. Um indivíduo privou 50 pessoas do direito à vida, do direito que cada um tinha à sua vida. Sempre que o direito à vida é tirado a alguém, seja por homicídio violento (como aconteceu neste caso), por um crime passional, por aborto, eutanásia, etc…comete-se uma grave injustiça. E infelizmente essa injustiça não pode ser corrigida de modo perfeito porque quem tirou a vida a alguém não tem o poder de a devolver.


Quase todos os indignados com este acontecimento preferiram ignorar o facto que aquele indivíduo era muçulmano e que foi isso que o levou a fazer o que fez. Quer isto dizer que todos os muçulmanos são como ele? Felizmente não, mas não existe uma autoridade islâmica para declarar que os pacíficos são os verdadeiros muçulmanos e os violentos não. O que sabemos é que nos últimos anos os cristãos foram praticamente dizimados no Médio Oriente às mãos dos islâmicos sem que o mundo ocidental se desse ao trabalho de dizer “Je suis cristão do Médio Oriente”.

Ironicamente, passando o Islão incólume nesta história, muitos apontaram a “homofobia” dos cristãos por este crime. As pessoas deveriam entender duma vez por todas que os cristãos não são homofóbicos. Os cristãos não odeiam as pessoas que sentem atracção por pessoas do mesmo sexo. Aliás, amam-nas tanto que arriscam (e cada vez é mais arriscado) dizer: “Ter uma relação com uma pessoa do mesmo sexo não te vai fazer feliz, foste feito para algo maior, para uma felicidade muito maior do que essa momentânea.”

A verdadeira homofobia é a dos 11 países islâmicos nos quais sentir atracção por pessoas do mesmo sexo dá "direito" a pena de morte. E essa sentença é executada das formas mais brutais. Mas esta homofobia é calada pelo lobby LGBT, que se mostra muito mais preocupado em atacar a Igreja Católica.

A nossa luta contra a ideologia LGBT é o contrário da homofobia, parte da preocupação com a pessoa e com a sociedade. Uma pessoa que anda à procura da felicidade nos locais errados deve ser aconselhada a não o fazer, cabendo-lhe em última análise essa escolha. Por outro lado, uma sociedade saudável não pode permitir que o que é diferente seja tratado de modo igual: uma relação entre duas pessoas do mesmo sexo não é a mesma coisa do que uma relação entre duas pessoas de sexo diferente. O ser humano divide-se em dois sexos: homem e mulher, sendo que é evidente (ou pelo menos era até há poucas décadas atrás) que o homem foi feito para a mulher e a mulher para o homem.

Afirmar que defender esta verdade básica, que hoje em dia está a ser posta em causa de modo completamente irracional, pode levar alguém a disparar indiscriminadamente com o objectivo de matar dezenas de pessoas é um insulto às próprias vítimas deste atentado.

É por elas, pelas suas famílias, e inclusive pelo terrorista que devemos rezar, como tem sido pedido insistentemente até por pessoas que se dizem sem fé.

João Silveira


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