Todos os Domingos, às 9h da manhã, na Igreja de
Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, na cidade do Rio de Janeiro, celebra-se a
Santa Missa Prelatícia na Forma Extraordinária do Rito Romano.
Mas, o que é a Forma Extraordinária do Rito Romano? Tem aprovação do Papa? É
de difícil compreensão e participação? Para responder a essa questão conversámos com o Pe. José Edilson de Lima, sacerdote da Administração Apostólica S.
João Maria Vianney e Juiz auditor do Tribunal arquidiocesano do Rio de Janeiro
Qual é a diferença entra a Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano e na Forma Ordinária? Desde quando existe?
Pe. José: A Missa na Forma Extraordinária é fruto de uma antiga
tradição recolhida por São Gregório Magno (596-604) para uso em Roma, que fixou o cânon romano. Por ser a
Liturgia da Igreja de Roma, generalizou-se em todo o Ocidente entre os anos 700
a 1500. Com Carlos Magno passa a ser usada no Império dos Francos e foi
enriquecida no contacto com as diversas liturgias galicanas e orientais.
Com a crise na Igreja e no papado, o Missal, agora franco-germânico, volta para Roma e vai ser a base para a reforma gregoriana no século X. Os ritos foram simplificados para uso interno da Cúria em suas viagens e o Missal Romano passa a ser usado em toda parte. Os franciscanos adoptaram-no e acabaram por divulgá-lo em todo o Ocidente.
Com a crise na Igreja e no papado, o Missal, agora franco-germânico, volta para Roma e vai ser a base para a reforma gregoriana no século X. Os ritos foram simplificados para uso interno da Cúria em suas viagens e o Missal Romano passa a ser usado em toda parte. Os franciscanos adoptaram-no e acabaram por divulgá-lo em todo o Ocidente.
O Concílio de Trento, enfrentando a crise da Igreja na época e as investidas
protestantes contra os dogmas eucarísticos, especialmente o valor da Santa
Missa, da Eucaristia e do Sacerdócio, ordenou a reforma do Missal e
em 1570, com a Bula Quo primum tempore, o Papa São Pio V publicou o Missal
Romano, tomando como base o Missal da Cúria e impondo-o como obrigatório em
toda a Igreja Latina. Por isso o Missal na forma antiga é chamado erradamente
de São Pio V, ou Tridentino. Na realidade é muito mais antigo.
Os Papas posteriores reeditaram o Missale Romanum realizando
melhorias na formulação das rubricas, revisão de alguns textos e reformas no
calendário. A última reforma das rubricas foi feita pelo Beato João XXIII
através do Motu Próprio Rubricarum instructum, no dia 25 de Julho de 1960.
A última edição conforme as novas Rubricas é do ano 1962. É a chamada hoje Forma Extraordinária do Rito Romano.
O grande diferencial está na sua história, pois é fruto de uma evolução litúrgica homogénea, e na sua precisão teológica, principalmente no que diz respeito aos dogmas eucarísticos. Aparece mais o sentido do sagrado numa liturgia mais vertical. Pela precisão nas rubricas, está menos sujeita a alterações, o que dá uma certa garantia contra as inovações que podem acontecer, fruto de pouco conhecimento do verdadeiro sentido litúrgico.
in Zenit
O grande diferencial está na sua história, pois é fruto de uma evolução litúrgica homogénea, e na sua precisão teológica, principalmente no que diz respeito aos dogmas eucarísticos. Aparece mais o sentido do sagrado numa liturgia mais vertical. Pela precisão nas rubricas, está menos sujeita a alterações, o que dá uma certa garantia contra as inovações que podem acontecer, fruto de pouco conhecimento do verdadeiro sentido litúrgico.
in Zenit
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