terça-feira, 13 de setembro de 2016

Orientemo-nos! Video épico sobre liturgia 'ad orientem'



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1 comentário:

Sem Nome disse...

A explicação da orientação “ad orientam” é muito bela: “em direção ao sol nascente…olhamos para a Sua segunda vinda, vimos do Oeste da escuridão e saímos com a luz de Cristo, para fazer a diferença com a Sua boa nova… É belo e faz todo o sentido. No entanto, alguma observações apresentadas no vídeo me fizeram interrogar… devo dizer que é uma assunto do qual não tenho qualquer conhecimento e por isso poderei apresentar uma argumentação totalmente desenquadrada dessa realidade, ainda assim partilho-o foi o que surgir quando ouvi o vídeo…
É dito: “A adoração ad orientam tira toda a glória do padre e direciona tudo para Deus, onde ela pertence…” Parece-me que o padre em si, não possui essa glória de que falam, porque embora se centre na figura do sacerdote a representação de Cristo, toda a glória é de Deus como sabemos, que através dele se manifesta ao seu povo. E se é de Deus, então, podemos pensar que se o padre estiver de costas, embora por vezes de frente, é Cristo que não possui a glória de se manifestar diretamente, virado para o seu povo, já que a humildade despoja o sacerdote dessa centralidade que está n’ele, mas não é dele e não “lhe pertence”, e se assim é, nenhuma glória é retirada ao sacerdote na adoração ad orientam, como é dito, mas pode ser retirada d’Aquele que ele representa. E quando diz:” e direciona tudo para Deus, onde ela pertence…”É verdade que a glória pertence a Deus; e na visão do homem ela deve sempre pertencer a Deus, mas na visão de Deus a glória também pertence aos homens… ou seja, é ela que se manifesta d’Ele e n’Ele directamente a nós, quando Deus se doa ela está a manifestar-se: a glória está a ter glória (acho…) já que a maior glória de Deus é dar-Se. Se Deus quer chegar o mais próximo dos homens, dar-Se continuamente e o máximo, sinal disse é este Jubileu Extraordinário, e se o padre é esse canal de Deus, como pode o padre não se voltar para os homens? Como podem os homens não ser o centro para Deus, mas ser Ele o centro d’Ele mesmo, quando o padre se volta para Ele? Como pode o padre não ter como centro os homens, mas parecer despojar-se em parte de representante de Cristo e dirigir-se a Deus, quando parece que Deus se quer dirigir 100% a nós?
Penso que as mudanças e reformas estarão enquadradas em contextos sociais e políticos específicos, em que essas mudanças visam objetivos concretos. Este tipo de celebração aparenta ser mais adequada num contexto social em que Deus pareça estar menos presente, num tempo em que Deus se dirigisse menos às pessoas, mas as pessoas mais voltadas para Deus. Não estamos numa época em que Deus se volta Todo para nós?
“É benéfico quando o padre fala pela congregação para Deus, ele vira-se para Deus em vez de para as pessoas…” eu sempre achei isso bom, mas agora acho que como o padre representa Deus, Deus é que sabe para onde (quer que) o padre se vá virar… Deus pode não querer tanto ser olhado, mas olhar… quer dizer a questão na está na vontade do padre, mas na vontade de Deus.
A reintrodução da “ad orientam” será certamente feita só pela vontade de Deus, quando Este o entender e permitir e creio que seja simplesmente “ lentamente, assimilado e incorporado na vida moderna….”

Desta vez agradecia muito se tiver dito muitas asneiras me corrijam para eu ficar a entender mais do assunto. Obg