domingo, 3 de dezembro de 2023

Começa a aventura do Advento

Hoje inicia-se o tempo do Advento, portanto preparemo-nos para mais uma vez celebrar o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. E a melhor maneira de fazê-lo é dirigir-se a Mãe do Menino que está prestar a nascer. Caminhemos com Ela e São José de Nazaré a Belém, façamos companhia ao Santo Casal e meditemos quais seriam as cogitações de Maria e as preocupações de José.

O mundo está no caos e numa imoralidade assustadora; as almas fieis devem permanecer junto a Eles e procurar compensar as tristezas que Eles sentem ao ver a Humanidade em tal abismo. Rezemos e roguemos pelo momento em que Deus voltará a ser o centro de todos os corações, de todas as famílias e de todas as nações.
  
De Nazaré a Belém

César Augusto ordenou a realização de um recenseamento em todo o Império Romano, devendo cada um alistar-se na sua cidade. Partiram pois São José e a Santíssima Virgem da cidade de Nazaré, na Galileia, rumo a Belém de Judá, a cidade de David, a cuja Casa real pertenciam. Tiveram que enfrentar uma caminhada de cerca de 120 k durante 8-10 dias, o que deve ter sido bastante penoso para Nossa Senhora, que estava prestes a dar à luz o Messias.

Hoje, quem visita a região encontra vilarejos rurais, olivais, belas paisagens e pessoas hospitaleiras. É a chamada Rota da Natividade, que entretanto não se inicia em Nazaré devido as dificuldades de movimentação em parte da região em conflito. São muitos os visitantes que procuram refazer o provável caminho seguido por Maria e José.

Revelações particulares contam interessantes pormenores da viagem de Nazaré a Belém realizada pelo Santo Casal. Seguindo em direcção a Jerusalém, Nossa Senhora e São José atravessaram vales frios, cobertos de geada. Às vezes paravam em lugares convenientes e descansavam. Antes da viagem um Anjo aparecera a São José ordenando-lhe que levasse, além do jumento que serviria de montaria à Virgem, uma jumentinha que os precederia, indicando o caminho.

São José partira animado, certo da boa acolhida que teria em Belém. Porém, antes mesmo de chegar à cidade dos seus pais, começaram as decepções. A dez léguas de Jerusalém foi tratado grosseiramente por um homem que lhe negou hospedagem. Pouco adiante a jumentinha aguardava-os junto a um rancho onde passaram a noite. Em outras ocasiões foram recebidos asperamente, tornando ainda mais penosa a viagem para a Santíssima Virgem.

A Beata Ana Catarina Emmerich, mística alemã do século XIX, conta que, ao chegar a Belém, São José e Maria Santíssima não entraram imediatamente na cidade. Já caia a noite e pernoitaram afastados do caminho, sob uma árvore. No dia seguinte, São José dirigiu-se a um grande edifício, a alguns minutos do caminho, fora de Belém. Era o antigo solar de David, Profeta e Rei, e casa paterna de São José, mas que servia então de recebedoria de impostos do Império Romano. Os funcionários verificaram a genealogia de José e Maria, notando que ambos descendiam de David em linha recta. Só depois estes entraram na cidade, procurando pousada.

Verificou-se então a pungente rejeição da cidade ao Santo Casal, conforme registaram os Evangelhos. E São José passou pela dura prova da recusa dos amigos, que não o quiseram reconhecer. Caminhando de rua em rua, batendo de porta em porta, recebia sempre a invariável resposta negativa.
     
Estava assim simbolizado o repúdio do povo judeu ao Messias: "Veio para o que era seu, e os seus não O receberam"(Jo 1, 11). Partiram, pois, José e a sua Esposa. Nas proximidades da gruta onde se abrigariam, veio-lhes ao encontro, em alegres saltos, a jumentinha que haviam deixado fora de Belém.

in heroinasdacristandade.blogspot.com


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1 comentário:

Maria José Martins disse...

E ainda há quem queira desvalorizar as "revelações privadas!" Se não fosse, através delas, onde Jesus ou Nossa Senhora esclarecem certos acontecimentos, ficaríamos, como muitos, com a ideia de que Deus parece deliciar-Se com o sofrimento do Seus filhos...Porém, mesmo não entendendo muito bem o Mistério, algo nos ensinam, e que todo o "calvário" porque passam certas almas--e até mesmo, um simples Cristão fiel--tem um VALOR INCOMENSURAVEL para a nossa Redenção e para a Redenção do mundo!
Assim, mais uma vez, vou transcrever as palavras de Jesus, em "O Evangelho como me foi revelado", para S. João, depois de ter Ressuscitado.
"Viste, quanto custa ser Salvador? Viste-o em Mim e em Maria, e conheceste as nossas torturas e com que HEROÍSMO e PACIÊNCIA, HUMILDADE, CONSTÂNCIA, FORTALEZA tudo suportamos pela Caridade de SALVAR-VOS..."
...ser Salvador é a Missão mais austera de todas! Aquela com que o monge e a monja da regra mais severa é uma flor, comparada a um monte de espinhos...
...Eu vim para anular os efeitos do pecado, com o Meu Sangue e a Minha dor, lavando as vossas partes físicas e morais; vim para limpá-las e torná-las fortes contra as tendências CULPÁVEIS!...
...Por isso, nenhum outro afeto na Terra deve ser superior ao AMOR pelo vosso DEUS! AMAI os vossos, em DEUS! AMAI com tudo de vós mesmos a DEUS, porque somente, n/ELE, conseguireis AMÁ-LOS, pois, Ele alimentará o vosso amor com a PERFEIÇÂO DESEJADA, porque quem tem Deus em si, tem a Sua PERFEIÇÃO.
"...quantas impaciências por nada, vós tendes! Quantas incompatibilidades por coisas vãs, quantas dificuldades para aceitar o mal estar! Mas, olhai o vosso SALVADOR! Meditai em tudo...e o que eram para a Minha Cabeça dolorosa, febril, os gritos da multidão, as batidas, o sol abrasador e toda a dor da sexta feira Santa, depois da Agonia de toda a noite de quinta feira, com todas as torturas e intoxicações provocadas pelas torturas..."
E Jesus, ainda continua a descrever pormenorizadamente...a Sua Paixão, cada vez mais horrível, e só POR NOSSO AMOR!

Perante isto, cai por terra, todo o pensamento fútil que nos possa fazer duvidar do IMENSO AMOR QUE DEUS TEM PELA HUMANIDADE.
E, assim, podemos compreender, SÓ MAIS UM POUQUINHO, o porquê das Suas Almas Prediletas sofrerem TANTAS PROVAÇÕES!
Realmente, ser ESCOLHIDO para se unir à Sua Paixão, deve ser mesmo, UMA HONRA, pela PREDILEÇÃO e não UMA TORTURA!
Acho que, melhor do que ninguém, Maria e José entenderam a Vontade de Deus!