sábado, 7 de janeiro de 2023

São Francisco de Assis iniciou o costume de fazer presépios vivos no Natal

A celebração da festa de Natal remonta aos primeiros séculos da Igreja, sendo uma comemoração especificamente católica. Desde o século IV as relíquias da manjedoura da gruta de Belém são veneradas na Basílica de Santa Maria Maior em Roma. Encontram-se num precioso relicário de ouro e cristal, onde podem ser admiradas e adoradas por todos. A liturgia própria da festa era chamada ad praecepe, de onde vem a palavra presépio, e que significa literalmente em volta do berço.
Em 1223, São Francisco de Assis criou o primeiro presépio vivo, com personagens reais, na sua igreja de Grecchio, em Itália. Os figurantes (o Menino Jesus numa manjedoura, Nossa Senhora, São José, os Reis Magos, os pastores e os anjos) eram representados por habitantes da aldeia. Os animais, o boi, o burrico, as ovelhas e outros, também eram reais. Este piedoso costume medieval espalhou-se rapidamente.

Os primeiros presépios em escala reduzida com imagenzinhas, entraram nas igrejas no século XVI por obra dos padres jesuítas. Nessa época os jesuítas eram heróis na luta contra o protestantismo seco e hirsuto que desconhece o presépio e os seus imponderáveis divinos que enchem as almas de gáudio. Por volta dos séculos XV e XVI ficaram famosos os presépios de Nápoles, Itália, pela proliferação de figurinhas.

No início do século XIX, após a anticatólica Revolução Francesa, em França parecia que o costume tinha morrido. Mas, os habitantes da região de Provence (sul) deram novo impulso a esta piedosa devoção a partir de 1803 em casas particulares e igrejas criando famosos santons (figurinhas de massa).
Na hora de montar o presépio, em geral, deixa-se a manjedoura vazia. Nela, o Menino Jesus será instalado na noite do dia 24 para o 25. Forma parte do costume colocar uma estrela no topo do presépio. Ela lembra-nos da estrela que no Céu guiou os três santos Reis de Oriente que foram venerar o Salvador do mundo.

Os três Reis Magos (Gaspar, Melchior e Balthazar), simbolizam o conjunto dos povos da terra. Em geral, são representados com camelos, ou até elefantes e dromedários que lhes teriam servido de montaria. É um costume muito praticado, colocá-los longe da gruta e, dia após dia, aproximá-los dela, até introduzi-los na gruta na festa da Epifania (6 de Janeiro). Epifania significa a irradiação da glória externa de Deus, precisamente posta em relevo pela adoração dos potentados de Oriente.

A presença dos anjos é de rigor, relembrando o cântico angélico “Glória a Deus nos Céus e paz na terra aos homens de boa vontade” de que nos falam as Escrituras.

Luis Dufaur in luzesdeesperanca.blogspot.com


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1 comentário:

Maria José Martins disse...

Quando tudo parece prestes a morrer, eis que Deus Se serve da Fidelidade de alguns corações de Boa Vontade, para, de novo, tudo fazer ressurgir! Assim foi com o Presépio, e a minha Esperança é, também, com uma certa fação da Igreja, que, descaracterizada pelo modernismo, há de regressar às Suas Origens: humilde, simples e, sobretudo, SANTA, porque FIEL!