sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

9 propósitos assumidos por D. Bosco antes da ordenação sacerdotal

Por vezes olhamos para as vidas dos grandes santos e pensamos como é possível que tenham sido assim tão santos. Aqui vemos o "segredo":

1. Nunca fazer passeios, a não ser por grave necessidade, visitas aos doentes etc.

2. Ocupar rigorosamente bem o tempo.

3. Sofrer, fazer humilhar-se em tudo e sempre, quando se trata de salvar as almas.

4. A caridade e a doçura de São Francisco de Sales me guiem em tudo.

5. Mostrar-me-ei sempre contente com o alimento que for servido, desde que não seja algo nocivo à saúde.

6. Beberei vinho com água, e somente como remédio; isto é, somente quando e quanto for exigido pela saúde.

7. O trabalho é uma arma poderosa contra os inimigos da alma; por isso não darei ao corpo mais que cinco horas de sono a cada noite. Ao longo do dia, especialmente após o almoço, não farei nenhum repouso. Farei algumas excepções em caso de doença.

8. Todos os dias darei algum tempo à meditação e à leitura espiritual. No decorrer do dia, farei breve visita ou, pelo menos, uma oração ao Ssmo. Sacramento. Farei pelo menos um quarto de hora de preparação, e outro tanto de acção de graças na Santa Missa.

9. Jamais terei conversas com mulheres, fora do caso de ouvi-las em confissão ou de algum outro caso de necessidade espiritual.

Giovani Battista Lemoyne in 'Vida de São João Bosco' (Vol. I)


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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Cardeal chama a Polícia porque os fiéis rezam o Terço

Um grupo de católicos reuniu-se pacificamente em frente à casa do Cardeal Carlos Castillo, o Arcebispo de Lima, para rezar o terço em reparação ao Imaculado Coração de Maria, na sequência da controvérsia causada pela peça blasfema 'María Maricón'. 'Maricón' significa 'maricas' em espanhol.

A peça blasfema, menosprezada e defendida por Carlos Castillo, um devoto da Pachamama, estava para ser apresentada na Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP). Devido à postura cobarde de Castillo, cerca de vinte católicos reuniram-se às portas da casa do Cardeal para rezar o terço por ele e como acto de reparação.

O Prelado respondeu à oração solicitando a intervenção policial (sic) para impedir o acto pacífico de oração. A resposta de Carlos Castillo alimentou o debate sobre a relação entre a Igreja [sinodal] e os fiéis em questões de liberdade de expressão e respeito pelos símbolos religiosos.

in gloria.tv


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quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

A paciência é uma virtude - São Francisco de Sales

A paciência, diz o Apóstolo, vos é necessária para que, fazendo a vontade de Deus, alcanceis o que Ele vos tem prometido. Sim, nos diz Jesus Cristo, possuireis vossas almas pela paciência.

O maior bem do homem consiste, Filoteia, em possuir o seu coração e tanto mais o possuímos quanto mais perfeita é nossa paciência; cumpre, portanto, aperfeiçoarmos nesta virtude. Lembra-te também que, tendo Nosso Senhor nos alcançado todas as graças da salvação pela paciência de Sua vida e de Sua morte, nós também no-las devemos aplicar por uma paciência constante e inalterável nas aflições, nas misérias e nas contradições da vida.

Não limites a tua paciência a alguns sofrimentos, mas estende-a universalmente a tudo o que Deus te mandar ou permitir que venha sobre ti. Muitas pessoas há que de boa mente querem suportar os sofrimentos que têm um certo cunho de honroso: ter sido ferido numa batalha, ter sido prisioneiro ao cumprir seu dever, ser maltratado pela religião, perder todos os seus bens numa contenda de honra, da qual saíram vencedores, tudo isso lhes é suave; mas é a glória e não o sofrimento o que amam.

O homem verdadeiramente paciente tolera com a mesma igualdade de espírito os sofrimentos ignominiosos como os que trazem honra. O desprezo, a censura e a deseducação dum homem vicioso e libertino é um prazer para uma alma grande; mas sofrer esses maus tratos de gente de bem, de seus amigos e parentes, é uma paciência heróica. Por isso aprecio e admiro mais o Cardeal São Carlos Borromeu, por ter sofrido em silêncio, com brandura e por muito tempo, as invectivas públicas que célebre pregador duma ordem reformada fazia contra ele do púlpito, do que ter suportado abertamente os insultos de muitos libertinos; pois, como as ferroadas das abelhas doem muito mais que as das moscas, assim as contradições procedentes de gente de bem magoam muito mais do que as que provêm de homens viciosos. Acontece, no entanto, muitas vezes que dois homens de bem, ambos bem intencionados, pela diversidade de opiniões, se afligem mutuamente não pouco.

Tem paciência não só com o mal que sofres, mas também com as suas circunstâncias e consequências. Muitos se enganam neste ponto e parecem desejar aflições, recusando, entretanto, sofrer suas incomodidades inseparáveis. Não me afligiria, diz alguém, de ficar pobre, contanto que a pobreza não me impedisse de ajudar a meus amigos, de educar meus filhos, e de levar vida honrosa. E eu, declarava um outro, pouco me inquietaria disso, se o mundo não atribuísse esta desgraça à minha imprudência. E eu, dizia ainda um terceiro, nada me importaria esta calúnia, contanto que não achasse crédito em outras pessoas. Muitos há que estão prontos a sofrer uma parte das incomodidades conjuntas aos seus males, mas não todas, dizendo que não se impacientam de estar doentes, mas do trabalho que causam aos outros e da falta de dinheiro para se tratar.

Digo, pois, Filoteia, que a paciência nos obriga a querer estar doentes, como Deus quiser, da enfermidade que Ele quiser, no lugar onde Ele quiser, com as pessoas e com todos os incómodos que Ele quiser; e eis aí a regra geral da paciência! Se caíres numa enfermidade, emprega todos os remédios que Deus te concede; pois esperar alívio sem empregar os meios seria tentar a Deus; mas, feito isso, resigna-te a tudo e, se os remédios fazem bem, agradece a Deus com humildade e, se a doença resiste aos remédios, bendize-o com paciência.

Sou do parecer de S. Gregório, que diz: Se te acusarem de uma falta verdadeira, humilha-te e confessa que mereces muito mais que esta confusão. Se a acusação é falsa, justifica-te com toda a calma, porque o exigem o amor à verdade e a edificação do próximo. Mas, se tua escusa não for aceita, não te perturbes, nem te esforces debalde para provar a tua inocência, porque, além dos deveres da verdade, deves cumprir também os da humildade. Assim, não negligenciarás a tua reputação e não faltarás ao afecto que deves ter à mansidão e humildade do coração.

Queixa-te o menos possível do mal que te fizeram; pois queixar-se sem pecar é uma coisa raríssima; nosso amor-próprio sempre exagera aos nossos olhos e ao nosso coração as injúrias que recebemos. Se houver necessidade de te queixares ou para abrandar o teu espírito ou para pedir conselhos, não o faças a pessoas fáceis de exaltar-se e de pensar e falar mal dos outros. Mas queixa-te a pessoas comedidas e tementes a Deus, porque, ao contrário, longe de tranquilizar a tua alma, a perturbarias ainda mais e, em lugar de arrancares o espinho do coração, o cravarias ainda mais fundo.

Muitos numa doença ou numa outra tribulação qualquer guardam-se de se queixar e mostrar a sua pouca virtude, sabendo bem (e isto é verdade) que seria fraqueza e falta de generosidade; mas procuram que outros se compadeçam deles, se queixem de seus sofrimentos e ainda por cima os louvem por sua paciência. Na verdade temos aqui um ato de paciência, mas certamente duma paciência falsa, que na realidade não passa dum orgulho muito subtil e duma vaidade refinada.

Sim, diz o Apóstolo, tem de que gloriar-se, mas não diante de Deus. Os cristãos verdadeiramente pacientes não se queixam de seus sofrimentos nem desejam que os outros os lamentem; se falam neles é com muita simplicidade e ingenuidade, sem os fazer maiores do que são; se outros os lamentam, ouvem-nos com paciência, a não ser que tenham em vista um sofrimento que não existe, porque, então, lhes declaram modestamente a verdade; conservam assim a tranquilidade da alma entre a verdade e a paciência, manifestando ingenuamente os seus sofrimentos, sem se queixarem.

Nas contrariedades que te sobrevierem no caminho da devoção (pois que delas não hás de ter falta), lembra-te que nada de grande podemos conseguir neste mundo sem primeiro passarmos por muitas dificuldades, mas que, uma vez superadas, bem depressa nos esquecemos de tudo, pelo íntimo gozo que então temos de ver realizadas as nossas aspirações. Pois bem, Filoteia, queres absolutamente trabalhar para formar a Jesus Cristo, como diz o Apóstolo, em teu coração, como em tuas obras, pelo amor sincero de Sua doutrina e pela imitação perfeita de Sua vida. Há de custar-te algumas dores, sem dúvida; mas hão de passar e Jesus Cristo, que viverá em ti, há de encher tua alma duma alegria inefável, que ninguém te poderá furtar.

Se caíres numa doença, oferece as tuas dores, a tua prostração e todos os teus sofrimentos a Jesus Cristo, suplicando-Lhe de os aceitar em união com os merecimentos de Sua paixão. Lembra-te do fel que Ele bebeu por teu amor e obedece ao médico, tomando os remédios e fazendo tudo o que determinar por amor de Deus. Deseja a saúde para O servir, mas não recuses ficar muito tempo doente para obedecer-Lhe e mesmo dispõe-te a morrer, se for a Sua vontade, para ir gozar eternamente de Sua gloriosa presença.

Lembra-te, Filoteia, que as abelhas, enquanto fazem o mel, vivem dum alimento muito amargo e que nunca nós outros poderemos encher mais facilmente o coração desta santa suavidade, que é fruto da paciência, do que comendo com paciência o pão amargo das tribulações que Deus nos envia; e quanto mais humilhantes forem, tanto mais preciosa e agradável se tornará a virtude ao nosso coração.

Pensa muitas vezes em Jesus crucificado; considera-O coberto de feridas, saturado de opróbrios e dores, penetrado de tristeza até ao fundo de Sua alma, num desamparo e abandono completo, carregado de calúnias e maldições; verás então que tuas dores não se podem comparar às Suas, nem em quantidade, nem em qualidade, e que jamais sofrerás por Ele alguma coisa de semelhante ao que Ele sofreu por ti.

Compara-te aos mártires, ou, sem ires tão longe, às pessoas que sofrem actualmente mais do que tu e exclama, louvando a Deus: Ah! meus espinhos me parecem rosas e minhas dores, consolações, se me comparo àqueles que vivem sem socorros, sem assistência e sem alívio, numa morte contínua, opressos de dores e de tristezas.

São Francisco de Sales in Introdução à Vida Devota (Filoteia)


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terça-feira, 28 de janeiro de 2025

São Pedro Nolasco e os Mercedários

Hoje é dia de São Pedro Nolasco. Nascido em Mas-des-Saintes-Puelles, perto de Castelnaudary, França, em 1189 (ou 1182); morreu em Barcelona, ​​no dia de Natal, 1256 (ou 1259). Era de uma família nobre e desde a juventude se destacou pela sua piedade, esmola e caridade. Depois de dar todos os seus bens aos pobres, fez um voto de virgindade e, para evitar o convívio com os albigenses, foi para Barcelona.

Naquela época, os mouros dominavam grande parte da Península Ibérica, e muitos cristãos foram feitos prisioneiros e cruelmente perseguidos por causa da Fé. Pedro resgatou muitos deles e, ao fazê-lo, gastos todo o seu património. 

Após uma deliberação profunda, movido também por uma visão celestial, decidiu fundar uma ordem religiosa (em 1218), semelhante à estabelecida alguns anos antes por São João da Mata e São Félix de Valois, cujo principal objectivo era a libertação de escravos cristãos. 

Nisso foi encorajado por São Raimundo de Peñaforte e Jaime I, Rei de Aragão, que foram favorecidos com a mesma inspiração. O instituto foi chamado Ordem de Nossa Senhora das Mercês para a Redenção dos Cativos e os seus membros ficaram conhecidos por mercedários. A ordem foi solenemente aprovada pelo Papa Gregório IX, em 1230.

Os seus membros foram obrigados por um voto especial a empregar todas as suas forças para a libertação de cristãos cativos e, se necessário, permanecer em cativeiro em seu lugar. A princípio, a maioria desses religiosos era leiga, assim como o próprio Pedro. Mas o Papa Clemente V decretou que o mestre geral da ordem deveria ser sempre um sacerdote.

in traditionalcatholic.net


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segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Dedicado aos milhões de bebés abortados todos os anos em sociedades hipócritas




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Perdão

Cristo pede-nos duas coisas: que condenemos os nossos pecados e perdoemos os dos outros, e que façamos a primeira coisa por causa da segunda, que será então mais fácil, pois aquele que pensa nos seus pecados será menos severo para com o seu companheiro de miséria. E perdoar não apenas por palavras mas «do fundo do coração», para que não se vire contra nós o ferro com que cremos trespassar os outros. 

Que mal te pode fazer o teu inimigo, que se possa comparar com aquele que fazes a ti próprio? Se te deixas levar pela indignação e pela cólera, serás ferido, não pela injúria que ele te fez, mas pelo ressentimento com que ficas.

Não digas: «Ele ultrajou-me, ele caluniou-me, ele causou-me inúmeros males.» Quanto mais disseres que ele te fez mal, mais demonstras que ele te fez bem, pois deu-te oportunidade de te purificares dos teus pecados. 

Deste modo, quando mais ele te ofende, mais hipóteses te dá de obteres de Deus o perdão dos teus pecados. Porque, se quisermos, ninguém poderá prejudicar-nos; até os nossos inimigos nos prestam um grande serviço. Reflecte portanto nas vantagens que obténs de uma injúria suportada com humildade e doçura.

São João Crisóstomo in 'Homilia sobre São Mateus, nº61'


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domingo, 26 de janeiro de 2025

Cardeal holandês: “Não cometam o nosso erro! O Zeitgeist esvazia as igrejas, as liturgias dignas enchem-nas”

Quando o Cardeal Willem Jacobus Eijk, 71 anos, de Utrecht, nos Países Baixos, cresceu nos arredores de Amesterdão, nos anos 50 e 60, quase toda a gente ia à igreja ao Domingo - muitos sem pensar e por razões sociológicas. O Cardeal, em entrevista à revista Communio), disse que, nesse tempo, havia famílias católicas numerosas: “Na nossa rua, havia uma família com dezassete filhos”.

Mas: “Depois de 1965, as coisas mudaram rapidamente. Entre 1965 e 1975, o número de pessoas que iam à Missa diminuiu para metade”. O Cardeal Eijk atribui o facto à “prosperidade crescente”.

“A prosperidade leva à individualização, e a individualização leva à secularização”. Os indivíduos colocam-se a si próprios em primeiro lugar e seguem uma religião feita por eles próprios.

Em 2012, ainda havia 250 mil fiéis nos Países Baixos, mas depois da histeria do coronavírus, este número caiu para menos de 90 mil. Actualmente, são cerca de 100 mil, ou seja, 2,5% dos católicos registados.

A Igreja holandesa já não está polarizada em questões emocionais como a sexualidade ou a homossexualidade: “Está muito marginalizada, é uma pequena minoria. O que ela diz ou acredita já não desperta tantos sentimentos nas pessoas. Outros países estão agora a viver o que os Países Baixos já viveram."

Isto prova o truísmo de que a adaptação ao zeitgeist não traz as pessoas para as igrejas: “Se criarmos confusão, afastamos as pessoas da Igreja. Dessa forma, não se consegue trazer ninguém de volta”.

E: “Eu diria aos bispos dos outros países: não cometam este erro, não cometam o nosso erro. Nas paróquias onde a fé é bem proclamada e a liturgia é celebrada com dignidade, as igrejas estão cheias. Trata-se de colocar Cristo no centro”.

Para o Cardeal, as semelhanças entre o Sínodo Pastoral holandês (1966-1970) e o caminho sinodal alemão são evidentes. No início houve entusiasmo, mas depois a discussão foi-se esbatendo e ficaram expectativas exageradas.

“Nos Países Baixos, tivemos experiências muito más nos últimos 50 anos com a criação de ambiguidade e confusão. As pessoas tinham a impressão de que a própria Igreja não sabia realmente”.

O Cardeal Eijk define a secularização da seguinte forma: “A pessoa humana já não está no centro, e o Estado está cada vez mais a tomar decisões sobre os direitos fundamentais”.

Refere-se ao aborto e à eutanásia: “O número de casos de eutanásia está a aumentar rapidamente, passando de 1 500 em 1991 para possivelmente 10 000 este ano. Cerca de 40 por cento dos casamentos acabam em divórcio, muitas vezes com grandes custos emocionais para os cônjuges e para os filhos”.

Outros exemplos incluem a investigação sobre embriões, a educação sexual nas escolas primárias e a negação do género nos passaportes: “Estas mudanças são frequentemente motivadas por uma forte pressão internacional, por exemplo da ONU e da Organização Mundial de Saúde”.

O Cardeal Eijk está convencido de que “a experiência social de construir uma ordem ética sem Deus acabará na falência”.

Ele vê [apesar da unificação global do pensamento, da alimentação, do vestuário, do entretenimento, da educação, dos cuidados de saúde...] um “individualismo” crescente que conduz à solidão. Muitos jovens sentem-se desorientados e têm problemas psicológicos.

in gloria.tv


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sábado, 25 de janeiro de 2025

Conversão de São Paulo

Hoje é dia da conversão de São Paulo: de perseguidor cruel dos cristãos passou, de um dia para o outro, a ser o maior dos apóstolos. Graças a essa conversão providencial temos o belíssimo hino da caridade (1Cor 13), que é lido na maioria dos casamentos. Infelizmente poucos percebem a mensagem deste texto.


Basicamente, São Paulo diz que podemos fazer coisas muito boas, mas se não forem feitas por amor a Deus nada valem para a vida eterna. O que não quer dizer que não possam ser uma ajuda para querer amar a Deus acima de todas as coisas, e aos outros por causa do amor a Deus, i.e. conseguir a mais importante de todas as virtudes: a caridade.

«Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,
se não tiver amor, sou como um bronze que soa
ou um címbalo que retine.

Ainda que eu tenha o dom da profecia
e conheça todos os mistérios e toda a ciência,
ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas,
se não tiver amor, nada sou.

Ainda que eu distribua todos os meus bens
e entregue o meu corpo para ser queimado,
se não tiver amor, de nada me aproveita.

O amor é paciente,
o amor é prestável,
não é invejoso,
não é arrogante nem orgulhoso,
nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse,
não se irrita nem guarda ressentimento.

Não se alegra com a injustiça,
mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais passará.
As profecias terão o seu fim,
o dom das línguas terminará
e a ciência vai ser inútil.

Pois o nosso conhecimento é imperfeito
e também imperfeita é a nossa profecia.
Mas, quando vier o que é perfeito,
o que é imperfeito desaparecerá.

Quando eu era criança,
falava como criança,
pensava como criança,
raciocinava como criança.

Mas, quando me tornei homem,
deixei o que era próprio de criança.
Agora, vemos como num espelho,
de maneira confusa;
depois, veremos face a face.

Agora, conheço de modo imperfeito;
depois, conhecerei como sou conhecido.

Agora permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor;
mas a maior de todas é o amor.»


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sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Bispos Ganeses apoiam a Lei que pune os 'actos homossexuais'

Os bispos do Gana apelaram ao novo presidente do país, John Dramani Mahama, de 66 anos, para que impulsione a aprovação de uma lei que promova e proteja os valores familiares. "Queremos que isto se torne lei", afirmou o Bispo Matthew Kwasi Gyamfi de Sunyani, presidente da Conferência Episcopal do Gana, numa reunião a 14 de Janeiro.

A proposta central dos bispos gira em torno do "Projecto de Lei sobre Direitos Sexuais Humanos e Valores Familiares". A legislação procura reafirmar os valores familiares africanos, particularmente através do sistema educativo.

Prevê penas de prisão até três anos para os culpados de actos homossexuais e até cinco anos para os culpados de propaganda homossexual.

O Parlamento aprovou o projecto de lei a 28 de Fevereiro de 2024, mas a sua implementação foi suspensa enquanto o então presidente, Nana Akufo-Addo, aguardava duas decisões do Supremo Tribunal sobre a sua constitucionalidade.

O Presidente Mahama, que tomou posse a 7 de Janeiro de 2025, afirmou que o facto de o projecto de lei não ter sido aprovado antes do final da legislatura o tornou nulo: "Este projecto de lei está efectivamente morto", disse.

Durante o seu mandato anterior (2012-20117), Mahama, membro das Assembleias de Deus, teve o apoio de regimes pró-homossexuais, incluindo os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a França.

in gloria.tv


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O valor da Santa Missa



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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

O único modo de unir todos os Cristãos

Assim, Veneráveis Irmãos, é clara a razão pela qual esta Sé Apostólica nunca permitiu aos seus estarem presentes às reuniões de acatólicos uma vez que não é lícito promover a união dos cristãos de outro modo que não promovendo o retorno dos dissidentes à única verdadeira Igreja de Cristo, dado que outrora, infelizmente, eles se apartaram dela.

Dizemos à única verdadeira Igreja de Cristo: sem dúvida ela é a todos manifesta e, pela vontade de seu Autor, Ela perpetuamente permanecerá tal qual Ele próprio A instituiu para a salvação de todos. Pois, a mística Esposa de Cristo jamais se contaminou com o decurso dos séculos nem, em época alguma, poderá ser contaminada, como Cipriano o atesta: "A Esposa de Cristo não pode ser adulterada: ela é incorrupta e pudica. Ela conhece uma só casa e guarda com casto pudor a santidade de um só cubículo" (De Cath. Ecclessiae unitate, 6).

E o mesmo santo Mártir, com direito e com razão, grandemente se admirava de que pudesse alguém acreditar que "esta unidade que procede da firmeza de Deus pudesse cindir-se e ser quebrada na Igreja pelo divórcio de vontades em conflito" (ibidem).

Portanto, dado que o Corpo Místico de Cristo, isto é, a Igreja, é um só (1 Cor 12, 12), compacto e conexo (Ef. 4, 15), à semelhança do seu corpo físico, seria inépcia e estultície afirmar alguém que ele pode constar de membros desunidos e separados: quem pois não estiver unido com ele, não é membro seu, nem está unido à cabeça, Cristo (Cfr. Ef. 5, 30; 1, 22). 



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São Raimundo de Penhaforte, padroeiro dos Canonistas

Grande canonista e moralista
  
Pregou a cruzada contra os mouros e compôs uma Suma de casos de consciência, que exerceu sobre o Direito Canónico e a moral influência durável através dos séculos.

Raimundo nasceu por volta de 1176 no castelo de Penhaforte, próximo de Villafranca del Panadés, na Catalunha, Espanha. O seus pais, ricos e nobres, descendiam dos antigos condes de Barcelona. Eram também aparentados com a casa real de Aragão.

Fez os seus estudos na escola da catedral de Barcelona e formou-se depois em letras, com tal êxito que o Bispo o convidou para nela lecionar retórica e lógica. Tinha então 20 anos. Desapegado de qualquer interesse humano, ensinava gratuitamente, dando a todos o exemplo com as suas virtudes.

Em 1210 foi estudar Direito civil e eclesiástico na famosa universidade de Bolonha, na Itália. Fez a viagem a pé, pedindo esmolas pelo caminho.

Ao passar por Briançon, em França, presenciou um estupendo milagre operado por Nossa Senhora de Delbeza. Um jovem fora assaltado por ladrões, que lhe furaram os olhos e cortaram as mãos. A Virgem restituiu-lhe mãos e olhos. O relato autêntico desse facto passou para a História narrado pelo próprio São Raimundo.

Doutor em Direito canónico e civil

Estudando com diligência, auxiliado por boa inteligência e feliz memória, doutorou-se com brilho em 1216. Foi então escolhido, por aclamação, para ensinar na própria universidade, onde os alunos eram sobretudo nobres e letrados. Ensinou com êxito durante dois anos, não exigindo nenhuma remuneração. Entretanto, o senado da cidade concedeu-lhe um soldo anual, que utilizava para auxiliar os párocos pobres e os necessitados em geral.

Um novo acontecimento veio mudar totalmente o rumo da sua vida. Em 1218 o Bispo de Barcelona, Berenguer de Palou, no desejo de obter para a sua diocese alguns frades da nova ordem dos dominicanos, foi à Itália para encontrar-se com São Domingos de Gusmão. Passando por Bolonha, ouviu os maiores elogios a Raimundo, e quis tê-lo como professor do seminário que ia fundar. Depois de muita insistência — alguns autores dizem mesmo que o Papa interveio no assunto — ele aceitou.

Em Barcelona recebeu um canonicato e foi elevado à dignidade de arcediago da catedral. Cheio de zelo pela casa de Deus, aproveitava todas as ocasiões para aumentar o decoro da Catedral e a majestade do culto divino. As novas e maiores rendas permitiram-lhe também socorrer com mais liberalidade os pobres, a quem chamava “meus credores”.

Muito devoto do mistério da Anunciação, obteve do Bispo e do capítulo da Catedral que passassem a festejar com maior solenidade essa festa. Deixou para isso parte deasua renda.

Desejoso de levar vida mais recolhida e penitente, pediu admissão nos dominicanos em 1222, apenas oito meses depois de São Domingos falecer. Ia completar 47 anos de idade, mas começou o noviciado com o fervor do mais jovem postulante.

Co-fundador da Ordem de Na. Sra. das Mercês

São Raimundo pediu ao seu superior que lhe impusesse severa penitência, a fim de expiar a vã complacência que supunha haver tido quando catedrático em Bolonha. Tendo em vista a grande capacidade e conhecimento que o noviço possuía do Direito e dos cânones, o superior mandou-o escrever uma Suma de casos de consciência para que, por ela, se orientassem os confessores da Ordem. O Papa Clemente VIII afirmou que esse trabalho de São Raimundo era “tão útil aos penitentes quanto necessário aos confessores”. Foi o primeiro escrito do gónero, tendo alcançado grande difusão.

Segundo a tradição, nessa época Nossa Senhora apareceu em sonhos, na mesma noite, a São Raimundo, ao seu dirigido São Pedro Nolasco, e ao Rei Jaime I, inspirando-lhes o desejo de fundar uma ordem religiosa e militar cujos membros se obrigassem, por voto, a redimir os cativos em poder dos mouros. Assim surgiu, no dia 10 de agosto de 1223, a Ordem de Nossa Senhora das Mercês para a Redenção dos Cativos. São Raimundo redigiu o corpo de prescrições e regras para a nova Ordem, inspiradas na regra dos dominicanos. Mais tarde, em fevereiro de 1235, foi ele também quem obteve do Papa Gregório IX a aprovação definitiva da Ordem.

Pregador de cruzada, confessor do Papa, inquisidor
 
Em 1229 o Cardeal João Helgrin d’Abbeville, legado da Santa Sé em Espanha, foi encarregado de uma tríplice missão: pregar a cruzada contra os mouros; declarar nulo o casamento de Jaime de Aragão com Eleonora de Castela; e fazer a visita canónica das igrejas, pondo em vigor, onde necessário, os decretos do Concílio de Latrão. O Cardeal associou a si São Raimundo de Penhaforte, que percorreu as cidades da região a fim de preparar o povo para receber o legado. Pregava a indulgência da cruzada, ouvia confissões e dispunha com prudência os corações, de maneira que, chegando o legado, encontrasse já os ânimos muito bem dispostos para as novas medidas.

Finda a missão, o Cardeal d’Abbeville, ao dar ao Papa conta de sua missão, ressaltou a preciosa ajuda de São Raimundo, a quem cobriu de elogios. Gregório IX encarregou então o santo de pregar nas províncias de Arles e Narbona em favor da expedição do rei Jaime de Aragão contra os mouros.

No ano seguinte o Papa chamou-o à corte pontifícia, escolhendo-o para seu confessor, capelão e penitenciário. Nessa qualidade o santo redigiu grande número de documentos para o Soberano Pontífice. Como confessor, impunha ao Papa, como penitência, despachar com misericórdia e brevidade as causas dos pobres que acudiam à corte pontifícia e não tinham protector.

Tomou ainda parte activa na introdução da Inquisição em Aragão e deu o seu parecer sobre o procedimento a seguir em relação aos hereges da província de Tarragona. Vagando a sé dessa cidade, Gregório IX nomeou-o seu Bispo. São Raimundo protestou tanto e chegou a adoecer tão gravemente, que o Papa revogou a nomeação, pelo temor de perdê-lo.

Ordena a coleção das Decretales

O trabalho intelectual mais importante que se deve a São Raimundo de Penhaforte na corte pontifícia foi o de ordenar e editar a nova coleção das Decretales (os vários decretos e decisões pontifícias regulando pontos da disciplina eclesiástica e civil), destinada a substituir as várias existentes, que estavam em profunda desordem e confusão. O santo trabalhou durante quatro anos nessa tarefa. Gregório IX, mediante bula de 5 de Setembro de 1234, enviou a nova coleção às universidades de Paris e Bolonha, em caráter oficial.

Em 1237, Gregório IX encarregou-o de absolver o rei Jaime de Aragão da excomunhão em que havia incorrido, devido ao atentado cometido, através dos seus agentes, contra o Bispo eleito de Saragoça. O santo exerceu as funções de penitenciário até 1237 ou começo de 1238. Tendo então adoecido gravemente, os médicos aconselharam-lhe os ares da pátria.  

No capítulo geral dos dominicanos realizado em Bolonha, apesar de ausente, foi eleito por unanimidade para substituir o geral Jordão de Saxe, falecido num naufrágio.

Tendo que aceitar o cargo por obediência, promoveu uma nova redação das constituições da Ordem, que foram aprovadas em 1239 no capítulo geral de Paris.

Em 1240 demitiu-se do generalato devido à idade e pouca saúde, e voltou para o seu convento de Barcelona. Mas lá não permaneceu inativo. Promoveu uma campanha de apostolado em relação aos judeus e mouros da Espanha e da África, e trabalhou com sucesso para a repressão da heresia na Espanha.

Foi também por iniciativa sua que se abriu em Múrcia uma escola de hebreu, para facilitar o ministério apostólico com os judeus.

A tradição conservou um milagre ocorrido com São Raimundo nessa época. O Rei Jaime I – que tinha o santo em grande consideração, e frequentemente recorria ao seu ministério e conselhos – levou-o consigo numa viagem à ilha de Mallorca. Levou também ocultamente uma mulher com quem mantinha relações ilícitas. Ao descobrir isso, pediu ao Rei que despedisse a mulher, caso contrário ele se retiraria. O soberano prometeu atendê-lo, mas não cumpriu a promessa. Para impedir o santo de deixar a ilha, ordenou a todos os portos que não o aceitassem a bordo. São Raimundo estendeu então o seu manto sobre as águas, e nesse barco improvisado atravessou o braço do Mediterrâneo até Barcelona.

São Raimundo de Penhaforte morreu no dia 6 de Janeiro de 1275, já nonagenário, sendo canonizado em 1601.

Plinio Maria Solimeo in catolicismo.com.br

Obras consultadas:

A. Teetaert, Raymond de Penyafort, in Dictionnaire de Théologie Catholique, Letouzey et Ané, Éditeurs, Paris, 1903, Tomo XIII, cols. 1806 e ss.

Les Petits Bollandistes, Saint Raymond de Pennafort, in Vies des Saints, Bloud et Barral, Libraires-Éditeurs, Paris, 1882, tomo I, pp. 576 e ss.

Edelvives, San Raimundo de Peñafort, in El Santo de Cada Dia, Editorial Luis Vives, S.A., Saragoça, 1946, tomo I, pp. 231 e ss.

Fr. Justo Perez de Urbel, O.S.B., San Pedro Nolasco y San Raimundo de Peñafort, in Año Cristiano, Ediciones Fax, Madri, 1945, tomo I, pp. 197 e ss.


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quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Cardeal Sarah: “O projecto de abolição da Missa Tradicional é diabólico”

A abolição do Rito Romano é “um insulto à História da Igreja”, afirmou o Cardeal Robert Sarah durante a apresentação do seu último livro: Dio Esiste? (Deus Existe?), organizado por LaNuovaBq.it em Milão, no passado dia 20 de Janeiro. Alguns excertos da apresentação:

- A tarefa mais urgente é recuperar o sentido da adoração e da prostração na fé e na reverência perante o mistério de Deus.

- A perda do valor religioso do ajoelhar-se é a fonte de todas as crises que abalam o mundo e a Igreja, da insatisfação que vemos na nossa sociedade.

- A Santa Missa não é uma reunião social para nos celebrarmos a nós próprios e aos nossos actos, não é uma manifestação cultural, mas a recordação da morte e da ressurreição do Senhor, que a Igreja sempre celebrou ao longo dos séculos.

- Somos incomensuravelmente mais abençoados do que o profeta Isaías: ele rezava para que Deus rasgasse os céus e descesse (cf. Is 63,19); nós contemplamo-Lo no meio de nós.

- A Igreja Católica é “o lugar onde todas as verdades se encontram”, escreveu o grande Chesterton há quase cem anos, descobrindo que a religião mais antiga acaba por ser a mais nova, mais nova até do que as chamadas novas religiões - como o protestantismo, o socialismo ou o espiritualismo. Porque, ao contrário destas, a tradição e a verdade católicas mantiveram a sua validade intacta durante dois mil anos.

- O abandono de Deus levou à convicção de que o liberalismo moral conduz ao progresso da civilização. Em vez disso, a observação da realidade mostra que este suposto progresso é, de facto, uma decadência moral e antropológica, uma nova forma de paganismo que dessacralizou o homem e as suas relações: pretende mesmo determinar quem tem o direito de viver, e os mais fracos pagam o preço.

- Nesta defesa do homem, da sacralidade da sua vida, não devemos permitir que os poderes deste mundo, expressos em governos nacionais ou supranacionais (pensemos na ONU e nas suas ramificações; pactos de defesa militar que depois se tornam ofensivos), ditem agendas utilitaristas e desumanas. Desconfiemos da nova ética globalista promovida pela ONU; desconfiemos da ideologia de género!

- Não nos devemos mutilar para nos realizarmos segundo os nossos sentimentos ou tendências, de uma forma diferente da que Deus nos fez.

- O projecto de abolir definitivamente a Missa Tridentina, Missa que remonta ao Papa Gregório Magno (590-604) e até ao Papa Dâmaso (366-384), a ser verdade, parece-me um insulto à História da Igreja e à Sagrada Tradição. É um projeto diabólico que pretende romper com a Igreja de Cristo, dos Apóstolos e dos Santos.

- Bento XVI recorda-nos que “a autoridade do Papa não é ilimitada; está ao serviço da Sagrada Tradição”.

in gloria.tv


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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Deus protege e liberta o humilde

Não te preocupes muito se alguém é por ti ou contra ti, mas procede e ocupa-te de modo a que Deus esteja contigo em tudo quanto faças. Consegue uma consciência pura, que Deus te defenderá bem.

Se souberes calar-te e sofrer, verás sem dúvida o auxílio do Senhor. Ele conhece o tempo e o modo de te libertar, e por isso a Ele te deves submeter. É próprio de Deus ajudar e libertar de toda a confusão.

Muitas vezes, é mais útil para a conservação da nossa humildade que os outros conheçam os nossos defeitos e os censurem. Quando um homem se humilha por causa dos seus defeitos, acalma os outros facilmente e satisfaz sem custo os que com ele se iravam.

Deus protege e liberta o humilde, ama-o e consola-o. Inclina-Se para ele e dá-lhe grande graça; e, depois do seu abatimento, eleva-o à glória. Revela os Seus segredos ao humilde, arrasta-o e convida-o docemente para Si. E ele, mesmo na confusão, vive em paz, porque se firma em Deus e não no mundo. Não julgues ter adiantado em qualquer coisa se não te sentires inferior a todos.

Thomas de Kempis in Imitação de Cristo (Livro II, Cap. II)


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Dia de Santa Inês, virgem e mártir

A perseguição aos cristãos em Roma deu origem a uma quantidade enorme de mártires - gente que se negou a negar Nosso Senhor Jesus Cristo - com cujo sangue a Igreja saiu triunfante do jugo de um Império pagão e despótico.

Santa Inês é relevante nos nossos dias: primeiro porque é a santa da pureza; querendo entregar a sua vida a Deus foi resiliente (uma maneira de ser teimosa) até à última perante os avanços de quem era bem mais poderoso do que ela.

Segundo, porque, mesmo sendo uma rapariga tão nova, enfrentou um regime injusto e não hesitou em dar a vida para defender a Verdade. Isto é mais necessário do que nunca.


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sábado, 18 de janeiro de 2025

A Cátedra de São Pedro

Há duas festas da Cátedra de São Pedro, sendo a de hoje, dia 18 de Janeiro, dedicada à Cátedra em Roma e a de dia 22 de Fevereiro dedicada à Cátedra em Antioquia (onde São Pedro começou por ser Bispo).

Aqui está a estátua de S. Pedro, na Basílica Vaticana, devidamente preparada - com pluvial (a capa), tiara papal e o anel de pescador - neste dia da Cátedra de S. Pedro. Esta festa começou a ser celebrada no séc. III e tem como propósito relembrar o local de onde S. Pedro ensinava os cristãos de Roma e o que isso implicava. 

A cátedra (cadeira, em latim) simboliza a autoridade de um Bispo para ensinar onde tem jurisdição, ou seja onde é ele a mandar. No caso de um Bispo diocesano é a sua diocese. O Papa tem jurisdição universal, por isso quando fala a partir da cátedra não se dirige apenas à diocese de Roma mas ao mundo inteiro. 

Segundo o dogma da Infalibilidade Papal, quando o Papa ensina "ex cathedra" (a partir da cadeira) uma verdade de Fé ou de moral não pode errar, pela especial assistência que lhe é dada nesse momento pelo Espírito Santo. Infelizmente este dogma tem sido muito mal compreendido e as pessoas acham que tudo o que o Papa diz é infalível. Isso não é verdade, um Papa pode errar nas coisas que diz e faz no dia-a-dia. Aconteceu com todos os Papas, ao longo da História, basta olhar para S. Pedro, que traiu Jesus. 

"E o Senhor disse: «Simão, Simão, olha que Satanás pediu para vos joeirar como trigo. Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desapareça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos.» Ele respondeu-lhe: «Senhor, estou pronto a ir contigo até para a prisão e para a morte.» Jesus disse-lhe: «Eu te digo, Pedro: o galo não cantará hoje sem que, por três vezes, tenhas negado conhecer-me»." Lc 22, 31-33


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quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Dá-lhe, Senhor, o eterno repouso


Pedem-se orações pela alma do diácono Charles Outtier, que pertencia ao Instituto de Cristo Rei e Sumo Sacerdote. Este jovem de 25 anos morreu hoje na sequência de um acidente com um tractor, durante os trabalhos na propriedade do seminário.

O diácono Outtier preparava-se para ser ordenado sacerdote nos próximos meses.
Que a sua alma descanse em paz.




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Os mártires de Marrocos, enviados por São Francisco para converterem os muçulmanos

Em 1219, São Francisco de Assis enviou em missão para Marrocos seis dos seus mais destemidos frades menores, apaixonados do Evangelho, precursores de todos os missionários portugueses, lançados ao mar tenebroso e à conquista dos povos para Cristo obedecendo ao mandato do Infante de Assis em serviço do Rei dos reis, Jesus Cristo:

"Meus Filhos, o Senhor disse-me que vos mande aos sarracenos a lhes pregar a fé e a combater a lei de mafoma. Eu vou também a outras terras trabalhar na salvação dos infiéis. Sede prestos a cumprir a vontade do Senhor. Entre vós conservai a paz, a concórdia e a caridade. Sede humildes na tribulação e imitai a Jesus Cristo na pobreza na castidade de na obediência. Ponde as vossas esperanças em Deus, ele vos sustentará e vos guiará. Aquele que vos envia, Ele mesmo velará por vós vos inspirará o que houverdes de dizer." Ajoelharam e S. Francisco concluiu: “Desça sobre vós a benção de Deus Pai, como desceu sobre os Apóstolos Ele vos acompanhe e fortifique nas tribulações. Não temais nada porque Deus está convosco. Ide em Nome do Senhor."

E lá foram os obedientes frades de origem italiana: Vital, Berardo, Otão (sacerdotes), Pedro (Diácono), Acúrsio e Adjuto (Leigos). 

Foram recebidos em Coimbra pela rainha D. Urraca, mulher de Afonso II que então reinava em Portugal. Continuaram para Alenquer onde se apresentaram à infanta D. Sancha, filha de D. Sancho primeiro e irmã do rei D. Afonso II, fundadora do primeiro convento franciscano em Portugal. Seguiram viagem e depois de passarem em Lisboa, chegaram a Sevilha. Aí ficaram uma semana, finda a qual foram à mesquita, precisamente no dia em que os mouros festejavam Maomé e começaram a pregar a doutrina de Jesus e denunciando que o profeta Maomé não passava de uma idolatria. Corridos à pancada para fora da mesquita, passaram a Marrocos, onde começam a percorrer as ruas pregando o nome de Jesus e, quando vêem aproximar-se o Miramolim Aboidil, com mais ânimo continuaram a proclamar a mensagem cristã. 

O Miramolim mandou-os prender e ficaram numas masmorras vinte dias sem comer nem beber. Uma vez libertos, apressaram-se em retomar a sua missão. Decretada mais uma vez a sua morte, o Sultão encarrega o seu filho Abosaide de os prender e decapitar. É chegado então, e definitivamente o momento tão desejado por estes frades, finalmente o martírio pelo nome de Jesus iria por fim acontecer. Foi realmente uma morte violenta a destes cinco frades. 

São açoitados e, atados de mãos e pés, arrastam-nos de um lado para o outro com cavalos e em seguida, sobre seus corpos descarnados deixam cair azeite a ferver, continuando depois a arrastá-los pelo chão mas desta vez sobre vidros e cacos espalhados pelo chão. O Miramolim ainda os tentou com dinheiro e mulheres. Mas não havia nada a fazer e o Miramolim dizia então que só a espada poderia calar aqueles homens decididos e firmes no que diziam. “O nossos corpos miseráveis estão nas tuas mãos sob a tua autoridade, mas as nossas almas estão nas mãos de Deus. 

Com a sua ira no limite, o Miramolim pegou na sua cimitarra a acabou com a vida daqueles cinco frades, rachando-lhes o crânio ao meio e depois decepando-lhes as cabeças. Era o ano de 1220. Dia 16 de Janeiro. Cedo acabou a tarefa missionária daqueles cinco frades, mas a sua voz continua a ecoar por toda a terra e a sua mensagem até aos confins do mundo. Os Mártires de Marrocos foram canonizados pelo Papa Sisto IV em 1481.


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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

O Rito Romano Tradicional enche mais uma igreja

Um número crescente de fiéis está a trazer o Rito Romano de volta à igreja de Saint Mary em Jackson, Diocese de Lansing, Michigan (Estados Unidos).

Jason Monarch, um paroquiano, disse à Fox47news.com que “adora a beleza e a majestade do que é apresentado na Missa em latim”.

“Um amigo meu e a sua mulher convidaram-me para ir à Missa em latim, eu fui e fiquei maravilhado”, disse Monarch: “Apaixonei-me de novo pela Igreja Católica. E, desde então, nunca mais faltei a uma Missa”. De acordo com Monarch, a o número de fiéis está a crescer e a igreja está sempre cheia.

O Reverendo Timothy Nelson explica que, durante a Missa, o padre está maioritariamente virado para Nosso Senhor Senhor: “Não é uma oração para as pessoas. É uma oração a Deus”.

Acrescentou que o interesse está a crescer “entre os jovens”.

in gloria.tv


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terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Oração para pedir o bom humor

Concede-me, Senhor, uma boa digestão, mas também algo para digerir.
Concede-me um corpo saudável, e o bom humor necessário para o manter.
Concede-me uma alma simples que saiba valorizar o que é bom,
que não se amedronte diante do mal,
e que encontre os meios para voltar a colocar as coisas no seu lugar.

Dá-me uma alma que não conheça o aborrecimento, 
nem as murmurações, 
nem os suspiros, 
nem os lamentos, 
nem preocupações excessivas com esse obstáculo chamado "eu".

Concede-me, Senhor, o dom do sentido de humor. 
Permite-me a graça de aproveitar o riso 
para que saboreie nesta vida um pouco de alegria, 
e possa partilhá-la com os outros. 
Ámen.

S. Tomás Moro 


Original em inglês:

Grant me, O Lord, good digestion, and also something to digest. 
Grant me a healthy body, and the necessary good humor to maintain it. 
Grant me a simple soul that knows to treasure all that is good 
and that doesn’t frighten easily at the sight of evil, 
but rather finds the means to put things back in their place.
  
Give me a soul that knows not boredom, 
grumblings, 
sighs, 
and laments, 
nor excess of stress because of that obstructing thing called “I.” 

Grant me, O Lord, a sense of good humor. 
Allow me the grace to be able to take a joke to discover in life a bit of joy, 
and to be able to share it with others.
Amen.

São Tomás Moro


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Missa Prelatícia celebrada por D. Athanasius Schneider na Basílica de S. Pedro

Altar de S. Pio X




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segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Os 58 dias em que foram assassinados 108 sacerdotes em Toledo

Entre Julho e Setembro de 1936 a cidade de Toledo (Espanha) tornou-se uma cidade de martírio, com o sangue dos católicos literalmente a escorrer pelas ruas.

Milícias republicanas/comunistas assassinas assolaram a cidade nos primeiros meses da Guerra Civil Espanhola. Cometeram crimes terríveis. Em apenas 58 dias, perseguiram padres e religiosos.

Entre 22 de Julho e 18 de Setembro de 1936, os criminosos comunistas perseguiram 108 padres (11 maristas, 1 franciscano, 14 carmelitas descalços, 3 jesuítas e 79 padres diocesanos). Foram presos e mortos.

Sem uma palavra. Sem um julgamento sequer. Nem sequer uma pantomima para o simular. Eram padres, e isso bastou para os condenar à morte. Terroristas republicanos posaram para uma fotografia com o corpo mumificado de uma freira, depois de terem atacado o convento das Concepcionistas em Toledo.

O padre Jorge López Teulón descreve este facto no seu último livro, Mártires a la sombra del alcázar de Toledo (Mártires à sombra do Alcázar de Toledo, editado pela San Román).

Entre os casos descritos no livro encontra-se o de Don Ricardo Pla Espí, capelão moçárabe da Catedral Primaz, professor de seminário e conselheiro da Associação Católica de Propagandistas. Foi detido em casa dos seus pais. A mãe, que estava doente na cama, disse ao filho: “E tu, estás pronto para morrer?” O filho respondeu-lhe: “Sim, mãe, estou pronto agora”.

Quando os criminosos de guerra entraram, não permitiram que o padre se despedisse dos seus pais. Cinco minutos depois, no Paseo del Tránsito, numa grande escadaria, foi atingido por dois tiros, um na testa e outro no lado. Quando viu que estavam a apontar para ele, gritou: “Viva o Cristo Rei!

Tudo isto aconteceu enquanto várias centenas de pessoas, na sua maioria católicos, estavam barricadas no Alcázar de Toledo durante 70 dias. O cerco durou até 27 de Setembro de 1936, quando as tropas do general Francisco Franco libertaram os defensores do Alcázar.

Em quatro anos, 4000 mártires foram assassinados pelos comunistas em Espanha.

in gloria.tv


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