João era o discípulo preferido de Nosso Senhor (no grupo dos apóstolos havia hierarquias, não era tudo igual). A preferência talvez recaísse sobre ele por ser o apóstolo virgem, menos "vivido" e mais puro do que os outros. Também por isso foi o único que ficou aos pés da Cruz.
Talvez também por isso, São João é o evangelista que escreve a teologia mais elevada (o seu símbolo é a águia). E é o que consegue adentrar mais profundamente no Sagrado Coração de Jesus, explicando realidades que os outros não conseguiam exprimir com clareza.
O início do seu evangelho, também chamado prólogo, é dos textos mais bonitos e profundos da História da Humanidade. Sendo uma catequese inequívoca sobre a divindade de Jesus Cristo, foi adicionado ao Rito Tradicional. É lido no final de todas as Missas:
«No princípio existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Este estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram por Ele criadas, e nada daquilo que foi criado teria sido criado sem Ele. N’Ele havia vida, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandeceu nas trevas, mas as trevas a não receberam.
Apareceu um homem, mandado por Deus, e o seu nome era João, o qual veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que por ele todos acreditassem. Ele não era a luz, mas aquele que havia de dar testemunho da luz. Existia a luz verdadeira, a luz que ilumina todo o homem que vem a este mundo. Ele estava no mundo, e o mundo, embora houvesse sido criado por Ele, O não conheceu.
Veio ao que era seu, e os seus O não receberam. Porém, Ele a todos quantos O receberam e aos que acreditaram no seu nome deu o poder de serem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem do desejo da carne, mas somente da vontade de Deus. E o Verbo fez-se carne (genuflecte-se) e habitou entre nós; e contemplamos a sua glória, como era própria do Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.»
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