segunda-feira, 9 de abril de 2012

A verdade morreu e ressuscitou - José Luís Nunes Martins

Um pai que sofre a morte do seu filho. Um homem que amou até ao fim. A páscoa é o tempo das promessas se cumprirem, o tempo da verdade se sobrepor aos fingimentos.

A missão de cada um de nós é ser feliz escolhendo o bem, lidar com as dúvidas e os absurdos que nos tentam, sofrer as agruras deste percurso sem ceder nunca de forma definitiva, e, mesmo com tropeços e paragens, ir andando.

Pelo caminho, servir os nossos iguais menos fortes, aqueles que a sociedade despreza, aqueles a quem faltam todos os tipos de abrigo nas nossas cidades cheias de gente sozinha, os que morrem de fome e de doenças simples em todo o mundo, e outros, tantos outros... é nesses que Deus disse que ia estar. Num sinal que nos devia fazer entender por onde é o caminho, por onde anda a verdade e o que é, afinal, a vida.

Talvez, hoje mesmo, muitos dos que vivem e morrem sós e abandonados peçam também perdão por aqueles que não sabem o que lhes estão a fazer, ignorando-os.

A morte não é o importante, é a honestidade na missão que define o valor de cada homem.

A ressurreição não é uma resposta à morte, mas à fidelidade. Não há mais vida para quem não tiver sido, de alguma forma, fiel nas suas escolhas e nas suas acções.

Por todos os erros, por todas as escolhas deliberadamente erradas, por todo o desamor de que fui capaz... a ti estendo a minha mão: Jesus, lembra-te de mim quando vieres com o teu Reino.


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3 comentários:

Maria de Fátima disse...

Gostei!
Quem é este senhor ?

jlnm disse...

Olá.
tenho 41 anos, estudei filosofia (e ainda não acabei...)
entre outras coisas, escrevo umas crónicas para o jornal i ao sábado, sendo que nem sempre saem bem...
tento ser melhor do que sou e algumas vezes consigo.
com a potencial exposição desta resposta... creio que o que escrevi já ajudará, sem me ter comprometido... muito!
pese embora me pareça que é relativamente fácil distinguir a pessoa das coisas que escreve... a menos que... se considere que toda a escrita é, inevitavelmente, autobiográfica... mas aí, é só ler!
Obrigado.

João Silveira disse...

Grande descrição! :)

Obrigado e um abraço