domingo, 24 de julho de 2022

Os instrumentos das boas obras de acordo com a Regra de São Bento

[1] Primeiramente, amar ao Senhor Deus de todo o coração, com toda a alma, com todas as forças. 
[2] Depois, amar ao próximo como a si mesmo. 
[3] Em seguida, não matar. 
[4] Não cometer adultério. 
[5] Não furtar. 
[6] Não cobiçar. 
[7] Não levantar falso testemunho. 
[8] Honrar todos os homens. 
[9] E não fazer a outrem o que não quer que lhe seja feito. 
[10] Abnegar-se a si mesmo para seguir o Cristo. 
[11] Castigar o corpo. 
[12] Não abraçar as delícias. 
[13] Amar o jejum. 
[14] Reconfortar os pobres. 
[15] Vestir os nus. 
[16] Visitar os enfermos. 
[17] Sepultar os mortos. 
[18] Socorrer na tribulação. 
[19] Consolar o que sofre. 
[20] Fazer-se alheio às coisas do mundo. 
[21] Nada antepor ao amor de Cristo. 
[22] Não satisfazer a ira. 
[23] Não reservar tempo para a cólera. 
[24] Não conservar a falsidade no coração. 
[25] Não conceder paz simulada. 
[26] Não se afastar da caridade. 
[27] Não jurar para não vir a perjurar. 
[28] Proferir a verdade de coração e de boca. 
[29] Não retribuir o mal com o mal. 
[30] Não fazer injustiça, mas suportar pacientemente as que lhe são feitas. 
[31] Amar os inimigos. 
[32] Não retribuir com maldição aos que o amaldiçoam, mas antes abençoá-los. 
[33] Suportar perseguição pela justiça. 
[34] Não ser soberbo. 
[35] Não ser dado ao vinho. 
[36] Não ser guloso. 
[37] Não ser apegado ao sono. 
[38] Não ser preguiçoso. 
[39] Não ser murmurador. 
[40] Não ser detrator. 
[41] Colocar toda a esperança em Deus. 
[42] O que achar de bem em si, atribuí-lo a Deus e não a si mesmo. 
[43] Mas, quanto ao mal, saber que é sempre obra sua e a si mesmo atribuí-lo. 
[44] Temer o dia do juízo. 
[45] Ter pavor do inferno. 
[46] Desejar a vida eterna com toda a cobiça espiritual. 
[47] Ter diariamente diante dos olhos a morte a surpreendê-lo. 
[48] Vigiar a toda hora os actos de sua vida. 
[49] Saber como certo que Deus o vê em todo lugar. 
[50] Quebrar imediatamente de encontro ao Cristo os maus pensamentos que lhe advêm ao coração e revelá-los a um conselheiro espiritual. 
[51] Guardar a sua boca da palavra má ou perversa. 
[52] Não gostar de falar muito. 
[53] Não falar palavras vãs ou que só sirvam para provocar riso. 
[54] Não gostar do riso excessivo ou ruidoso. 
[55] Ouvir de boa vontade as santas leituras. 
[56] Dar-se frequentemente à oração. 
[57] Confessar todos os dias a Deus na oração, com lágrimas e gemidos, as faltas passadas e 
[58] daí por diante emendar-se delas. 
[59] Não satisfazer os desejos da carne. 
[60] Odiar a própria vontade. 
[61] Obedecer em tudo às ordens do Abade, mesmo que este, o que não aconteça, proceda de outra forma, lembrando-se do preceito do Senhor: "Fazei o que dizem, mas não o que fazem". 
[62] Não querer ser tido como santo antes que o seja, mas primeiramente sê-lo para que como tal o tenham com mais fundamento. 
[63] Pôr em prática diariamente os preceitos de Deus. 
[64] Amar a castidade. 
[65] Não odiar a ninguém. 
[66] Não ter ciúmes. 
[67] Não exercer a inveja. 
[68] Não amar a rixa. 
[69] Fugir da vanglória. 
[70] Venerar os mais velhos. 
[71] Amar os mais moços. 
[72] Orar, no amor de Cristo, pelos inimigos. 
[73] Voltar à paz, antes do pôr-do-sol, com aqueles com quem teve desavença. 
[74] E nunca desesperar da misericórdia de Deus. 
[75] Eis aí os instrumentos da arte espiritual: 
[76] se forem postos em ação por nós, dia e noite, sem cessar, e devolvidos no dia do juízo, seremos recompensados pelo Senhor com aquele prêmio que Ele mesmo prometeu: 
[77] "O que olhos não viram nem ouvidos ouviram preparou Deus para aqueles que o amam". 
[78] São, porém, os claustros do mosteiro e a estabilidade na comunidade a oficina onde executaremos diligentemente tudo isso.


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