quinta-feira, 1 de maio de 2014

A santidade do Papa João Paulo II descrita por quem viveu com ele durante 20 anos

Ontem estive numa conferência com um grande senhor chamado Joaquín Navarro-Valls, que acompanhou o Papa João Paulo II durante 20 anos, como Director da Sala de Imprensa da Santa Sé.


Contou-nos os 3 segredos da Santidade do Papa:

- Oração profunda e grande presença de Deus

O Papa levava os seus convidados a passar 2 minutos antes e depois do jantar à sua capela para rezar. Um dia, estava apenas com Navarro-Valls a conversar, passaram pela capela e o Papa ajoelhou-se para rezar. Passaram 2 minutos, 5, 10, 15 e passado um bocado o Papa virou-se para trás e disse-lhe: Peço imensa desculpa, esqueci-me que estava aí. 

O Papa também lhe disse que o melhor momento do seu dia era quando celebrava a Santa Missa.

- Trabalho

João Paulo II tinha muito trabalho e muitas coisas para resolver, tudo vai parar à secretaria do Papa. No entanto nunca ninguém o viu com pressa, trabalhava muito mas sem stress, e tratava uma coisa de cada vez, com concentração total no que estava a fazer. Navarro-Valls disse que mesmo quando estavam fora do Vaticano o Papa levava duas malas de viagem cheias de coisas para resolver, e só se deitava quando acabava o que tinha para fazer.

- Bom-humor

Quando o Papa já estava velhinho e doente, enquanto andava muito curvado, um bispo disse-lhe: Santidade, vejo que está em óptima forma. O Papa respondeu: Excelência, acha que não vejo na televisão como estou arruinado?

O Papa tirava sempre menos de duas semanas de férias por ano porque não queria faltar a duas Audiências das Quartas-Feiras. Uma vez, nesses dias passados na montanha a passear em ambiente descontraído, Navarro-Valls pergunta ao Papa: Santo Padre, sabe o que é o estatuto do trabalhador? O Papa responde: Não sei, diga-me lá. Explicou Navarro-Valls: Bem, aqui em Itália, todos os trabalhadores têm direito a um mês de férias por ano com salário, o Santo Padre também deveria estar incluído. O Papa João Paulo II faz um ar pensativo e diz: Que pena! Que pena, é que, sabe, eu vivo no Vaticano e não em Itália.

João Silveira


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