sábado, 30 de novembro de 2019

A necessidade do exame de consciência diário

Nunca te deites sem antes examinares a tua consciência sobre o dia que passou. Dirige todos os teus pensamentos a Deus, consagra-Lhe todo o teu ser e também todos os teus irmãos. 

Oferece à glória de Deus o repouso que vai iniciar e não te esqueças do teu Anjo da Guarda que está sempre contigo.

Padre Pio de Pietrelcina


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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Mais um Católico que descobriu o Tesouro escondido

Este é o testemunho de um leitor do nosso blog que conta como descobriu numa cave, na longínqua Rússia, o que lhe tinha sido escondido no seu País:

Sigo o blog há algum tempo com bastante interesse, como tal em primeiro lugar gostava de agradecer pelo mesmo.

Acabei de ver o vídeo da sua apresentação na Catholic Identity Conference e achei-a muito interessante.

Chamou-me particularmente à atenção a pequena nota que deixou sobre o trabalho da Paix Liturgique na Rússia, pois foi em Moscovo, durante uma estadia em trabalho, na Catedral da Imaculada Conceição da Virgem Maria, que, ao procurar uma Missa Dominical, soube da existência na cave da catedral de uma missa em latim. Como as minhas hipóteses de entender latim me pareciam superiores às de entender russo decidi experimentar.

O que lá descobri mudou a forma como vivo e vejo a fé para sempre.

Tendo sido baptizado em criança e feito a primeira comunhão, a realidade é que a minha formação e catequese foi muito deficiente e limitou-se aos mínimos que o catolicismo “cultural” da minha família exigia. Afastei-me muito rápido e cedo da igreja e não tive qualquer interesse em Deus e na igreja até aos meus 30 anos, quando passei por uma conversão tardia, que se fez por meio de algumas igrejas evangélicas mas que me trouxe eventualmente de volta ao catolicismo. 

Mas no clima de hoje infelizmente há pouco interesse na tradição, e o que encontrei foi uma igreja demasiado antropocêntrica, politicamente correcta, que despreza as suas próprias tradições, com abusos litúrgicos demasiado frequentes (como um Padre que vinha uma vez por semana à minha paróquia local e insistia em se referir durante toda a Missa a Deus não como Deus Pai, mas como Deus que é Pai e Mãe).

A sensação que tive nessa manhã de Domingo em Moscovo, numa capela minúscula na cave de uma catedral foi literalmente de ter descoberto um tesouro enorme, que me tinha sido escondido. É difícil descobri-lo e voltar atrás. Tenho desde então frequentado sempre que possível a Missa Tradicional, aos Domingos, na paróquia de São Nicolau.


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terça-feira, 26 de novembro de 2019

Os efeitos colaterais da Pornografia



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Instituto de Cristo Rei compra igreja vendida pelos protestantes

O Instituto de Cristo Rei e Sumo Sacerdote - uma sociedade de vida apostólica que celebra o Rito Romano Tradicional - comprou uma igreja que pertencia aos presbiterianos. Trata-se da igreja de Fortwilliam et Macrory, em Belfast, capital da Irlanda do Norte. 

O Instituto assegurava já naquela cidade uma Missa dominical, na igreja de Santa Teresinha do Menino Jesus. 

Além de Belfast, o Instituto está presente em mais 3 cidades irlandesas: Limerick, Galway e Ennis (diocese de Killalœ). 

Que mais igrejas protestantes fechem e mais igrejas católicas abram!


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sábado, 23 de novembro de 2019

Arcebispo de São Francisco chora depois de celebrar Missa em Rito Antigo

O Arcebispo de São Francisco, Mons. Salvatore Cordileone, celebrou uma Missa Pontifical, em Rito Antigo, na Basílica da Imaculada Conceição em Washington DC. Estiveram presentes mais de 10 mil fiéis. No final da Missa, o Arcebispo comoveu-se e começou a chorar.


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13 definições Pontifícias desde a fundação da Igreja até hoje

1) Ano: 449. O Papa São Leão Magno expõe a doutrina do mistério da encarnação. Em Cristo há uma só pessoa (divina) e duas naturezas (divina e humana). Debela-se, assim, a heresia de Nestório.
2) Ano: 680. O Papa Santo Agatão ensina haver em Cristo duas vontades distintas, a divina e a humana, ficando a vontade humana moralmente submissa à divina. O objectivo da definição era reprimir uma nova modalidade de monotelitismo, que dizia haver em Cristo unicamente a vontade divina.
3) Ano: 1302. O Papa Bonifácio VIII declara que toda criatura humana está sujeita ao pontífice romano. 
4) Ano: 1336. O Papa Bento XII definia que, logo após a morte, as almas sem nenhum pecado, nem venial, são admitidas à visão beatífica ou contemplação de Deus. 

5) Ano: 1520. O Papa Leão X condenou 41 proposições de Martinho Lutero. Sabe-se que o aludido frade agostiniano fixara 95 teses na porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha. Cuida-se das famigeradas heresias protestantes, como, por exemplo, a justificação só pela fé, o esquecimento da tradição e a sobrevalorização da Bíblia, a negação do papel de Maria Santíssima na economia da salvação, entre tantos postulados do século XVI.
6) Ano: 1653. O Papa Inocêncio X reprova o jansenismo, que nutria um conceito pessimista da natureza humana. 
7) Ano: 1687. O Papa Inocêncio XI denunciou a heresia das proposições de Miguel de Molinos, as quais queriam identificar a perfeição espiritual com tranquilidade e passividade da alma (quietismo).
8) Ano: 1699. O Papa Inocêncio XII condenou as assertivas de François de Fénelon, que queriam renovar o quietismo, anteriormente exprobrado por Inocêncio XI.

9) Ano: 1713. O Papa Clemente XI novamente o jansenismo expresso na obra de Pascásio Quesnel.
10) Ano: 1794. O Papa Pio VI denunciou 85 teses heréticas promulgadas em Toscana, no Sínodo de Pistoia, que retratavam o nacionalismo e depotismo do Estado. Uma dessas teses defendia que a Missa deveria ser dita em vernáculo.
11) Ano: 1854. O Papa Pio IX define o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Numa prerrogativa especial, Nossa Senhora foi concebida sem a mancha do pecado original.
12) Ano: 1950. O Papa Pio XII define o dogma da Assunção de Maria ao Céu, em corpo e alma. Este dogma é corolário da Imaculada Conceição. 
13) Ano: 1994. O Papa João Paulo II, na carta apostólica “Ordinatio Sacerdotalis”, define o non possumus (impossibilidade) da Igreja no que concerne à ordenação de mulheres. O argumento básico é que Jesus, o divino fundador da Igreja católica, não escolheu mulheres para o grupo dos apóstolos, embora pudesse fazê-lo. 

adaptado de Zenit


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sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Oração do Cardeal Newman pelas almas do purgatório

O Cardeal John Henry Newman, que foi canonizado há umas semanas, compôs uma bela oração pelas almas do purgatório que seria bom que rezássemos muitas vezes, pelo descanso eterno dos nossos mortos:

Ó Deus dos espíritos de toda a carne, ó Jesus, amante das almas, recomendamos a vós as almas de todos os vossos servos, que partiram com o sinal da fé e dormem o sono da paz. Nós vos suplicamos, ó Senhor e Salvador, que, assim como em Vossa misericórdia para com eles vos tornastes homem, assim também apresseis o tempo e os admitais em vossa presença.

Lembrai-vos, Senhor, de que eles são criaturas vossas, feitas não por deuses estranhos, mas por Vós, o único Deus vivo e verdadeiro; pois não há outro Deus senão Vós e não há ninguém que possa igualar as vossas obras. Deixai que as suas almas se regozijem na vossa luz e não imputeis a elas as suas antigas iniquidades, que cometeram por causa da violência da paixão ou dos hábitos corruptos da sua natureza caída. Apesar de terem pecado, eles sempre acreditaram firmemente no Pai, Filho e Espírito Santo; e, antes de morrerem, reconciliaram-se convosco pela verdadeira contrição e pelos sacramentos da vossa Igreja.

Ó Senhor da graça, nós vos suplicamos: não vos lembreis, contra eles, dos pecados da sua juventude e das suas ignorâncias, mas, conforme a vossa grande misericórdia, estai-lhes atento em vossa glória celestial.

Que os Céus se lhes abram e os anjos com eles se alegrem. Que possa o arcanjo São Miguel conduzi-los a Vós. Que possam os vossos santos anjos ir ao seu encontro e levá-los à cidade da Jerusalém celeste. Que possa São Pedro, a quem destes as chaves do reino dos Céus, recebê-los. Que possa São Paulo, o vaso de eleição, lhes dar apoio. Que possa São João, o discípulo amado a quem foi dada a revelação dos segredos do Céu, interceder por eles. Que todos os Santos Apóstolos, que receberam de Vós o poder de ligar e desligar, rezem por eles. 

Que todos os santos e eleitos de Deus, que neste mundo sofreram tormentos por vosso nome, lhes sejam amigos. Que, libertos da prisão inferior, sejam eles admitidos na glória do reino em que, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais como único Deus pelos séculos dos séculos.

Vinde em seu auxílio, vós todos, ó santos de Deus; ganhai-lhes a libertação do seu lugar de punição; ide ao seu encontro, todos vós, ó anjos; recebei essas almas santas e apresentai-as perante o Senhor.

Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno e a luz perpétua brilhe sobre eles. Que descansem em paz. Ámen


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Dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos


Hoje é dia Santa Cecília, padroeira dos músicos. Foi martirizada em Roma, por volta do ano 180, e o seu corpo foi encontrado no ano 1599, ainda incorrupto. O corpo, juntamente com esta escultura de Stefano Maderno, encontram-se na Basílica de Santa Cecília, em Roma.


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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Resumo da Catholic Identity Conference 2019

A Catholic Identity Conference juntou Bispos, Sacerdotes, Religiosos e Leigos em Pittsburgh (Estados Unidos) para falar sobre o que significa ser católico e sobre os desafios que a Igreja que a Igreja enfrenta hoje em dia. 


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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Liturgia Tradicional: Norma de Beleza, Oração e Reverência


Peter Kwasniewski, nascido em 1971 no Illinois, é uma das figuras mais marcantes do catolicismo tradicional americano, que, como bem sabemos hoje, é a linha da frente do renascimento católico, mostrando-se extremamente vigoroso e rico em vocações. Músico por vocação, Peter Kwasniewski recebeu também uma excelente formação filosófica (a sua tese de doutoramento versou sobre “L’extase d’amour chez Thomas d’Aquin”).

Publicou também numerosos artigos sobre filosofia, liturgia, música, em particular no que toca ao restabelecimento e à renovação da música sacra no seio da Igreja contemporânea, e ainda uma série de livros muito marcantes, tais como: Tradition and Sanity. Conversations and Dialogues of a Postconciliar Exile("Tradição e Sanidade. Conversas e diálogos de um exílio pós-conciliar"; Angelico Press, 2018) ; Noble Beauty, Transcendent Holiness: Why the Modern Age Needs the Mass of Ages ("Nobre beleza, santidade transcendente: Porque é que a Era Moderna precisa da Missa de todas as eras"; Angelico Press, 2017) ; Resurgent in the Midst of Crisis: Sacred Liturgy, the Traditional Latin Mass, and Renewal in the Church ("Ressurgimento no meio da crise: a sagrada liturgia, a Missa latina tradicional e a renovação na Igreja"; Angelico Press, 2015). Agradecemos-lhe muito vivamente que se tenha disposto a conversar conosco.

Paix liturgique – Muitos católicos não querem sequer conhecer a liturgia tradicional porque a consideram uma coisa do passado. Crê tratar-se de uma coisa do passado ou antes do presente, ou até mesmo talvez do futuro?

Peter Kwasniewski – Parece-me haver um problema fundamental quando se pensa na liturgia em termos de ser algo exclusivamente do passado ou do presente, ou aliás do futuro, porque os católicos sempre pensaram na liturgia como participando do agora eterno de Deus. Isto é, na liturgia encontramo-nos face a face diante dos mistérios de Jesus Cristo, que é o eterno Sumo Sacerdote, que vive e age no seio da Igreja neste preciso momento, pelo que a liturgia está sempre no momento presente. Todavia, como é óbvio, ela foi-nos dada por Nosso Senhor na Última Ceia, sendo assim a ratificação da Nova Aliança, o Seu Sangue sobre a Cruz. 

Por conseguinte, a liturgia está constantemente a olhar para trás, para o passado, e também para o futuro: está a olhar para a segunda vinda de Cristo, o escathon, a Jerusalém celeste. Assim, a liturgia é intemporal e está também ligada a cada momento do tempo. Uma parte do problema das revisões litúrgicas pós-conciliares está em terem tentado ligar a liturgia a um tempo particular, designadamente o tempo do homem moderno e a modernidade – seja lá o que for que modernidade quer dizer. De repente, viu-se aparecer um antagonismo entre a liturgia do passado e a liturgia do presente, e este é um antagonismo que é completamente estranho ao modo católico de olhar para a liturgia.

Paix liturgique – Sabemos que escreveu muito sobre a transcendência na liturgia tradicional. Como é que esta transcendência responde de modo particularmente adequado às expectativas do homem moderno, tão ocupado com as redes sociais e sem tempo para experimentar o silêncio?

Peter Kwasniewski – Se me é permitido usar uma metáfora, direi que a liturgia tradicional é um alimento nutritivo, cheio de vitaminas, de que o homem moderno tem falta. Falou de negócios e activismo. Nos tempos modernos, há uma clara tendência para o imanentismo. As pessoas estão mergulhadas nas suas actividades do dia-a-dia e estão encurraladas por elas, estão como que aprisionadas pelo mundo contemporâneo. Na verdade, a liturgia é a passagem, a porta que se abre para outro reino. Um reino que não é aprisionante, mas libertador. 

A liturgia tradicional provoca um encontro com a verdade eterna e realidades eternas que podem salvar o homem, e em particular o homem moderno, daquele cerco, daquela prisão. Outro aspecto que muitos têm realçado é o facto de que é próprio da natureza dos seres humanos serem extáticos: eles querem sair de si próprios, entregarem-se a si mesmos a uma causa. Querem entregar-se por amor a outra pessoa, e chegam a entregar-se a uma ideologia. A nossa vontade é de vivermos fora de nós mesmo, não queremos ficar encurralados dentro de nós. O homem moderno depara-se com muitos falsos êxtases: desde logo, as drogas são um óptimo exemplo disso mesmo, de pessoas que tentam escapar de si próprias, mas isso é falso, não conseguem, não passa de uma ilusão temporária de libertação. Ratzinger fala disto em diversos lugares. 

Outro exemplo são os concertos de rock… Há toda uma gama de experiências pseudo-litúrgicas e pseudo-místicas que as pessoas procuram, enquanto que o que a Igreja Católica oferece é a experiência mística real, uma real auto-transcendência, um êxtase real. E é por isso que a liturgia tradicional é hoje mais urgente do que nunca. 

A Paix Liturgique levou a cabo em diversas partes do mundo várias sondagens de opinião que mostram que mais de 30% dos católicos de Missa dominical gostariam de viver a sua fé ao ritmo da liturgia tradicional. Isto surpreende-o? Acha que isto deveria surpreender os bispos diocesanos?

Peter Kwasniewski – A percentagem de 30% surpreende-me. Creio que seria ainda maior se os católicos tomassem conhecimento da liturgia tradicional. Muitos há que não têm conhecimento dela. Nas minhas viagens e debates, encontro-me com católicos que só agora se dão conta de que há outra liturgia além do Novus Ordo promulgado por Paulo VI. E compreendo o porquê: 50 anos após a propagação do Novus Ordo, a grande maioria dos católicos praticantes não têm outra coisa. Por outro lado, são os próprios bispos a subestimarem continuamente o número de católicos atraídos pela tradição em todas as suas manifestações. 

Querem acreditar que se trata apenas de uma pequeníssima minoria de católicos com uma espécie de fascinação de tipo estético, quando não com uma tendência para o que é inusual e estranho, uma espécie de excentricidade; é assim que tendem a pensar acerca dessa atracção. O que lhes escapa é que as pessoas, hoje, já não estão a pensar segundo os paradigmas dos anos 60 ou 70, onde parece que os bispos ainda estão presos.

A reforma litúrgica baseou-se num princípio primário, o de que a única maneira de a liturgia ser acessível às pessoas e de estas nela poderem participar é através de uma compreensão verbal e racional; foi esse o princípio básico motor de tudo o resto. Assim sendo, como pretendamos que as pessoas compreendam tudo o que acontece na Missa, lá teremos de a simplificar, de a abreviar, teremos de a dizer em vernáculo, temos de dizer tudo em voz alta, tudo tem de ser alto e bom som. E tudo isto se faz ao serviço da comunicação de um conteúdo racional conceitual às pessoas sentadas nos bancos. É esse, sem tirar nem pôr, o princípio por detrás da reforma. 

Os jovens, hoje, se têm fé ou se estão à procura de Deus, no começo, não estão a tentar encontrar um conteúdo racional. Poderá ser que mais tarde venham a estudar teologia, mas aquilo de que estão à procura é o sentido de que há algo mais nesta vida e no mundo para além do que os olhos podem ver, do que se vê nos media, algo para além da experiência da nossa vida do dia-a-dia. Querem que a sua visão seja aberta para qualquer coisa, diria mesmo, para qualquer coisa de celestial. Será que o céu existe realmente? A liturgias deveria ser uma prova de que ele existe de facto, e se o não é, é apenas mais conversa. E então, é mais do mesmo, do mesmo que se pode encontrar em todo o lado. O mundo já está inundado de conversa. 

Percebe-se, assim, que os bispos pertencem a uma geração que partiu do princípio de que a liturgia tinha só a ver com uma compreensão racional conceitual; e é isso que significa a participação. Estão realmente a leste e estão a perder o comboio; hoje em dia, a questão já não está aí.

Paix liturgique – Ao longo da sua vida, viu pessoas a mudarem de opinião acerca da missa tradicional, isto é, que a odiavam e passaram a amá-la? E poderia dar-nos o seu testemunho acerca dos frutos espirituais ou dos benefícios que os fiéis recebem da Missa antiga?

Peter Kwasniewski – O que, em geral, vi foi que todos os católicos sérios em matéria de doutrina, sérios no que toca a viver uma vida moralmente direita e a uma vida pessoal de oração, agarrados à recitação do terço, esses são naturalmente atraídos pela liturgia tradicional. Mal a descobrem, mostram-se abertos a ela, porque já vivem de uma maneira que está de acordo com a liturgia tradicional. A liturgia tradicional é profundamente doutrinal, ela põe os dogmas da Igreja num pedestal, e é ascética e exigente. Assim, se estiver a tentar viver uma vida moralmente direita, a liturgia tradicional vai apoiá-lo nisso e vai-lhe fazer exigências que são de tipo moral. Penso, por isso, que existe uma adequação natural entre uma vida católica séria e a liturgia tradicional.

É óbvio que também se pode viver uma vida católica séria de outras maneiras, noutros contextos, mas creio que ali existe uma harmonia e uma abertura. Já não noto hostilidade contra a Missa tradicional a não ser entre pessoas que se autointitulam liberais ou progressistas, que têm um plano a cumprir, essas fazem uma oposição ideológica. Mas, curiosamente, estas pessoas opõem-se porque ela expressa uma visão dogmática, moral e cósmica do mundo que é antitética em relação ao seu paradigma liberal e progressista; por isso, o que vêem nela é uma ameaça ao conjunto do “projecto Vaticano II”. 

Já no que toca aos frutos espirituais, tenho dito amiúde que, na realidade, nunca soube como rezar durante a Missa até que comecei a ir à Missa antiga. Em toda a minha experiência de católico enquanto ia crescendo, sempre partira do princípio de que a oração litúrgica mais não era do que uma espécie de superficial vai-e-vem entre o sacerdote e o povo, cantar umas quantas canções, e tudo muito pela superfície como quando se patina sobre o gelo. 

Depois, ao começar a frequentar a liturgia tradicional, era já como um mergulho em mar alto: temos de vestir o equipamento de mergulho e penetrar bem em profundidade no oceano. Há aí uma profundidade, uma profundidade sem fim, que é o que explica porque é que eu e muitos dos meus amigos nunca nos cansamos de ir à Missa tradicional, estamos sempre ansiosos de lá voltar. Onde quer que ela seja celebrada, queremos ir lá. Já com o Novus Ordo, começamos a sentir falta de entusiasmo e torna-se mais fácil acabar por não ir, porque dele se tira menos benefícios.

Paix liturgique – Em que é que se pode ver que o sacrifício sacramental parece ser melhor exprimido pela Missa tradicional?

Peter Kwasniewski – A Missa é a re-presentação sacramental do sacrifício oferecido por Nosso Senhor do Seu Corpo e do Seu Sangue, sobre a cruz. Isto não é apenas uma opinião, nem é apenas um ponto de vista escolástico, é o ensinamento dogmático de fide da Igreja proferido pelo Concílio de Trento. Por conseguinte, nesse sentido, a liturgia não é primeiramente uma refeição, não é primeiramente a comemoração da ressurreição, nem algo relativo primariamente ao Corpo místico de Cristo. É sim o sacrifício que torna possível o Corpo místico de Cristo. 

É o sacrifício que, obviamente, em certo sentido, é cumprido na ressurreição e glorificação de Cristo. Todavia, na realidade, a Missa põe-nos em contacto com o Sangue de Cristo redentor que nos salva. É disso que precisamos para sermos salvos, é isso a nossa salvação. Por isso, é de grande importância para a liturgia que ela nos possa comunicar que é esse o mistério. O mistério primário da Eucaristia, como nos diz São Tomás, é Christus passus, Cristo que sofreu pelos nossos pecados. É com isso que que a liturgia nos põe misticamente em contacto, põe-nos realmente em contacto sob o véu do pão e do vinho.

Se, no seu aspecto exterior, a liturgia der ideia de algo completamente diferente disso mesmo, ou se primariamente se assemelhar a um banquete, uma refeição fraterna, então estará a despistar-nos e a induzir-nos em erro, e está, de facto, a dar-nos uma catequese falsa acerca do que estamos lá a fazer. Não há dúvida de que o rito antigo, não só pela orientação para Leste (que também se pode ter na nova Missa), mas em todos os seus aspectos, em especial no ofertório da Missa e nos gestos, nas cerimónias, põe uma grande ênfase no altar do sacrifício. 

Claro que a Missa também é um banquete, mas é um banquete sacrificial, é primeiro um sacrifício e só depois é tomamos parte na vítima sacrificial. A prioridade está sempre em oferecer a Deus a oblação pura do Cordeiro de Deus e, só depois, é que, se estivermos em estado de graça, podemos ter o privilégio de tomar parte desse banquete sacrificial, desse oferecimento sacrificial.  

Paix liturgique – Jamais, em toda a história da humanidade, houve tantas pessoas tão afastadas do lugar onde nasceram, seja por habitarem noutro país seja simplesmente por estão em viagem. Não será que a Missa em latim não poderia servir de objectivo pastoral ao tornar possível que cada um tenha a “sua” Missa, ainda que a ela assista noutro país? Acha que podemos dizer que a Missa em latim esteve ao serviço do objectivo do “mundialismo” nas épocas antigas?

Peter Kwasniewski – Não há qualquer dúvida de que, se olhar para a civilização europeia – e aqui, estou a falar da Europa Ocidental, e não tanto da Europa Oriental, que tem uma sua própria história –, a presença da fé Católica Romana, do Rito Romano e de vários outros usos relacionados com o Rito Romano, além da língua latina, foram grandes forças unificadoras que permitiram que as pessoas pudessem comunicar entre elas. Isto serviu de fertilizante para as artes e para a vida intelectual através duma multiplicidade de fronteiras de terras e de línguas. Vejo uma suprema ironia no facto de que no século XX, no preciso momento em que a aviação permitia que as pessoas viajassem com mais facilidade do que nunca, e os automóveis se tornavam omnipresentes, nesse preciso momento em que as pessoas já viajavam com grande frequência, de repente, se tenha decidido vernaculizar a liturgia e, de facto, excluir quem quer que não fosse de uma dada comunidade local.

Nos meus anos mais tenros, tive ocasião de viajar bastante, antes de tomar conhecimento da Missa em latim. Então, ia à igreja, ao Novus Ordo, qualquer que fosse a língua aí falada, e quase não entendia o que quer que fosse. Entendia “Amém” e pouco mais. É verdade que, como disse antes, não se pode reduzir a uma compreensão racional, mas é muito frustrante ir a uma liturgia que se supõe girar em torno de palavras, como é o caso do Novus Ordo, e depois acabar por não entender palavra alguma. Ironicamente, se alguma vez houve uma liturgia que devesse ser em latim, é precisamente o Novus Ordo, porque, a não ser assim, acaba por se excluir muitas pessoas. 

Um outro ponto é que é igualmente irónico que, num momento da história mundial em que há mais pessoas a saber ler e escrever do que nunca, e em que todos, se o quiserem, podem facilmente ter acesso a saber o que é que as orações significa, nesse momento decidiu-se: «De maneira nenhuma, o que temos é de pôr tudo numa linguagem vernácula de todos os dias, em vez de continuarmos a usar esta linguagem de refinada poesia e teologicamente rica que as liturgias sempre usaram. O que temos de fazer é simplificar tudo.» Mas porquê? Parece-me que temos aqui mais um exemplo de juízo histórico errado e de confusão cultural por parte do reformadores da liturgia.

Paix liturgique – Em geral, as pessoas começam por conhecer a Missa tradicional, depois vem o canto gregoriano, mas no seu caso foi ao contrário. Na sua opinião, a música sacra pode desempenhar um papel na renovação litúrgica?

Peter Kwasniewski – Exactamente! Tem toda a razão: eu cheguei à liturgia tradicional através da música sacra e, em particular, por meio do canto gregoriano. Nunca tinha assistido ao culto em latim antes de ter descoberto o canto gregoriano, mais, nunca me tinha passado pela cabeça rezar em latim. Assim que, até mesmo o facto de me dar conta do latim enquanto língua, no meu caso, ficou a dever-se ao canto gregoriano. A beleza do canto fascinou-me, tomou conta do meu coração e inspirou-me. No começo, nem sequer vi nele uma linguagem musical, e também não reparei no texto latino, mas compreendia que havia aí algo de esplendoroso, de divino, algo de muito especial e diferente, e tudo isso me fascinava. É como diz Rudolf Otto: o «mysterium tremendum et fascinans». Há nesse canto algo de extremamente poderoso e como de um outro mundo. Foi esse, ao princípio, o anzol que agarrou este peixe.

Quando descobri a liturgia tradicional, aquilo de que imediatamente me apercebi foi que a liturgia tradicional tinha crescido juntamente com o canto; o canto e o Rito Romano são como corpo e alma, há entre ambos uma relação muito próxima. Não aconteceu que primeiro tenha aparecido a liturgia me que depois tenha aparecido alguém que lhe tenha juntado o canto como se junta uma roupagem exterior. O que aconteceu, sim, foi que a liturgia romana e o canto cresceram juntos, de mão dada. O canto gregoriano é a liturgia romana cantada. Por isso, bem cedo me dei conta de que o canto encaixava, que ali, na liturgia tradicional, estava como em sua casa. Aí, tem espaço suficiente para respirar, e o timing adequado, o ritmo da liturgia é calculado à perfeição, os cantos têm a duração justa para cobrirem as acções que devem ser acompanhadas, e os textos do canto são perfeitos para esses momentos.

Há, portanto, aqui uma estreitíssima adequação entre música e liturgia. O mesmo acontece com a polifonia: a grande polifonia pode ser composta porque há lugar para ela nesta liturgia. Como o ofertório leva tempo, os grandes compositores puderam escrever motetes para esse lapso de tempo. O Novus Ordo é tão racionalístico e tão verbal e breve, que o canto gregoriano e a polifonia se mostram sempre inadequados. Parecem ser sempre uma espécie de interrupção e de atraso. Por exemplo, quando se está numa Missa Novus Ordo e chega o momento de uma leitura em vernáculo feita por um leitor leigo de frente para o povo, e, em seguida, depois que todos responderam dizendo “Graças a Deus”, a schola começa então a cantar uma peça de gregoriano em latim – o Gradual –, é tudo muito estranho, não encaixa bem. 

Enquanto que, na liturgia tradicional, o que notamos é um fluxo natural das coisas, onde tudo parece estar no seu lugar e tudo encaixa. Por isto mesmo, parece-me que, para as pessoas do mundo moderno reaproximar-se da beleza da música sagrada é praticamente equivalente a uma reaproxiamação da liturgia tradicional. Não quer isso dizer que não devamos utilizar o canto e a polifonia em todas as liturgias, mas apenas que que o gregoriano e a polifonia têm na liturgia tradicional o seu habitat natural.

Paix liturgique – Um último apontamento: poderia deixar-nos uma mensagem para as jovens famílias que estão preocupadas em conseguir preservar-se e preservar os seus filhos de toda a confusão que reina na sociedade actual?

Peter Kwasniewski – Diria que nada há de mais importante para as famílias católicas jovens do que conseguir encontrar uma boa comunidade de católicos fiéis com um espírito tradicional. E mais, que façam todos os esforços que seja preciso para levarem a sua família a essa igreja junto dessa comunidade, porque todos aí frequentarão a liturgia pelos motivos certos: o que pretendem é glorificar a Deus, santificar as próprias almas, iniciar as suas crianças ne beleza e riqueza da tradição católica – e assim, poderão encontrar outras pessoas que pensam como eles que passarão a ser seus amigos e uma rede de apoio; e as suas crianças encontrarão aí outras crianças com quem brincar com toda a segurança e que não é provável que passem o seu tempo a ver vídeos tremendos e outras coisas desse género. No mundo moderno, temos de ser muito realistas e não podemos partir do princípio de que a maioria dos lugares continuam a ser lugares seguros. Na verdade, a maioria dos lugares são hoje lugares perigosos, de um ponto de vista moral.

De um ponto de vista intelectual, acrescentaria ainda que como o erro e a depravação são a norma na sociedade ocidental moderna, é preciso que façamos o esforço, mesmo se isto custa algum incómodo, de ir à procura de comunidades onde a norma seja a beleza, a oração e a reverência. E é isso precisamente que encontramos na liturgia tradicional.


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terça-feira, 19 de novembro de 2019

A beatificação do Arcebispo Fulton Sheen e a existência de Deus

Soube-se hoje que Fulton Sheen, o Arcebispo que ficou famoso pelo apostolado que fazia na televisão, será beatificado no dia 21 de Dezembro na Catedral de Santa Maria da Imaculada Conceição, em Illinois (Estados Unidos). Fica aqui a simples recomendação que deixou a quem quer saber se Deus existe:

Se querem saber mais sobre Deus, só há uma maneira de o fazer: ponham-se de joelhos. Podem conhecê-Lo investigando, mas só amando conseguem ganhar o Seu amor. A maior parte das pessoas que negam Deus não o fazem porque a sua razão lhes diz que não há Deus, pois como poderia a razão testemunhar contra a Razão?

A sua negação deve-se antes à sua mentalidade. Pensam que seriam mais felizes se não houvesse Deus, porque assim poderiam agir como lhes apetecesse. Pensem um pouco menos sobre se merecem ou não ser amados por Ele; Ele ama-vos mesmo que não mereçam. É unicamente o Seu amor que vos vai tornar merecedores. 

A maior parte de nós está infeliz porque nunca demos a Deus uma oportunidade de nos amar; estamos apenas apaixonados por nós mesmos.

in Preface to Religion


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O segredo do Cardeal Sarah

No seu livro 'Deus ou Nada', o Cardeal Robert Sarah conta que quando foi sagrado Arcebispo - em 1979 - decidiu que faria um retiro de 3 dias a cada dois meses. Durante esses retiros faz jejum completo, sem tomar qualquer alimento ou água. 

Leva consigo apenas uma Bíblia, alguns livros de espiritualidade e o que necessita para celebrara a Santa Missa. O Cardeal conta que isto o ajuda muito a ganhar forças e voltar ao combate.

Nosso Senhor disse que alguns demónios apenas poderiam ser expulsos através de jejum e a oração (Mt 17, 21). Isto foi levado à prática por católicos, clérigos e leigos, ao longo dos séculos. Hoje talvez seja mais necessário do que nunca. 


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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Lição de vida: Quem ama o perigo cai nele

Nas suas Confissões, Santo Agostinho conta a história de um amigo que, por virtude, se recusava terminantemente a ir aos espectáculos de gladiadores, em Roma. Os romanos tinham espectáculos de circo em que os homens lutavam uns contra os outros; de anfiteatro em que combatiam homens contra feras; e de teatro, em que se representavam as histórias dos deuses. Aqui trata-se de espectáculos de anfiteatro em que havia quase sempre mortos. Porém, uma vez consentiu em ir, mas disse que estaria de olhos fechados. O resto da história é uma lição de vida:

Detestava ao principio, por completo, tais divertimentos. Uma vez, alguns amigos e condiscípulos, ao voltarem dum jantar, encontraram-no por acaso no caminho e levaram-no com amigável violência ao anfiteatro, a assistir aos jogos cruéis e funestos daquele dia. Ele recusava com veemência e resistia, dizendo: «Por arrastardes a esse lugar e lá colocardes o meu corpo, julgais que podereis fazer com que o espírito e os olhos prestem atenção aos espectáculos? Assistirei como ausente, saindo assim triunfante de vós e mais dos espectáculos».

Ouvindo estas palavras, levaram-no ao anfiteatro, sem mais demora, com o desejo, talvez, de observar se era capaz de cumprir a promessa. Apenas lá chegaram, ocuparam os lugares que puderam. Tudo fervia nas paixões mais selvagens. Ele, fechando as portas dos olhos, proibiu ao espírito de cair em tais crueldades. Oxalá tivesse também tapado os ouvidos! Num incidente da luta, um grande clamor saído de toda a multidão sobressaltou-o terrivelmente: vencido pela curiosidade e julgando-se preparado para desprezar e dominar a cena, fosse qual fosse, abriu os olhos. 

Imediatamente foi ferido na alma por um golpe mais profundo do que o que havia recebido no corpo o gladiador a quem desejou contemplar. Caiu mais miseravelmente do que aquele por cuja queda se tinha levantado o clamor. Entrou-lhe este pelos ouvidos e abriu-lhe os olhos, por onde foi ferida e abatida a alma, até então mais audaz que corajosa e tanto mais fraca quanto mais presumida de si mesma, em vez de confiar em Vós, como devia. Logo que viu o sangue, bebeu simultaneamente a crueldade. Não se retirou do espectáculo, antes se fixou nele. Sem o saber, sorvia o furor popular, deleitava-se no combate criminoso e inebriava-se no prazer sangrento. 

Já não era o mesmo que tinha vindo, mas um da turba a que se ajuntara, um verdadeiro companheiro daqueles por quem se deixara arrastar. Que mais direi? Presenciou, gritou, apaixonou-se e trouxe de lá um ardor tão louco que o incitava a voltar, não só com os que o haviam arrastado, mas indo à sua frente e arrastando os outros. 

Santo Agostinho in Confissões - Livro Sexto 


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Summorum Pontificum 2019: Missa Pontifical na Basílica de São Pedro

O momento alto da Peregrinação Summorum Pontificum 2019: Missa Pontifical celebrada por Mons. Dominique Rey, Bispo de Fréjus-Toulon, no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, no Vaticano.













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O homem tem de ser digno da mulher que ama

"Quando um homem ama uma mulher ele tem de se tornar digno dela. E quanto maior for a sua virtude, o seu nobre carácter, quanto mais ela for devota à verdade, à justiça, à bondade, mais um homem tem de aspirar a ser digno dela."

Arcebispo Fulton Sheen


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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

As aparições das almas do Purgatório

Não ouvimos falar com muita frequência sobre o Purgatório, hoje em dia, o que é uma pena.

Que presente (assustador, mas maravilhoso) receberíamos se, durante a noite, fôssemos despertados pela presença de um falecido parente ou amigo pedindo-nos orações, sacrifícios e Missas para se libertar do purgatório! E seria especialmente bom se essa alma sofredora nos deixasse algum sinal perceptível e duradouro, para que, à luz do dia, tivéssemos a certeza de que aquela visita não foi apenas um pesadelo ocasionado por algum excesso ao jantar…

Na parábola do pobre Lázaro e do rico epulão (Lc 16, 19-31), este último, após morrer e ir para o inferno, implora para que Abraão envie "alguém dentre os mortos" a fim de alertar os seus irmãos ainda vivos e fazê-los se arrepender enquanto há tempo. Abraão responde: "Se eles não ouvem Moisés e os profetas, não se deixarão persuadir nem sequer se alguém ressuscitar dos mortos". A referência, é claro, era à própria ressurreição de Jesus, mas, na Sua grande misericórdia, Nosso Senhor também enviou aos vivos, em várias ocasiões, alguns emissários dentre os mortos. E eles deixaram provas da sua visita.

Por "provas" não me refiro aos muitos testemunhos escritos que tantos santos nos legaram sobre o purgatório e sobre o inferno: Santa Margarida Maria de Alacoque, Santa Gertrudes, Santa Brígida da Suécia, São João Maria Vianney, Santa Maria Faustina, Santa Catarina de Sena, Santa Catarina de Gênova… 

Falo de provas materiais tangíveis, como as que são custodiadas numa pequena sala ao lado da sacristia de uma igreja de Roma, a do Sagrado Coração de Jesus em Prati. Também chamada de “Sacro Cuore del Suffragio” ou Sagrado Coração do Sufrágio, essa igreja neo-gótica, cuja construção foi finalizada em 1917, está situada às margens do rio Tibre, a meros dez minutos da Praça de São Pedro. Ela é bastante peculiar porque abriga o “Piccolo Museo del Purgatorio”, ou seja, o Pequeno Museu do Purgatório.

A missão da Ordem do Sagrado Coração, fundada em 1854 na França, era a de orar e oferecer missas em sufrágio das almas do purgatório. A capela da ordem em Roma, dedicada a Nossa Senhora do Rosário, ficou severamente destruída pelas chamas a 15 de Setembro de 1897. Após o incêndio, o sacerdote designado para a capela, o padre Victor Jouet, ficou atónito ao ver a imagem de um rosto sofrido que parecia ser de uma alma do purgatório em uma das paredes atingidas pelo fogo. Ele pediu e obteve, depois desse episódio, a permissão do Papa Pio X para viajar por toda a Europa a fim de recolher relíquias que servissem como indícios de outras visitas feitas por almas do purgatório ao nosso “mundo dos vivos”.

Uma das relíquias expostas hoje no museu mostra um pedaço de madeira da mesa que tinha pertencido à venerável Madre Isabella Fornari, abadessa do mosteiro das clarissas de São Francisco, em Todi. A Madre Isabella tinha sido visitada pelo falecido Padre Panzini no dia 1º de novembro de 1731. Para lhe mostrar que estava sofrendo no purgatório, ele colocou a sua mão esquerda "em chamas" sobre a mesa de trabalho da religiosa, deixando ali impressa a sua mão queimada, além de gravar na madeira da mesa uma cruz com o dedo indicador, igualmente ardente. Para completar, ele colocou a mão também na manga da túnica da abadessa, queimando o braço da religiosa a ponto de fazê-lo sangrar. Depois de relatar o fatco ao confessor, Padre Isidoro Gazata, este pediu que a religiosa cortasse aquelas partes da túnica e as entregasse à sua custódia juntamente com a pequena mesa.

Em 1815, Margherite Demmerlé, que viveu na diocese de Metz, foi visitada por uma alma que se identificou como a sua sogra falecida trinta anos antes, ao dar à luz. Ela pediu que Margherite fosse em peregrinação até o Santuário de Nossa Senhora de Mariental e pedisse a celebração de duas Missas por ela. Margherite pediu um sinal e a alma pôs a mão sobre o livro que ela lia: "A Imitação de Cristo". A mão ficou impressa na página aberta. A sogra retornou após a peregrinação, quando as Missas solicitadas já tinham sido rezadas, para agradecer e contar que tinha sido liberada do purgatório.

Em 1875, Luisa Le Sénèchal, morta havia dois anos, apareceu para o marido Luigi na sua casa de Ducey, em França. Pedindo-lhe orações, ela deixou a marca incandescente dos seus cinco dedos nas suas vestes, além de solicitar que a filha do casal encomendasse Missas em intenção do repouso eterno da sua alma.

Cerca de uma dúzia de outras relíquias marcadas por similares eventos sobrenaturais podem ser vistas no Pequeno Museu do Purgatório.

Estes exemplos não pretendem chocar nem assustar. Muitíssimos outros podem ser encontrados, por exemplo, em livros de autoria do renomado padre jesuíta francês do século XIX: François Xavier Schouppe, como "O purgatório explicado". Ele escreveu: “Ao dar-nos esse tipo de aviso, Deus mostra-nos a sua grande misericórdia. Ele exorta-nos, da maneira mais eficaz, a ajudar as pobres almas que sofrem e a permanecermos vigilantes no tocante à nossa própria”.

Quem pensa nos quatro “novíssimos” ou “quatro últimas coisas” (morte, juízo, inferno e paraíso) pode ficar curioso quanto ao Purgatório. Embora a Igreja não afirme conhecer pormenorizadamente a natureza do sofrimento que aflige as almas no purgatório, os comentários do Papa emérito Bento XVI e os escritos de Santa Catarina de Génova (1447-1510), especialmente o seu "Tratado sobre o purgatório", são ilucidantes. A santa descreveu o purgatório não como um lugar envolto em chamas, e sim como um estado em que as almas experimentam o tormento das chamas interiores por reconhecerem a sua profunda pecaminosidade diante da perfeição da santidade e do amor de Deus para com elas.

Rezemos pelas almas do Purgatório, para que, purificadas, possam interceder por nós no Céu.

adaptado de Aleteia


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quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Protesto contra os actos sacrílegos durante o Sínodo da Amazónia

Nós, os abaixo-assinados investigadores e académicos clérigos e leigos católicos, protestamos contra e condenamos os actos sacrílegos e supersticiosos cometidos pelo Papa Francisco, Sucessor de São Pedro, no âmbito do recente Sínodo que teve lugar em Roma. Tais actos sacrílegos foram os seguintes:

- A 4 de Outubro, o Papa assistiu a um acto de culto idólatra da deia pagã Pachamama.

- O Papa permitiu que tal acto de culto fosse praticado nos Jardins Vaticanos, profanando deste modo as áreas vizinhas das sepulturas dos mártires e da igreja de São Pedro Apóstolo.
- O Papa participou deste acto de culto idólatra abençoando a imagem de madeira da Pachamama.
- A 7 de Outubro, o ídolo da Pachamama foi posto diante do altar-mor de São Pedro e foi depois levado em procissão até à Sala do Sínodo. O Papa Francisco recitou orações numa cerimónia envolvendo esta imagem e juntou-se depois à dita procissão.
- Depois que várias imagens desta deia pagã foram removidas da igreja de Santa Maria in Traspontina, onde haviam sido postas sacrilegamente, e tendo sido em seguida arrojadas ao Tibre por católicos indignados com essa profanação daquela igreja, o Papa, a 25 de Outubro, ofereceu desculpas pela remoção das imagens, e outra imagem de madeira da Pachamama foi de novo posta na igreja. Deu-se, assim, início a uma ulterior profanação.
- A 27 de Outubro, por ocasião da Missa de encerramento do Sínodo, o Papa aceitou uma taça que fora usada no culto idólatra da Pachamama e pô-la sobre o altar.

O próprio Papa confirmou que estas imagens de madeira eram ídolos pagãos. No curso do seu pedido de desculpas pela remoção destes ídolos do interior de uma igreja católica, o Papa usou especificamente para eles o nome de Pachamama, nome que, de acordo com uma crença religiosa da América do Sul, corresponde à falsa divindade mãe da terra.

Diferentes actos desta cadeia de eventos foram já condenados como idólatras ou sacrílegos pelo Cardeal Walter Brandmüller, Cardeal Gerhard Müller, Cardeal Jorge Urosa Savino, Arcebispo Carlo Maria Viganò, Bispo Athanasius Schneider, Bispo José Luis Azcona Hermoso, Bispo Rudolf Voderholzer e Bispo Marian Eleganti. Por fim, no curso deu ma entrevista, também o Cardeal Raymond Burke fez igual apreciação do culto que foi prestado.

Esta participação em idolatria foi antecipada pela declaração intitulada “Documento sobre a Fraternidade Humana”, assinada pelo Papa Francisco e Ahmad Al-Tayyeb, o Grande Imã da mesquita de Al-Azhar, a 4 de Fevereiro de 2019. Esta declaração afirmou que:

«O pluralismo e as diversidades de religião, de cor, de sexo, de raça e de língua fazem parte daquele sábio desígnio divino com que Deus criou os seres humanos. Esta Sabedoria divina é a origem donde deriva o direito à liberdade de credo e à liberdade de ser diferente.»

O envolvimento do Papa Francisco em cerimónias idólatras é uma indicação de que quis dar a esta declaração um sentido heterodoxo, que permite que o culto pagão de ídolos seja considerado um bem positivamente querido por Deus.

Além disso, não obstante ter comunicado privadamente ao Bispo Athanasius Schneider que «[o Bispo] pode dizer que a frase em questão acerca da diversidade das religiões se refere à vontade permissiva de Deus …» , o Papa jamais procedeu à correcção da declaração de Abu Dhabi nesses sentido.Num pronunciamento subsequente durante a audiência de 3 de Abril de 2019, o Papa, respondendo à questão “Porque é que Deus permite que haja muitas religiões?”, referiu-se de passagem à “vontade permissiva de Deus” tal como a mesma é entendida pela teologia escolástica, mas deu ao conceito um sentido positivo, declarando que «Deus quis permitir isto» porque, sendo embora certo que «há muitas religiões», elas «olham sempre para o céu, olham para Deus» (ênfase acrescentado). Não se nota aí sequer a mais mínima sugestão de que Deus permite a existência de religiões da mesma maneira que Ele permite, em geral, a existência do mal. Ao invés, a implicação que daí resulta claramente é a de que Deus permite a existência de «muitas religiões» porque elas são boas enquanto «olham sempre para o céu, olham para Deus».

Mais grave ainda: desde então, o Papa Francisco já reafirmou a declaração não corrigida de Abu Dhabi, ao estabelecer um “comité inter-religioso” , que veio mais tarde a receber a designação de “Comité Superior”, com sede nos Emirados Árabes Unidos, para dar seguimento aos “objectivos” do documento, e ao promover uma directiva emitida pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso dirigida aos dirigentes de todos os institutos católicos romanos de estudos superiores, e indirectamente aos professores universitários católicos, pedindo-lhes que dêem ao documento a «maior difusão possível», aí se incluindo a asserção não corrigida de que Deus quer a «diversidade religiões» do mesmo modo que quer a diversidade de cores, sexos, raças e línguas.

Prestar culto a alguém ou algo além do único Deus verdadeiro, a Santíssima Trindade, é uma violação do Primeiro Mandamento. A participação em qualquer forma de veneração de ídolos é absolutamente condenada por este mandamento e constitui um pecado grave, independentemente da culpabilidade subjectiva, que só Deus pode julgar.

São Paulo ensinava à Igreja dos primeiros tempos que o sacrifício oferecido a ídolos pagãos não era dirigido a Deus mas antes aos demónios, como se lê na sua Primeira Epístola aos Coríntios:

«Que vos hei-de dizer, pois? Que a carne imolada aos ídolos tem algum valor, ou que o próprio ídolo é alguma coisa? Não! Mas aquilo que os pagãos sacrificam, sacrificam-no aos demónios e não a Deus. E eu não quero que estejais em comunhão com os demónios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demónios; não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demónios.»
(1 Cor 10, 19-21)

Com tais acções, o Papa Francisco incorreu na condenação proferida pelo Segundo Concílio de Niceia:

«Muitos pastores destruíram a minha vinha, profanaram a minha porção. Por isso que seguiram homens ímpios e acreditando nos seus próprios desvarios, caluniaram a Santa Igreja, que Cristo tomou para Si por esposa, e não distinguiram o sagrado do profano, asserindo que os ícones de Nosso Senhor e dos santos não eram diferentes das imagens de madeira dos ídolos satânicos.»

É com imensa dor e profundo amor pela Cátedra de Pedro que suplicamos a Deus Todo-Poderoso que poupe os membros culpados da Sua Igreja sobre a terra da punição que merecem pelos seus terríveis pecados.

Pedimos respeitosamente ao Papa Francisco que se arrependa publicamente e sem ambiguidades destes pecados e de todas as ofensas que cometeu contra Deus e a verdadeira religião, e que faça reparação por estas ofensas.

Pedimos respeitosamente a todos os bispos da Igreja Católica que ofereçam ao Papa Francisco uma correcção fraterna por estes escândalos, e que advirtam os seus rebanhos de que, de acordo com o ensinamento divinamente revelado da fé católica, eles arriscam a condenação eterna se seguirem o seu exemplo nas ofensas contra o Primeiro Mandamento.

9 de Novembro de 2019 

In Festo Dedicationis Basilicae Lateranensis 
“Terribilis est locus iste: hic domus Dei est et porta cæli; et vocabitur aula Dei”

Signatários:

Dr Gerard J.M. van den Aardweg, The Netherlands
Dr Robert Adams, medical physician in Emergency & Family Medicine
Donna F. Bethell, J.D.
Tom Bethell, senior editor of The American Spectator and book author
Dr Biagio Buonomo, PhD in Ancient Christianity History and former culture columnist (1990-2013) for L'Osservatore Romano
François Billot de Lochner, President of Liberté politique, France
Rev. Deacon Andrew Carter B.Sc. (Hons.) ARCS DipPFS Leader, Marriage & Family Life Commission, Diocese of Portsmouth, England
Mr. Robert Cassidy, STL
Dr Michael Cawley, PhD, Psychologist, Former University Instructor, Pennsylvania, USA
Dr Erick Chastain, PhD, Postdoctoral Research Associate, Department of Psychiatry, University of Wisconsin-Madison
Fr Linus F Clovis
Lynn Colgan Cohen, M.A., O.F.S.
Dr Colin H. Jory, MA, PhD, Historian, Canberra, Australia
Rev Edward B. Connolly, Pastor Emeritus, St. Joseph Parish St. Vincent de Paul Parish, Girardville PA
Prof. Roberto de Mattei, Former Professor of the History of Christianity, European University of Rome, former Vice President of the National Research Council (CNR)
José Florencio Domínguez, philologist and translator
Deacon Nick Donnelly, MA Catholic Pastoral & Educational Studies (Spiritual Formation), England
Fr Thomas Edward Dorn, pastor of Holy Redeemer Parish in New Bremen OH in the Archdiocese of Cincinnati
Fr Stefan Dreher FSSP, Stuttgart, Germany
Dr Michael B. Ewbank, PhD in Philosophy, Loras College, retired, USA
Fr Jerome Fasano, Pastor, St John the Baptist Church, Front Royal, Virginia, USA
Dr James Fennessy, MA, MSW, JD, LCSW, Matawan, New Jersey, USA
Christopher A. Ferrara, J.D., Founding President of the American Catholic Lawyers’ Association
Fr Jay Finelli, Tiverton, RI, USA
Prof. Michele Gaslini, Professor of Public Law, University of Udine, Italy
Dr Linda M. Gourash, M.D.
Dr Maria Guarini STB, Pontificia Università Seraphicum, Rome; editor of the website Chiesa e postconcilio
Fr Brian W. Harrison, OS, STD, associate professor of theology of the Pontifical Catholic University of Puerto Rico (retired), Scholar-in-Residence, Oblates of Wisdom Study Center, St. Louis, Missouri, USA
Sarah Henderson DCHS MA (RE & Catechetics) BA (Mus)
Prof. Robert Hickson PhD, Retired Professor of Literature and of Strategic-Cultural Studies
Dr Maike Hickson PhD, Writer and Journalist
Prof., Dr.rer.pol., Dr.rer.nat. Rudolf Hilfer, Professor of Theoretical Physics at Universität Stuttgart
Fr John Hunwicke, Former Senior Research Fellow, Pusey House, Oxford
Fr Edward J. Kelty, OS, JCD, Defensor Vinculi, SRNC rota romana 2001-19, Former Judicial Vicar, Archdiocese of Ferrara, Judge, Archdiocese of Ferrara
Dr Ivo Kerže, prof. phil.
Dr Thomas Klibengajtis, former Assistant Professor of Catholic Systematic Theology, Institute of Catholic Theology, Technical University Dresden, Germany
Dr Peter A. Kwasniewski, PhD, USA
Dr John Lamont, DPhil (Oxon.)
Dr Dorotea Lancellotti, catechist, co-founder of the website: https://cooperatores-veritatis.org/
Dr Ester Ledda, consecrated laywoman, co-founder of the website https://cooperatores-veritatis.org/
Fr Patrick Magee, FLHF a Franciscan of Our Lady of the Holy Family, canonical hermit in the Diocese of Fall River, Massachusetts
Dr Carlo Manetti, jurist and lecturer, Italy
Dr Christopher Manion, PhD, KM, Humanae Vitae Coalition, Front Royal, Virginia, USA
Antonio Marcantonio, MA
Michael J. Matt, Editor, The Remnant, USA
Jean-Pierre Maugendre, general delegate, Renaissance catholique, France
Msgr John F. McCarthy, JCD, STD, retired professor of moral theology, Pontifical Lateran University
Prof. Brian M. McCall, Orpha and Maurice Merrill Professor in Law, Editor-in-Chief Catholic Family News
Patricia McKeever, B.Ed. M.Th., Editor, Catholic Truth, Scotland
Mary Angela McMenamin, MA in Biblical Theology from John Paul the Great Catholic University
Fr Cor Mennen, lecturer canon law at the diocesan Seminary of ‘s-Hertogenbosch and member of the cathedral chapter
Rev Michael Menner, Pastor
Dr Stéphane Mercier, Ph.D., S.T.B., former research fellow and lecturer at the University of Louvain
Dr Claude E Newbury, M.B. B.Ch., D.T.M & H., D.P.H., D.O.H., M.F.G.P., D.C.H., D.A., M. Prax Med.
Prof. Giorgio Nicolini, writer, Director of “Tele Maria”
Fr John O'Neill, STB, Dip TST, Priest of the Diocese of Parramatta, member of Australian Society of Authors
Fr Guy Pagès, Archdiocese of Paris, France
Prof. Paolo Pasqualucci, Professor of Philosophy (retired), University of Perugia, Italy
Fr Dean P. Perri, Diocese of Providence, Our Lady of Loreto Church
Dr Brian Charles Phillips, MD
Dr Mary Elizabeth Phillips, MD
Dr Robert Phillips, Professor (emeritus) Philosophy: Oxford University, Wesleyan University, University of Connecticut
Prof. Claudio Pierantoni, Professor of Medieval Philosophy, University of Chile; former Professor of Church History and Patrology at the Pontifical Catholic University of Chile
Prof. Enrico Maria Radaelli, Professor of Aesthetic Philosophy and Director of the Department of Aesthetic Philosophy of the International Science and Commonsense Association (ISCA), Rome, Italy
Dr Carlo Regazzoni, Philosopher of Culture, Therwill, Switzerland
Prof. John Rist, Professor emeritus of Classics and Philosophy, University of Toronto
Dr Ivan M. Rodriguez, PhD
Fr Luis Eduardo Rodrìguez Rodríguez, Pastor, Diocesan Catholic Priest, Caracas, Venezuela.
John F. Salza, Esq.
Fr Timothy Sauppé, S.T.L., pastor of St. Mary’s (Westville, IL.) and St. Isaac Jogues (Georgetown, IL.)
Fr John Saward, Priest of the Archdiocese of Birmingham, England
Prof. Dr Josef Seifert, Director of the Dietrich von Hildebrand Institute of Philosophy, at the Gustav Siewerth Akademie, Bierbronnen, Germany
Mary Shivanandan, Author and consultant
Dr Cristina Siccardi, Church Historian and author
Dr Anna M. Silvas, senior research adjunct, University of New England NSW Australia.
Jeanne Smits, journalist, writer, France
Dr Stephen Sniegoski, PhD, historian and book author
Dr Zlatko Šram, PhD, Croatian Center for Applied Social Research
Henry Sire, Church historian and book author, England
Robert J. Siscoe, author
Abbé Guillaume de Tanoüarn, Doctor of Literature
Rev Glen Tattersall, Parish Priest, Parish of St. John Henry Newman, Australia
Prof. Giovanni Turco, associate professor of Philosophy of Public Law, University of Udine, Italy
Fr Frank Unterhalt, Pastor, Archdiocese of Paderborn, Germany
José Antonio Ureta, author
Adrie A.M. van der Hoeven, MSc, physicist
Dr Gerd J. Weisensee, Msc, Switzerland
John-Henry Westen, MA, Co-Founder and Editor-in-Chief LifeSiteNews.com
Dr Elizabeth C. Wilhelmsen, Ph.D. in Hispanic Literature, University of Nebraska-Lincoln, retired
Willy Wimmer, Secretary of State, Ministry of Defense, (ret.), Germany
Prof. em. Dr Hubert Windisch, priest and theologian, Germany
Mo Woltering, MTS, Headmaster, Holy Family Academy, Manassas, Virginia, USA
Miguel Ángel Yáñez, editor of Adelante la Fe
Archbishop Carlo Maria Viganò
Prof. Dr. Heinz Sproll – University of Augsburg
Edgardo J. Cruz Ramos, President Una Voce Puerto Rico
Rev. Fr. Felice Prosperi
Prof.Growuo Guys PhD
Rev. Nicholas Fleming STL
Drs. N.A.L. van der Sluis pr., Pastoorparochie Maria, Moeder van de Kerk Bisdom ‘s-Hertogenbosch
Rev. Fr Alfredo Maria Morselli
Marco Paganelli, Journalist and writer
Deacon Eugene G. McGuirk, B.A, M.A., M.B.A.
Dr. Lee Fratantuono, AB, AM, PhD
Rev. Fr. Paolo D'Angona, Diocese of Roermond, Netherlands
Bishop Robert Mutsaerts, auxiliary bishop of 's-Hertogenbosch, Netherlands 
Marco Tosatti, Stilum Curiae
Enza Pasquali
Don Michiele Chimienti
Rev. Patrick Fenton
Fr Peter Klos
Paul King, Esq.Fr. Palblo Ormazabal Albistur
Prof. Dr. Felix Fulders
Fr Richard McNally ss.cc
Sac. Bernardo M. Trelle
Dr. Quintilio Paolozzi Ph.D.
Dr. Stefano Gizzi, Comm. S.Gregorio Magno
Fr Bernward Van der Linden FSSP
Mag, Philipp Erdinc, MA
De Christian Behrendt
Rev. Peter John Dang
Leo Kronberger, MD, MSC
José Narciso Barbosa Soares
Joao Luiz da Costa Carvalho Vidigal
Fr Iouis Guardiola
Fr Roberto J.Perez, O. Carm.
Fr Jason Charron
Rev. Fr Edwin Wagner FSO
Fr Fabian Adindu
Fr Frank Watts
Fr David M. Chiantella
Fr Daniel Becker
Fr Fidelis Moscinski
Fr John Boughton
Fr Kenneth Bolin
Fr Matthew DeGance, SDB
Fr Vince Huber
Fr Arnis Suleimanovs
Fr James Mawdsley
Fr John Osman, M.A., S.T.L.
Fr Scott Lemaster, M.A., M.Div.
Fr Mark Desser
Fr Vincenzo Fiore
Fr Michael Magiera
Fr John Fongemie, FSSP
Fr Alex Anderson
Fr Pablo Ormazabal Albistur
Fr Brian Geary
Fr James Gordon
Fr David Kemna
Fr Steven Scherrer, MM, Th. D Scherrer
Fr Andrew Szymakowski, JCL
Fr Terence Mary Naughtin, OFM Conv
Christin Vollmer
Mag. Wolfram Schrems
Tammy Layton, ASA,BA, MA
Prof. Mag. Manfred Weindl
Dr Piotr Wolochowicz Ph.D. in Pastoral Theologie
Fr Grzegorz Asniadoch IBP
Grzegorz Korwin-Szymanowski, Journalist
Maristela Neves de Mesquita Rodiriguez Santos
Fr. Albert P. Marcello, III, JCL, defensor vinculi, Diocese of Providence 
Dr Michael Sirilla
Fr Jason Vidrine
Dr John Jay Conlon
Matt Gaspers, Managing Editor, Catholic Family News
Dr Taylor R.Marshall
David Moss St. Louis, Missouri, U.S.A
Mag. César Félix Sánchez Martínez, professor of Philosophy of Nature and History of Modern and Contemporary Philosophy


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