sexta-feira, 25 de agosto de 2023

São Luís IX, Rei de França e Confessor

Hoje a Igreja celebra a festa do Rei São Luís da França. Luís IX nasceu no dia 25 de Abril de 1215, no castelo real de Poissy.

Era filho de Luís VIII e de Branca de Castela, ambos piedosos e zelosos, que o cercaram de cuidados, especialmente após a morte do primogénito. Trataram pessoalmente da sua educação e formação religiosa. Foram tão bem sucedidos que Luís IX se tornou um dos soberanos mais benevolentes da história, um fervoroso cristão e fiel da Igreja.  

Com a morte prematura do seu pai em 1226, a rainha, sua mãe, uma mulher caridosa, de grandes dotes morais, intelectuais e espirituais, tutelou o filho, que foi coroado rei Luís IX, pois ele era muito novo para dirigir uma Corte sozinho. Tomou as rédeas do poder e manteve o filho longe de uma vida de depravação e de pecado, tão comum das cortes. Mas Luís, já nessa idade, possuía as virtudes que o levaram à santidade, a piedade e a humildade, e que o fizeram o modelo de rei católico cristão.  

No período da sua adolescência, enquanto a sua mãe governava, foi educado e conduzido na Fé cristã e na arte de governar por São Tomás de Aquino. O santo doutor da Igreja conduziu com perfeição o processo de educação daquele que viria a ser o Rei de toda a França.  

Em 1235, casou-se com Margarida de Provença, uma jovem princesa, que, assim como ele, cultivava grandes virtudes. O marido reinou com justiça e solidariedade. Possuía um elevado senso de piedade, incomum aos nobres e poderosos de sua época. Tinha coração e espírito sempre voltados para as coisas de Deus, lia com frequência a Sagrada Escritura e as obras dos Santos Padres e aconselhava-as a todos os seus nobres da Corte.  

Com o auxilio da rainha, fundou igrejas, conventos, hospitais, abrigos para os pobres, órfãos, velhos e doentes. O casal real teve dez filhos, todos educados como eles e por eles. E o resultado dessa firme educação cristão foram reis e rainhas de muitas cortes, que governaram com sabedoria, prudência e caridade.  

Depois de ter adquirido de Balduíno II, imperador de Constantinopla, a coroa de espinhos de Cristo, que, segundo a tradição, era a mesma usada na cabeça de Jesus, ele mandou erguer uma belíssima igreja para abrigá-la numa redoma de cristal. Trata-se da belíssima Sainte-Chapelle, que pode ser visitada em Paris.  

Acometido de uma grave doença, em 1245 Luís IX quase morreu. Então, fez uma promessa: caso sobrevivesse, empreenderia uma cruzada contra os turcos muçulmanos que ocupavam a Terra Santa. Quando recuperou a saúde, em 1248, apesar das oposições da Corte, cumpriu o que havia prometido. Preparou um grande exército e, por várias vezes, comandou as cruzadas para a Terra Santa. Mas em nenhuma delas teve êxito. Primeiro, foi preso pelos muçulmanos, que o mantiveram no cativeiro durante seis anos. Depois, numa outra investida, quando se aproximava de Tunis, foi acometido pela peste e ali morreu, no dia 25 de agosto de 1270.  

Os cruzados voltaram para a França trazendo o corpo do Rei Luís IX, que já tinha fama e odor de santidade. O seu túmulo tornou-se um local de intensa peregrinação, onde vários milagres foram observados.  

Assim, em 1297, o papa Bonifácio VIII proclamou a santidade da vida de Luís IX, Rei da França, mantendo o culto já existente no dia da sua morte.

in Pale Ideas


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2 comentários:

Eduardo disse...

Diz a tradição que Branca de Castela a seus filhos dizia que os preferia ver mortos que viver em pecado mortal. Que melhor educação poderia ter tido este grande santo rei?

Anónimo disse...

E como tudo mudou!
Hoje, preservar a Pureza, a Santidade, desde criança, não é
quase crime, porque foge ao normal...claro, e cada vez mais.
Para se ter a certeza daquilo que se quer, há que experimentar tudo!
O pior são as consequências e os vícios que se contraem, para não falar do quanto fazemos Deus sofrer.
Mas quem fala assim?
Não foi por isso que se deu total abertura ao mundanismo nos seminários?
Nem.sei porque Jesus amava tanto S. João!
Segundo o que tenho lido, era porque ele era quase um menino, que se conservou sempre puro e fiel.
Assim como na parábola do filho pródigo, o pai ama o filho perdido e perdoa- lhe, porque se arrependeu, mas exaltou o mais velho: " Tu estiveste SEMPRE Comigo; tudo o que é Meu é teu!"
E.mais, condenou o pecado, quando disse: " O teu irmão estava MORTO, mas voltou à vida!"
Que Deus tenha Misericórdia!