segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Uma Igreja de cócoras, não é a Igreja que Cristo quis

É tristíssimo verificar que a Igreja tem estado de cócoras, ao longo dos últimos anos, diante do poder político-económico...

 

A sua submissão e subjugação aos poderes do grande capital selvagem das big-tech e aos políticos com eles conluídos é enormemente assustadora.

 

Limito-me a fazer somente umas perguntas inocentes:

 

1. Por que é que temos assistido a crescentes nomeações e promoções de Bispos e Cardeais que comprovadamente são favoráveis, e incentivam, os objectivos, antes inconfessáveis, mas actualmente descarados, da ideologia lgbtiq+, chegando aos extremos de perseguir os Sacerdotes fiéis às verdades de sempre proclamadas pela Igreja?

 

2. Quando ouvimos, o sucessor de Pedro, afirmar imperativamente que a ‘Sagrada Comunhão não é uma recompensa para os santos, mas sim um remédio para os pecadores’, podemos perguntar-nos o que é que se tenta exprimir com este dito, uma vez que ele inteiramente ambíguo?

 

a) O que é que aí se entende por pecadores? Os que vivem habitualmente em estado objectivo de pecado grave ou mortal? - mas isso seria convidá-los ao sacrilégio contínuo. Ou os penitentes que reconhecendo embora as suas faltas leves, se dirigem, arrependidos, com Fé ao Santíssimo Sacramento que os pode e de facto os purifica alimpando-os?

 

b) Sucede, ademais, que a Igreja sempre ensinou que as coisas santas são dadas aos santos, pois, como Jesus ensinou, não se podem dar pérolas aos porcos. Os santos são aqueles que em virtude do baptismo são feitos participantes da Santidade de Deus, o único verdadeiramente SANTO, e perseveram nessa Graça que lhes foi, sem mérito algum da sua parte, concedida. Como é que se pode afirmar que a Sagrada Comunhão, na Igreja/Oriental e Ortodoxa a Comunhão seja dada imediatamente após o baptismo e afirmar concomitantemente que Ela é um remédio para os pecadores? É impossível afirmar que um bebé recentemente baptizado seja um pecador, uma vez que está totalmente santificado.

 

c) Quando é afirmada que a Sagrada Comunhão é um remédio para os pecadores, de novo importa perguntar, o que se entende por pecadores? (Estes slogans, muito correntes neste pontificado, são frases talismãs que nos dispensam de pensar, e que inevitavelmente ao bloquear a nossa mente nos manipulam de uma forma subreptícia ou mesmo subliminar.)


De facto, se por pecadores se entende aqueles que estão em pecado venial, mas que arrependidos procuram a reconciliação e comunhão com Deus; o dito é certíssimo. Porém, se se trata de pecados graves ou mortais, sem prévio arrependimento nem confissão sacramental, a afirmação é ímpia, mesmo herética.

 

d) É curioso, a meu parecer, que este slogan tenha, tanto quanto sei, aparecido somente a propósito da ‘liberalização’ da Sagrada Comunhão para casais adúlteros (“recasados pelo civil”) proporcionada pela Amoris laeticia e subsequentes interpretações; e agora muito inesperadamente a propósito de conceder ou não a Sagrada Comunhão ao Presidente, que se diz católico, mais poderoso da terra.

 

e) O actual Presidente dos EUA tem um historial político e religioso demasiado conhecido para poder ser ignorado. Examinando-o atentamente só se pode chegar à conclusão que as Sagradas Comunhões que tem feito somente lhe têem prejudicado, ou envenenado, a alma (como S. Paulo advertiu). De facto, o seu crescendo furioso e exponencial contra a vida humana e a família, patente a todos, evidencia de um modo categórico que as Comunhões sacrílegas que tem feito têm-no, infelizmente, tornado um cúmplice do Diabo.

 

À honra e Glória de Cristo. Ámen.


Padre Nuno Serras Pereira



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2 comentários:

Maria José Martins disse...

Em primeiro lugar, quero felicitar este Senhor Padre pelos seus Artigos que, em linguagem simples, clara e objetiva, nos explica a Palavra de Deus e também, corajosamente, denuncia os exageros "negativos" da nossa atual Igreja.
E, como sempre, não posso deixar de reforçar as suas palavras com as de Jesus, mais uma vez, proferidas, no "Evangelho como me foi revelado" , porque, segundo Ele, esta Obra é um presente oferecido, para estes tempos...
Assim, Diz Jesus: (...) Eu vos lavei os pés. Quando? Antes de repartir o pão e o vinho, antes de transubstancia-los no Meu Corpo e no Meu Sangue, porque Eu sou o Cordeiro de Deus e não posso descer, onde Satanás tem o seu sinal. Por Mim mesmo Eu fui entregue a vós, e também vós lavareis, com o Batismo, aqueles que vierem a Mim, para que não O recebam indignamente, e Este não Se mude em uma TREMENDA CONDENAÇÃO À MORTE!
Perguntais-Me, e Judas? Eu vos digo: Judas comeu a sua morte. "O Supremo ato de Amor não lhe tocou o coração, porque a última tentava do Mestre não lhe tocou o coração e esbarrou naquela pedra dura, onde tinha gravado a sigla de Satanás, o sinal da Besta."
Por isso, Eu vos lavei , antes de submeter-vos ao Banquete Eucarístico, e antes de OUVIR A CONFISSÂO DOS VOSSOS PECADOS e de INFUNDIR-VOS O ESPÍRITO SANTO, infundindo-vos, assim, o Caráter de Verdadeiros Cristãos, reconfirmados pela Graça do Senhor e como Sacerdotes Meus. Portanto, seja ASSIM FEITO COM OS OUTROS, que deveis preparar para a Vida Cristã.
(...) O Meu Sangue, só, não BASTA! Ao Meu Sangue deve juntar-se o VOSSO ARREPENDIMENTO. Sem arrependimento, e um arrependimento amargo, mas salutar, EM VÃO EU TEREI MORRIDO POR VÓS!

E, quanto às cedências com outros CREDOS, Jesus, também adverte: "Lembrai-vos, temei mais as falsas Alianças e as carícias do Estrangeiro, do que as suas LEGIÕES. Porque, enquanto estiverdes fiéis às Leis de Deus e da PÁTRIA, vencereis, ainda que estejais cercados por exércitos e poderosos, pois, não estaríeis corrompidos pelo veneno subtil, a vós oferecido, como se fosse um mel inebriante, feito pelo estrangeiro, que fez planos para saber lidar convosco.
Se cederdes, DEUS VOS ABANDONARÁ, por causa dos vossos pecados, e SEREIS VENCIDOS e SUBJUGADOS! Ai de quem não estiver alerta como escolta vigia, para afastar as falsas ciladas SUBTIS, de um ASTUTO e FALSO vizinho ou falso aliado que, corrompendo-vos com Usos e Costumes que não sãos os vossos, que não são SANTOS e que, por isso, se tornam desagradáveis ao Senhor! (...)
(...) O amor a esses Povos, que sempre são o nosso PRÓXIMO, não vos deve NUNCA FAZER RENEGAR A LEI DE DEUS E DA PÁTRIA, com vista a qualquer vantagem obtida! (...)

Eduardo disse...

Que haja a coragem de perguntar: "É papa ou antipapa, aquele que está à frente dos destinos da Igreja?". A Igreja teve vários antipapas, não seria novidade...Oiçamos o Arc. Vigano, o Bispo Schneider e muitos outros prelados da Igreja e saberemos dizer que não é de cócoras que a Igreja se encontra e que também por onde entrou a fumaça de Satanás eram janelas e portas escancaradas e não simples frestas. Que fazer? Não sei! Rezar, rezar, rezar!!! E seguir os actuais profetas do Catolicismo que existem e nos avisam, quais Elias e Enoque do fim dos tempos, o que devemos não fazer, no mínimo.