O celibato está sob ataque cerrado. O mundo quer o fim do celibato porque odeia o celibato. O mundo não entende como é que alguém voluntariamente se pode privar do prazer carnal, visto como o único fim do acto conjugal (que já nem conjugal é).
O mesmo aconteceu aos sacerdotes logo nos primeiros séculos da Igreja. Por escassez de 'mão-de-obra', digamos assim, eram escolhidos também homens casados para serem ordenados Padres. As mulheres deles tinham de dar o assentimento, porque tinham com eles um vínculo indissolúvel. Depois disso vivam separados e vivam em continência.
O Concílio de Elvira (300-305 d.C.) diz que os sacerdotes se devem abster das esposas e não gerar filhos, e se algum o fizer deve ser declarado decaído do estado clerical. O Can. III do Concílio de Niceia (325 d.C.) diz que os sacerdotes apenas podem viver com a Mãe, uma irmã ou uma tia.
São Jerónimo, Doutor da Igreja e um dos 4 principais Padres da Igreja do Ocidente não deixa margem para dúvidas numa carta 'ad Pammachium':
"Cristo é virgem, virgem é Maria; mostraram a cada um dos sexos a preeminência da virgindade. Os Apóstolos são ou virgens, ou após o casamento, continentes. Escolhem-se para bispos, sacerdotes e diáconos, quer virgens, quer viúvos, ou pessoas que em todo caso, depois do sacerdócio, observam para sempre a continência."
Já se percebeu que o celibato está associado ao sacerdócio desde o seu início, por isso deixem o celibato em paz. Se 2000 anos de Padres não conseguiram acabar com ele também não vão ser vocês a conseguir.
1 comentário:
Sempre houve sacerdotes (presbíteros e bispos) celibatários, e sempre houve presbíteros casados, desde o início da Igreja até hoje. Não esqueçamos que as Igrejas Sui Iuris são plenamente parte da Igreja Católica, e nessas Igrejas, ainda hoje, os presbíteros podem ser casados.
Quanto à frase «Os Apóstolos (os primeiros Bispos) apesar de serem casados, na sua maioria, deixaram as mulheres para seguir Jesus, quando Ele os escolheu. A partir daí viveram em continência perfeita, sem qualquer relação conjugal com as suas mulheres», fico estonteado com este tipo de afirmações, e com a autoridade que se lhe quer dar, como se fosse um dado de fé, certo e seguro. Diante deste tipo de frase não me espanta que a teologia continue a ser apontada por alguns como ciência menor...A ignorância é atrevida...
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