sexta-feira, 1 de março de 2013

Mendicante da Tua força - Rui Corrêa d'Oliveira

Há momentos em que a vida mais parece um barco entre vagas
de um mar encapelado.
Tudo nos parece hostil, tudo contraria um viver sereno,
e desce sobre nós como que um denso nevoeiro de dúvidas e incertezas.

Quando assim me acontece,

o primeiro impulso é o de evitar a adversidade,
procurando refúgio enquanto espero dias de calmaria.

Cedo me apercebo que mais não faço do que tentar adiar a vida

numa fuga à realidade que nada resolve.

No fundo, esta atitude assenta na presunção de ter uma força que não tenho,

uma sabedoria que nunca tive e de uma certeza ilusória.

É esbarrando nesta minha impotência

que me descubro mendicante da Tua força,
sedento da Tua Presença
e faminto da Tua Graça, Senhor.

De mim, depende apenas um passo de liberdade para a Ti chegar.

Um passo de confiança e de entrega,
um sim de consentimento para que sejas Tu
a conduzir os meus passos.

Porque és a Esperança que nunca desilude,

para quê resistir e adiar o abraço que me salva?

Salva-me Senhor destas minhas descrenças

e devolve-me a paz que experimento
quando arrisco estender-Te o meu braço.


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