Os pobres têm sede de água, mas também de paz, de verdade e de justiça. Os pobres estão nus e têm necessidade de roupas, mas também de dignidade humana e de compaixão para com os pecadores. Os pobres estão sem abrigo e têm necessidade de um abrigo feito de tijolos, mas também de um coração alegre, compassivo e cheio de amor. Eles estão doentes e têm necessidade de cuidados médicos, mas também de uma mão amiga e de um sorriso acolhedor.
Os excluídos, os que são rejeitados, os que não são amados, os prisioneiros, os alcoólicos, os moribundos, os que estão sós e abandonados, os marginalizados, os intocáveis e os leprosos [...], os que estão na dúvida e confusos, os que não foram tocados pela luz de Cristo, os que têm fome da palavra e da paz de Deus, as almas tristes e angustiadas [...], os que são um fardo para a sociedade, os que perderam toda a esperança e a fé na vida, os que se esqueceram como se sorri e os que já não sabem o que é receber um pouco de calor humano, um gesto de amor e de amizade – todos eles se voltam para nós para serem reconfortados. Se lhes viramos as costas, viramos as costas a Cristo.
in Carta às suas colaboradoras de 10/04/1974
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