terça-feira, 15 de março de 2016

Não nos podemos calar!

Por quê calar? 
Por quê escondê-lO? 

Por que não gritar ao mundo inteiro e bradar aos quatro ventos as maravilhas de Deus? 
Por que não dizer às pessoas e a todos os que quiserem entender: vêem o que sou? 

Vêem o que fui? 
Vêem a minha miséria que se arrasta na lama? 

Pouco importa: maravilhem-se; apesar de tudo, possuo Deus. Deus é meu amigo! 
Deus ama-me, a mim, com tal amor que, se o mundo inteiro o compreendesse, todas as criaturas ficariam loucas e bramiriam de assombro. 

Mas isso ainda é pouco. 
Deus ama-me tanto, que nem os próprios anjos o compreendem! (cf 1Ped 1,12) 
A misericórdia de Deus é grande! 

Amar-me, a mim, ser meu Amigo, meu Irmão, meu Pai, meu Senhor, sendo Ele Deus, e eu o que sou! 
Ah, meu Jesus, não tenho nem papel, nem pena. Que posso dizer! Como não enlouquecer?

S. Rafael Arnaiz Barón in Escritos Espirituais (04/03/1938) 


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