quarta-feira, 21 de julho de 2021

Cardeal Ratzinger criticou com veemência a Reforma Litúrgica

Mons. Klaus Gamber foi um liturgista bastante considerado na Igreja. Há 2 anos, o Vatican News publicou um texto a elogiar a obra desse autor, que tinha morrido 20 anos antes. 

Em 1983 escreveu um livro intitulado 'A Reforma da Liturgia Romana'. Nessa obra, Mons. Gamber examina a História do Rito Romano e o Reforma Litúrgica de 1970. Segundo o autor, o novo Missal não corresponde ao Rito Romano mas a um rito diferente, promulgado pelo Papa Paulo VI. O prefácio desse livro foi escrito pelo Cardeal Ratzinger, que nele disse:

O que aconteceu depois do Concílio foi algo totalmente diferente: em vez da liturgia, como fruto do desenvolvimento, veio a liturgia fabricada. Abandonámos o processo orgânico e vivo de crescimento e desenvolvimento ao longo dos séculos e substituímo-lo - como acontece num processo de produção - por uma fabricação, um produto banal. 

Gamber, com a vigilância de um verdadeiro profeta e a coragem de uma verdadeira testemunha, opôs-se a esta falsificação e, infatigavelmente, ensinou-nos sobre a plenitude viva de uma verdadeira liturgia. 

O que é que este verdadeiro profeta tem a dizer sobre uma reforma que é, na realidade, uma revolução contínua? 

Os benefícios pastorais que tantos idealistas esperavam que a nova liturgia trouxesse não se materializaram. As nossas igrejas esvaziaram-se apesar da nova liturgia (ou por causa dela?), e os fiéis continuaram a afastar-se da Igreja em massa. 

No final, todos teremos que reconhecer que as novas formas litúrgicas, bem intencionadas que tenham sido no início no início, não forneceram ao povo pão, mas pedras.

O livro pode ser lido em português aqui: A Reforma da Liturgia Romana


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