quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Chesterton comprou um revólver no dia do casamento

No dia do meu casamento, a certa altura do caminho, parei para beber um copo de leite numa loja e comprar um revólver com cartuchos noutra. Alguns tomaram isto como singulares presentes de casamento que um noivo se dava a si mesmo; e se a noiva não o conhecesse como conhecia, poderia talvez tomá-lo por um suicida ou por um assassino, ou, o que é ainda mais grave, por um abstémio.

Todavia aqueles objectos parecem-me a coisa mais natural desta vida. Não comprei a pistola para matar-me ou à minha mulher. Nunca fui um personagem assim muito moderno. Comprei-a porque era aquele o primeiro dia da maior aventura da minha juventude e eu ligava a isso uma vaga ideia de protecção devida a minha mulher contra os piratas que infestavam Norfolk Broads.

G. K. Chesterton na sua Autobiografia


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6 comentários:

Alex disse...

Excelente texto! NÃO DEVEMOS DEMONIZAR AS ARMAS!!! Infelizmente há muitos católicos, inclusive padres que fazem isso. Vou dar dois exemplos. Alguns meses atrás, em algumas ocasiões, eu pedi para um jovem carismático rezar por mim. Ele me fez rezar várias orações de renúncia, entre elas renúncia à armas de fogo, embora eu nunca tenha usado armas de fogo, exceto nos distantes anos do tempo de serviço militar. Quando esse jovem carismático me fez renunciar a armas de fogo, eu sabia que isso era um erro dele, pois as armas em si não são más, mas, para não entrar em discussão durante a oração, eu renunciei. Mas isso me fez sentir mal. Alguns meses depois dessa renúncia, nesta quaresma, eu me confessei a um sacerdote essa renúncia, pois sabia que era algo errado. O segundo exemplo: o Pe. Marcelo Rossi, carismático muito conhecido no Brasil, é contrário a armas de fogo; por mais que seja um sacerdote piedoso, erra ao achar que as armas de fogo são más em si; parece que ele aderiu ao pacifismo.

Alex disse...

Excelente texto! NÃO DEVEMOS DEMONIZAR AS ARMAS!!! Infelizmente há muitos católicos, inclusive até padres que fazem isso. Alguns meses atrás, em algumas ocasiões, eu pedi para um jovem carismático rezar por mim. Ele me fez rezar várias orações de renúncia, entre elas renúncia à armas de fogo, embora eu nunca tenha usado armas de fogo, exceto nos distantes anos do tempo de serviço militar. Quando esse jovem carismático me fez renunciar a armas de fogo, eu sabia que isso era um erro dele, pois as armas em si não são más, mas, para não entrar em discussão durante a oração, eu renunciei. Mas isso me fez sentir mal. Alguns meses depois dessa renúncia, nesta quaresma, eu me confessei a um sacerdote essa renúncia, pois sabia que era algo errado.

Alex disse...

Infelizmente, como disse, há até padres que são contrários às armas de fogo. Não sei se posso citar o nome, mas, no Brasil, tem um padre carismático famoso que que é abertamente contra armas. Infelizmente esse tipo de exemplo leva às pessoas ao erro.

Anónimo disse...

Padre Paulo Ricardo condena o pacifismo e o desarmamento. Padre é a favor do porte de arma

https://youtu.be/ynl9ojDPz54

Manuel Gouveia disse...

??? Jesus mandou Pedro guardar a espada....como e possível esta pagina que bem estruturada anuncia Cristo publicar isto! Só me ocorre uma justificação a de que por muito dedicados que sejamos a seguir Cristo, se não tivermos amor, de nada vale tudo o mais!!!! E é um problema não de conhecimento e dedicação mas de amor e de falta de fé no fundo. Como evangelizar se têm os mesmos comportamentos em ultima instancia que o mundo?????? E que Jesus não usou nenhum instrumento de morte, foi Ele sim crucificado por Amor e só isso importa!!!

Anónimo disse...

Mas que assunto polêmico é este!
Realmente, o ideal, e Cristo testemunha o ideal, é nunca usar qualquer arma ou violência.
Porém, em legítima defesa talvez... haja tolerância.
JESUS também não pegou no chicote, para expulsar os vendilhões do Templo?
E Moisés não partiu as Tábua da Lei, contra os traidores?
Eu penso que se devem esgotar todos os meios pacificadores, mas, em último caso, temos o dever de nos defendermos e aos desprotegidos.